
Mesmo sem mostrar como, o candidato a governador Fernando Pimentel (PT) prometeu acabar com a defasagem salarial dos servidores estaduais e recuperar a autoestima do funcionalismo p�blico. Nesse s�bado, no lan�amento da candidatura do petista Patrus Ananias a deputado federal – um dos principais puxadores de voto do partido Pimentel atacou a forma como o governo tem tratado os funcion�rios e ainda mexeu no calcanhar de Aquiles da administra��o estadual: os professores. Nos 12 �ltimos anos, os servidores da educa��o foram os que mais fizeram greves e protestaram por mudan�as no plano de carreira e pelo aumento salarial.
De acordo com Pimentel, o problema supera a quest�o salarial e passa por uma desvaloriza��o e mau tratamento que o estado tem dado aos servidores. “Teremos que reverter esse clima de ressentimento e de abandono. O funcionalismo est� desmotivado”, afirmou o ex-ministro da presidente Dilma Rousseff. Para ele, a situa��o mais grave est� na educa��o. “O professor entra ganhando R$ 1,4 mil e, depois de 35 anos, sai ganhando R$ 2 mil”, criticou.
O candidato afirma que vai resolver a quest�o ao encar�-la como prioridade, apesar de n�o detalhar os instrumentos para isso. “Em quatro anos de governo, � poss�vel recuperar as defasagens salariais e trabalhar a arrecada��o do estado para que seja dirigida a remunerar melhor os servidores”, disse. Questionado sobre se h� recursos para recompor os vencimentos, Pimentel disse que saber� os detalhes quando, se eleito, assumir o governo. “Isso quem tem que responder � o governo do estado. Parece que houve dinheiro para construir um Centro Administrativo que custou R$ 2 bilh�es”, acusou.
O governo de Minas afirma que em outubro do ano passado foi concedido um aumento de 5% a todas as carreiras da educa��o b�sica da rede estadual. Refor�a tamb�m o crescimento da folha da educa��o, que, em 2010, era de R$ 6,2 bilh�es e, em 2014, deve chegar a R$ 10,9 bilh�es. Segundo o governo, em Minas, professores recebem proporcionalmente pagamento acima do piso nacional de R$ 1.697,39 para uma jornada de 40 horas semanais. “O sal�rio inicial de um professor com licenciatura plena � de R$ 1.455,30 para 24 horas semanais”, afirma.
PATRUS Pimentel foi prestigiar o lan�amento da candidatura de Patrus Ananias a deputado federal, na Escola Sindical, no Bairro Barreiro de Cima, em Belo Horizonte. Nas elei��es municipais de 2008, quando PT e PSDB se juntaram em torno do nome de Marcio Lacerda para prefeito de Belo Horizonte, Pimentel e Patrus brigaram. A reconcilia��o veio em 2010, na campanha de H�lio Costa (PMDB) a governador, que teve Patrus como vice.
Ontem, os dois se mostraram bastante unidos. “Se a nossa campanha pode vislumbrar horizonte de vit�ria � porque tem o Patrus no in�cio de tudo”, disse Pimentel no palanque junto de correligion�rios empenhados em trazer o projeto nacional de Lula e Dilma Rousseff para Minas. Al�m de Pimentel, estavam presentes o candidato a senador Josu� Alencar (PMDB), o ex-secret�rio-geral da Presid�ncia da Rep�blica Luiz Dulci, atual diretor do Instituto Lula, e a vice-presidente nacional do PT, Gleide Andrade.
Servidor p�blico convicto, Patrus, ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate � Fome do governo Lula, refor�ou seu compromisso com o social e com uma campanha �tica, criticando o financiamento de campanha por empreiteiras e concession�rias de transporte p�blico. “Empresas que prestam servi�os para o governo financiam campanha. O estado deve ter independ�ncia“, disse.
Dilma e Lula
Est� confirmada para 1º de agosto a presen�a da presidente Dilma Rousseff, candidata � reelei��o, e do ex-presidente Lula em Montes Claros, no Norte de Minas. Os dois participar�o do lan�amento oficial da candidatura de Josu� Alencar (PMDB), filho do ex-vice presidente Jos� Alencar, ao Senado. Em Montes Claros, est� instalado n�cleo industrial da Coteminas, da fam�lia Alencar. O PT est� organizando para in�cio de agosto um grande lan�amento da candidatura de Dilma em BH. “Minas tem uma popula��o grande, um peso relevante na economia. O Lula sempre ganhou as elei��es aqui e a Dilma tamb�m”, disse ontem o ex-secret�rio-geral da Presid�ncia Luiz Dulci.