Bras�lia, 29 - Aclamado ontem pela conven��o do PSB candidato a presidente da Rep�blica, com a ex-ministra Marina Silva na vice, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos atacou os governos do PSDB e do PT "pelo que n�o fizeram nos �ltimos 20 anos". As mais duras cr�ticas, por�m, foram direcionadas ao tamb�m candidato � Presid�ncia, o tucano A�cio Neves, de quem resolveu se distanciar nos �ltimos meses com a avalia��o de que poder� disputar com ele uma vaga em eventual segundo turno da elei��o.
"Conosco vai acabar essa hist�ria de suga-suga", disse Campos, numa refer�ncia � sugest�o feita por A�cio aos partidos aliados � presidente Dilma Rousseff, na semana passada. O tucano disse que as legendas podiam sugar o quanto pudessem do governo nas negocia��es por mais minist�rios em troca de tempo na TV para depois se aliarem a ele. "E tem gente que acha isso bonito, bem bonito", disse o candidato do PSB, numa cr�tica ao advers�rio. "O povo � cumpridor de seus deveres e exige respeito � sua luta", afirmou.
Campos, que se apresenta como uma terceira via que pretende vencer a polariza��o PT-PSDB ocorrida nas �ltimas campanhas, fez cr�ticas ao governo Dilma. "Vamos salvar os munic�pios brasileiros da quebradeira que Dilma causou a eles. Os munic�pios est�o de joelhos mendigando em Bras�lia favores e migalhas que n�o chegam."
O ex-governador prometeu ainda fazer uma reforma tribut�ria no primeiro ano de mandato, recuperar a ind�stria brasileira e salvar a Petrobr�s e o setor el�trico do Pa�s. "Vamos retomar o crescimento sustent�vel da economia brasileira, jogar a infla��o para baixo e o crescimento para cima", afirmou.
Mesmo com alian�as do PSB nos Estados firmadas com PSDB (S�o Paulo) e PT (Rio), Campos disse que os dois partidos - no poder no plano nacional desde 1995, primeiro com Fernando Henrique Cardoso, e depois com Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma - n�o podem continuar a governar o Pa�s e t�m de dar lugar �s for�as pol�ticas renovadoras que, segundo ele, s�o representadas por sua chapa.
Renova��o. "� preciso romper a velha l�gica dominante dos que se revezam no poder no Brasil ao longo desses 20 anos. Tentam (PT e PSDB) convencer o povo de que agora v�o fazer diferente. Mas j� perderam a energia renovadora, porque se deixaram dominar pelo cerco das velhas elites, das pr�ticas mofadas, que n�o servem para mudar o que as ruas pedem." Segundo Campos, tanto PT quanto PSDB passam o tempo todo olhando para tr�s, querendo provar que fez mais do que o outro. "Quem quer andar de um novo jeito, rumo a um Brasil mais justo, n�o pode ficar olhando para tr�s, n�o pode ser a elei��o a disputa do passado com o passado."
O candidato voltou a dizer que n�o vai acabar com programas sociais, como o Bolsa Fam�lia e o Minha Casa Minha Vida. Afirmou que quem diz isso faz pol�tica "rasteira e do medo". "No nosso governo n�s vamos � acabar com a corrup��o. N�s vamos manter o ProUni, o Minha Casa Minha Vida, manter a estabilidade da moeda, a democracia, que � uma conquista do povo." Com o slogan "Eu j� fiz e vou fazer", Campos ressaltou os resultados positivos dos 7 anos e tr�s meses que foi governador de Pernambuco, especialmente no combate � criminalidade.
A coliga��o que d� apoio a Campos tem, al�m do PSB, PPS, PRP, PPL e PHS. Juntos, os partidos dever�o garantir cerca de dois minutos para a propaganda pol�tica do pessebista na TV. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.