Bras�lia, 25 - O ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli afirmou nesta quarta-feira, 25, que n�o vai abrir m�o do seu sigilo banc�rio. Em resposta ao questionamento feito pelo deputado Izalci Lucas (PSDB-DF), ele disse que n�o est� envolvido em nenhuma das den�ncias de mau uso de recursos p�blicos ou de corrup��o que s�o alvo de investiga��es oficiais. "N�o tem por que abrir m�o do meu sigilo banc�rio", afirmou. A oposi��o j� apresentou requerimentos para quebrar os sigilos dele, mas os pedidos ainda n�o foram votados.
Gabrielli rejeitou tamb�m a afirma��o do tucano de que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), foi uma "negociata". "Eu recuso a afirma��o de que Pasadena foi uma negociata", disse.
Numa refer�ncia indireta � gest�o Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente da Petrobras Gabrielli afirmou que o governo anterior "destruiu a capacidade de investimento b�sico" da estatal, ap�s uma s�rie de cr�ticas sobre a gest�o petista. Disse ainda que o setor de Engenharia da empresa estava sendo "desmontada" pelo governo tucano, a quem acusou de criar uma "situa��o irrespons�vel" para o futuro da empresa.
"Quem retomou a pesquisa e o desenvolvimento foi este governo e n�o o anterior, que, ao contr�rio, destruiu a Engenharia da Petrobras, destruiu a capacidade de investimento b�sico. Criou uma situa��o irrespons�vel sobre o desenvolvimento tecnol�gico da companhia", disse.
Pouco antes, Gabrielli elencou uma s�rie de n�meros da estatal para justificar a boa gest�o da companhia. Ele citou que, dos 10 maiores lucros da hist�ria da Petrobras, quatro ocorrem sob sua gest�o. "Se isso � gest�o temer�ria, n�o acho que � isso que os n�meros dizem", completou.
Requerimentos
O presidente em exerc�cio da CPI mista da Petrobras, senador Gim Argello (PTB-DF), marcou para a pr�xima quarta-feira, dia 2, uma sess�o para votar requerimentos da comiss�o. Na semana passada, ap�s a base n�o ter comparecido, a sess�o de vota��o foi adiada por falta de qu�rum.
Na lista da semana passada, estava prevista a aprecia��o de requerimentos que poderiam quebrar os sigilos fiscal, banc�rio e telef�nico do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de abastecimento da petroleira Paulo Roberto Costa. Os dois est�o presos e s�o investigados pela Pol�cia Federal no curso da Opera��o Lava Jato.