Bras�lia – Desde 2008, com a campanha virtual do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que arrecadou US$ 1,2 bilh�o, as doa��es on-line entraram no leque de op��es de financiamento dos candidatos. Nas elei��es passadas, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) apostaram na ferramenta e, neste ano, tanto a chapa da petista quanto a da socialista, encabe�ada por Eduardo Campos (PSB), v�o reeditar a iniciativa. Os n�cleos das duas campanha est�o concluindo as avalia��es para viabilizar o sistema, previsto para entrar no ar nas pr�ximas semanas. Dos tr�s principais candidatos, o tucano A�cio Neves � o �nico que ainda n�o encampou a ideia.
De acordo com Alexandre Carvalho, gerente de projetos de uma empresa respons�vel por criar a ferramenta de doa��o virtual, o n�mero de interessados em usar esse tipo de plataforma cresceu exponencialmente desde 2010. “Foi de 10 para 130. A procura nos surpreendeu. Acho que o assunto ainda era um tabu nas elei��es passadas, mas os candidatos viram que deu certo”, diz. H� quatro anos, Dilma e Marina conseguiram cerca de R$ 170 mil cada uma via internet.
Carvalho acredita que muitos candidatos tenham optado pelo sistema por causa da facilidade. De acordo com ele, o formul�rio � inclu�do no site do pol�tico, e o eleitor escolhe o quanto quer doar. “O candidato homologa as doa��es que ele puder receber, respeitando a legisla��o eleitoral, e o valor � debitado do cart�o de cr�dito do doador. Depois, o pr�prio sistema gera uma lista para presta��o de contas”, explica.
L�der da minoria na C�mara, o deputado Domingos S�vio (PSDB-MG) acredita que a ferramenta vai encorpar o caixa dos candidatos brasileiros este ano. “Seria bacana se pud�ssemos usar com facilidade a agilidade da internet para envolver os eleitores”, diz. Candidato � reelei��o na C�mara, o deputado, entretanto, ainda n�o decidiu se usar� o mecanismo este ano.
Entraves O deputado Alessandro Molon (PT-RJ), que relatou o texto do Marco Civil da Internet, explica que, por mais que a rede possa facilitar o financiamento da campanha, nem sempre vale a pena utilizar o recurso. “Pelas contas que eu fiz na elei��o passada, n�o valia a pena”, conta.
Um dos problemas, segundo ele, � a burocracia, que atrapalha o sistema de doa��o por dep�sito banc�rio. “A legisla��o obriga a prestar conta de quem doou. � preciso ter todos os dados. Se algu�m faz um dep�sito e eu n�o consigo dizer de onde veio o dinheiro, em vez de o recurso me ajudar, ele me complica”, justifica. A sugest�o do deputado � que os bancos disponibilizem um instrumento capaz de baratear esse tipo de doa��o. “Seria um bom neg�cio para eles e para os candidatos”, diz. (Colaborou Naira Trindade)
Publicidade
Candidatos apostam na colabora��o de internautas para engordar o caixa das campanhas
Entre os tr�s principais presidenci�veis, A�cio � o �nico que ainda n�o encampou a ideia
Publicidade
