(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Dilma tenta se descolar de fracasso da sele��o

A ordem no Pal�cio do Planalto � "virar a p�gina" do que Dilma definiu como "pesadelo" e baixar o tom do mote "Copa das Copas"


postado em 10/07/2014 08:31 / atualizado em 10/07/2014 09:10

Bras�lia - Um dia ap�s a humilhante derrota do Brasil para a Alemanha, a presidente Dilma Rousseff ajustou o discurso para neutralizar o "efeito Copa" sobre a campanha da reelei��o. Com medo de que o mau humor com a sele��o respingue na campanha, a presidente e sua equipe tentam separar o "joio do trigo", concentrando as energias na defesa da "administra��o" do Mundial.

A ordem no Pal�cio do Planalto � "virar a p�gina" do que Dilma definiu como "pesadelo" e baixar o tom do mote "Copa das Copas", com o qual o governo pretendia bater o bumbo na campanha. No lugar do ufanismo, entra agora a ret�rica da "volta por cima" e da capacidade de supera��o do brasileiro nas adversidades, al�m da organiza��o "impec�vel" do evento.

A equipe da campanha d� como certo que Dilma ser� hostilizada na final da Copa, no domingo, 13, quando a presidente entregar� a ta�a ao campe�o, no Maracan�. Ministros e coordenadores da campanha petista acreditam que o "efeito Copa" n�o dure at� a elei��o, em outubro. O temor, agora, � que o fim antecipado da catarse coletiva alimente novos protestos, que podem ser disseminados e atingir "tudo o que est� a�", mirando em Dilma e na alta dos pre�os - e consequentemente nos �ndices de infla��o - por causa da Copa.

"Quem tentar transferir para o campo da pol�tica eleitoral uma derrota no futebol dar� um tiro no p�", disse o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, que assistiu ao jogo do Brasil em Belo Horizonte. "A politiza��o � simplesmente rid�cula." Para Cardozo, a goleada sofrida pelo Brasil "n�o muda em nada" o car�ter da Copa, nem da seguran�a e da organiza��o do evento, "que est�o sendo aplaudidos pelo mundo inteiro".

O chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, que na ter�a-feira, 08, admitiu a preocupa��o do governo com a possibilidade de volta das a��es violentas dos black blocs, nesta quarta-feira, 09, disse que "o desastre com a sele��o brasileira n�o � o desastre com a Copa". "Precisamos cuidar para que tudo continue dando certo."

Na rede

A coordena��o da campanha de Dilma identificou nas redes sociais "perfis falsos" de apoiadores dos candidatos A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) associando a presidente ao vexame do Brasil diante da Alemanha, para desconstruir a imagem de "gerente" que a petista tenta apresentar. Vinte e quatro horas antes do fracasso da sele��o, Dilma deu estocadas nos advers�rios e disse, em conversa com internautas, que a Copa era uma "belezura", para "azar dos urubus".

"Do ponto de vista de organiza��o, a Copa � um sucesso e isso � ineg�vel", afirmou o ministro de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini. "O Brasil sofreu uma derrota absolutamente inesperada, que entristeceu todos n�s, e quem quiser fazer proselitismo pol�tico com isso ter� de enfrentar o julgamento do eleitor."

Berzoini se reuniu nesta quarta-feira com o presidente do PT, Rui Falc�o, coordenador da campanha de Dilma. Mais tarde, Falc�o conversou com o jornalista Franklin Martins, respons�vel pelo monitoramento das redes sociais. O governo e o comit� da campanha est�o at�nitos com o fiasco da sele��o e avaliam qual a melhor estrat�gia a seguir para blindar a presidente.

Uma possibilidade ser� apostar na agenda "positiva" dos pr�ximos dias. Al�m de almo�ar com chefes de Estado que estar�o no Rio, no domingo, para a final da Copa, Dilma vai receber 21 presidentes na pr�xima semana. O comit� da campanha quer aproveitar esses eventos para mostrar a presidente como "estadista".

Palpite errado


Em conversa com o fundador da Amil Assist�ncia M�dica Internacional, Edson Bueno, na tarde desta quarta-feira, Dilma n�o escondeu o abatimento com a derrota da sele��o. "Mas ela foi para a guerra e � uma pessoa muito forte", disse Bueno. "Ela falou para mim: ‘Temos de ir em frente, temos de motivar o Pa�s’."

A expectativa de Dilma, segundo Bueno, era de que o Brasil poderia enfrentar a Argentina na briga pelo terceiro lugar, o que n�o se concretizou - horas depois, a equipe de Messi se classificou para a final. "N�s discutimos o seguinte: se for contra a Argentina, o neg�cio � ganhar de uns 4 a 0, porque a gente pelo menos fica um pouco melhor", afirmou o empres�rio. 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)