Programa de Dilma refor�a mote em ciclo de mudan�as

Bras�lia, 05/07/2014, 05 - Nas propostas de governo apresentadas neste s�bado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela presidente Dilma Rousseff n�o foram inclu�dos temas pol�micos defendidos pelo PT nos �ltimos congressos da legenda. O documento tamb�m busca refor�ar o mote de campanha de um "novo ciclo de mudan�as".

As diretrizes foram apresentadas junto com o pedido registro de candidatura � reelei��o da presidente e tem como um dos principais focos as conquistas ocorridas durante os �ltimos 12 anos. Entre os temas destacados est�o os que tratam de economia, educa��o, emprego, habita��o, sa�de, modelo sustent�vel de desenvolvimento, reforma pol�tica e universaliza��o da internet.

Na plataforma de governo n�o consta, entretanto, assuntos pol�micos como a regulamenta��o da m�dia, defendida nos �ltimos congressos do PT, e a revis�o da anistia. "Essa quest�o [da regulamenta��o da m�dia] n�o entrou nas nossas diretrizes. Ela pode ser discutida num futuro, mas ela n�o entra agora na discuss�o do programa", afirmou o coordenador da elabora��o do programa, Alessandro Teixeira. Presente na entrega dos documentos, o secret�rio-geral do PT, Geraldo Magela, justificou a aus�ncia de temas pol�micos no programa. "O que trouxemos � o resultado do que foi dialogado com a coliga��o, com os partidos e com a presidenta", afirmou.

O documento traz ataques indiretos � gest�o do PSDB que comandou o pa�s com Fernando Henrique Cardoso entre 1995 a 2003. "Deixamos para tr�s a estagna��o econ�mica, a falta de esperan�a e de perspectivas que contaminavam o Brasil e os brasileiros quando o PT e os partidos aliados chegaram ao poder, em 2003", diz trecho das propostas. "A profiss�o de f� do PT em um novo modelo de desenvolvimento economicamente vi�vel, socialmente justo e ambientalmente sustent�vel mostrou-se o caminho para construir um pa�s melhor e muito menos desigual do que o oferecido ao Brasil antes de 2002", acrescenta.

Em rela��o ao controle da infla��o, considerado com um dos pontos fracos do governo por integrantes da oposi��o, o programa ressalta que a quest�o foi tratada como prioridade pelos governo do ex-presidente Lula e Dilma. "Entendemos o poder devastador da infla��o sobre as rendas das fam�lias, os sal�rios e os lucros das empresas e por isso jamais transigir�amos ou transigiremos com um elemento da pol�tica econ�mica com esse potencial desorganizador da vida das pessoas e da economia".

A coordena��o de campanha tamb�m reservou um espa�o para defender o Sistema Nacional de Participa��o Popular, institu�do por meio de um decreto presidencial. A medida gerou pol�mica no Congresso. Alguns parlamentares consideram a iniciativa como uma intromiss�o do Executivo na seara do Legislativo. "As inst�ncias de participa��o n�o s�o conflitantes com as atribui��es do Poder Legislativo. Elas s�o espa�os de debate que n�o interferem com nenhuma das atribui��es institucionais dos poderes da Rep�blica. S�o importantes porque o Brasil precisa sempre de mais, e nunca de menos democracia", diz o documento.

Na parte final, o programa tamb�m aborda as conquistas com a realiza��o da Copa do Mundo. "A realiza��o da Copa do Mundo no Brasil � a vit�ria pol�tica de um pa�s que tem vencido a crise econ�mica internacional com gera��o de empregos e distribui��o de renda, � a vit�ria de um pa�s que hoje � respeitado internacionalmente, � vit�ria da confian�a na capacidade do povo brasileiro e a derrota do pessimismo".