(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Temas ligados � Copa do Mundo devem permanecer no debate eleitoral

Mesmo que a derrota humilhante da Sele��o Brasileira perca relev�ncia nos pr�ximos 80 dias, temas ligados ao Mundial, como mobilidade urbana, devem continuar em pauta at� as elei��es


postado em 13/07/2014 06:00 / atualizado em 13/07/2014 08:24

Dilma com Joseph Blatter, da Fifa, e José Maria Marin, da CBF: presidente ontem fez 10 postagens em rede social em pouco mais de 30 minutos(foto: Christophe Simon/AFP)
Dilma com Joseph Blatter, da Fifa, e Jos� Maria Marin, da CBF: presidente ontem fez 10 postagens em rede social em pouco mais de 30 minutos (foto: Christophe Simon/AFP)


Com o fim da Copa do Mundo e faltando pouco mais de 80 dias para o primeiro turno das elei��es presidenciais, oposi��o e governo avaliam que o debate sobre a reformula��o do futebol brasileiro ap�s a traum�tica derrota para a Alemanha vai se esfarelar aos poucos. Os oposicionistas defendem que deve ganhar corpo a discuss�o em torno de quest�es pr�ticas que impactam a vida do brasileiro, a exemplo dos problemas de mobilidade urbana, que n�o foram resolvidos com o Mundial. Nos bastidores, a avalia��o governista � de que “o assunto futebol”, no momento, favorece a presidente Dilma Rousseff porque, � medida que se tenta responsabilizar o governo pelo p�ssimo resultado dentro de campo, cola em seus advers�rios a imagem de oportunismo eleitoral. Na manh� de ontem, em pouco mais de 30 minutos a presidente fez 10 postagens sobre o tema na sua conta oficial em um microblog.

O l�der do PSDB na C�mara, deputado Antonio Imbassay (BA), declarou que uma ampla reforma no futebol brasileiro � importante, mas o tema deve se diluir ao longo da campanha. “Claro que o futebol � importante, mas o que devemos debater � o legado. Aquilo que foi prometido pelo governo e n�o foi consagrado. Acaba a Copa e o brasileiro continua com os mesmo problemas”, afirmou. Para ele, n�o h� como fugir desse debate. “� s� compararmos com outros pa�ses que tiveram eventos desse n�vel. O Brasil deixou muito a desejar. Do ponto de vista da imagem do pa�s, das belezas, do car�ter da nossa gente a Copa foi fant�stica. Do ponto de vista do legado, de aproveitar o Mundial para constru��es duradouras, foi um fracasso total”, avaliou.

O l�der do PT no Senado, Humberto Costa (PE), procurou minimizar o peso da palavra “interven��o”, usada pelo ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que defendeu, a partir da m�o do governo federal, modifica��o na estrutura do futebol brasileiro. Para o petista, o tema n�o vai dominar o centro da campanha eleitoral. “� poss�vel que algumas preocupa��es que existem h� algum tempo comecem a ser resolvidas. Mas esse tema n�o ocupar� o centro da campanha. O debate � movido por este momento que vivemos. � bastante natural”, afirmou.

O senador fez a leitura de que a oposi��o est� tentando, mesmo que de maneira indireta, responsabilizar a presidente pelo fracasso da Sele��o Brasileira. “A oposi��o est� puxando a linha para jogar o resultado inesperado no colo de Dilma. Isso � rid�culo”, afirmou. “Ningu�m est� falando em interven��o. O ministro n�o quis dizer neste sentido, de que vai tirar a diretoria da CBF, por exemplo”, amenizou. Imbassay ressaltou que a pr�pria presidente tentou tirar proveito pol�tico do desempenho da Sele��o dentro das quatro linhas. “E outra: A�cio Neves n�o criticou Dilma pela derrota brasileira. Isso nunca existiu”, salientou.

EMBATE EM REDE SOCIAL

Na manh� de ontem, Dilma, usou sua conta oficial num microblog para manter o debate acesso sobre a necessidade de uma reformula��o no futebol brasileiro. Confirmou a tese dos aliados de que, neste momento, o tema faz bem � sua candidatura. Sem mencionar o nome do senador A�cio Neves, principal advers�rio na disputa pelo Pal�cio do Planalto, respondeu ao tucano. Na sexta-feira, ap�s a declara��o de Aldo Rebelo, A�cio afirmou que o pa�s n�o precisava de uma “Futebras”.

“Os que queriam transformar a Petrobras em Petrobrax desvirtuam, agora, nossa posi��o de apoiar a renova��o do nosso futebol”, postou a presidente. Em seguida, refor�ou a necessidade de segurar os craques no pa�s. “O Brasil n�o quer criar a Futebras. Quer, sim, acabar com a Futebrax e deixar de ser um mero exportador de talentos.” Disse em seguida, que “o governo n�o quer comandar o futebol, pois ele n�o pode nem deve ser estatal. Queremos ajudar a moderniz�-lo”. Quando a presidente fala em Petrobrax, se refere a um processo iniciado no governo Fernando Henrique Cardoso para mudar o nome da estatal brasileira de petr�leo.

A petista defendeu ainda que a gest�o do esporte deve ser melhorada. “O futebol, que � atividade privada, precisa ter as melhores pr�ticas da gest�o privada, nas �reas comercial, financeira e futebol�stica.” Dilma finalizou a s�rie de postagens ressaltando o legado da Copa do Mundo. “Temos um imenso talento e amor pelo futebol. Temos, agora, os melhores est�dios. Com renova��o, teremos sempre o melhor futebol do mundo.”

Em resposta � advers�ria, A�cio ironizou as declara��es da presidente por meio de sua p�gina no Facebook. Segundo ele, a not�cia de que o governo n�o pretende criar uma estatal para cuidar do futebol � boa para os cofres p�blicos, mas n�o para os “companheiros” de Dilma. “A presidente nos informou hoje (ontem), pelo Twitter, que n�o vai criar a ‘Futebras’. Talvez isso entriste�a alguns de seus companheiros, mas traz enorme al�vio para milh�es de brasileiros. Afinal, seria a 14ª estatal criada pelo governo do PT, a s�tima s� no seu governo. Os cofres p�blicos agradecem!”, ironizou A�cio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)