Bras�lia – Um dia depois do in�cio oficial da campanha eleitoral, o candidato do PSDB � Presid�ncia da Rep�blica, senador A�cio Neves, avaliou que a disputa s� far� parte da rotina do eleitor brasileiro ap�s o fim da Copa do Mundo, no pr�ximo fim de semana. O tucano se reuniu ontem, em S�o Paulo, com a sua equipe para definir coordena��es regionais. A�cio aproveitou o encontro para demonstrar que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ser� figura presente durante a campanha e ter� o legado defendido.
Nas �ltimas corridas presidenciais, FHC foi escanteado pelos candidatos tucanos, pois eles temiam que o desgaste na reta final de seus oito anos � frente do Pal�cio do Planalto atrapalhasse as campanhas do PSDB. A presen�a do ex-presidente foi “resgatada” na campanha de Aloysio Nunes Ferreira (SP) ao Senado em 2010. Com forte discurso de defesa do mandato de FHC, ele conseguiu 11 milh�es de votos, mais do que a ministra da Cultura, Marta Suplicy, tamb�m eleita, com 8 milh�es de votos.
Sobre a Copa, A�cio voltou a insinuar que o PT est� fazendo uso pol�tico do evento, cujo fim, para ele, ser� a real largada para as elei��es de outubro. “Ap�s a Copa do Mundo, as pessoas v�o estar mais conectadas com a elei��o, que entrar� na agenda de boa parte da popula��o brasileira que ainda est� alheia a ela hoje”, comentou. Para o tucano, a presidente Dilma Rousseff n�o ser� beneficiada eleitoralmente por uma eventual vit�ria da Sele��o Brasileira. “Apenas fiz um coment�rio, e continuo achando que as pessoas n�o v�o se iludir em rela��o a um resultado, seja positivo ou negativo.”
Torcida sem uso pol�tico
Em evento de turismo pela manh�, FHC j� havia criticado o uso pol�tico da Copa do Mundo. “N�o se deve misturar a emo��o da Copa com a pol�tica. O povo sabe distinguir. Todos n�s torcemos para o Brasil. Acho que a Copa � um evento nacional e a torcida pelo Brasil � de todos n�s. Depois da Copa vamos discutir elei��es. Agora, o povo est� querendo � que o Brasil ganhe”, afirmou. Mais uma vez, o ex-presidente criticou a condu��o da pol�tica econ�mica durante os governos petistas. Questionado se o PT estava “cuidando bem do seu filho”, que seria o Plano Real, o ex-presidente respondeu: “At� um certo momento, mas, quando chegou � adolesc�ncia, eles (petistas) maltrataram. A partir da crise de 2007 e 2008 eles passaram a maltratar o filho”, disse. Para ele, � necess�ria uma mudan�a nos rumos da economia.
Al�m de FHC, Aloysio Nunes e o senador Agripino Maia (DEM-RN) participaram da reuni�o. Agripino � o coordenador-geral da equipe de A�cio e deve se mudar para um flat em S�o Paulo, onde fica o comit� central de A�cio. Segundo o tucano, o coordenador-geral definir� esta semana os nomes que coordenar�o a campanha regionalmente. Haver� dois l�deres nas cinco regi�es do pa�s: um pol�tico e um administrativo.
“Da nossa parte, ser� uma campanha propositiva. Vamos debater ideias, um novo modelo de gest�o, uma nova vis�o de mundo, uma nova concep��o em rela��o � quest�o econ�mica. Vamos construir uma agenda que permita ao Brasil voltar a crescer, controlar a infla��o, resgatando a credibilidade para que os investimentos voltem a vir para o Brasil, e aumentando a qualidade dos nossos investimentos na �rea social”, prometeu A�cio.