Relato de propina deve ser apurado, diz Marina

A candidata a vice-presidente pelo PSB, Marina Silva, disse, na quinta-feira, 24, que toda den�ncia deve ser investigada, ao ser questionada sobre as declara��es do deputado Jos� Augusto Maia (PROS-PE), que afirmou ter recebido ofertas de dinheiro para que seu partido integrasse a coliga��o de apoio a Paulo C�mara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco e afilhado pol�tico de Eduardo Campos - parceiro de chapa presidencial da ex-ministra.

"Se existe uma den�ncia, existe um processo de investiga��o", afirmou Marina em Rio Branco, capital do Estado, onde participou de debate com pesquisadores da 66ª Reuni�o Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ci�ncia (SBPC), no c�mpus da Universidade Federal do Acre. "� fundamental que o Minist�rio P�blico e a Justi�a Eleitoral investiguem toda e qualquer den�ncia que pode ser feita", disse a ex-ministra.

Augusto Maia era presidente do diret�rio estadual do PROS, mas afirmou ter sido destitu�do do cargo por n�o aceitar ofertas financeiras do presidente nacional do partido, Eur�pedes Jr., e do l�der do PP na C�mara, Eduardo da Fonte (PE), para apoiar Paulo C�mara. Ambos negam as acusa��es de Maia.

Discurso

O deputado foi � tribuna da C�mara dos Deputados no dia 17 e, ao discursar, disse que teve o nome exclu�do da lista de candidatos do PROS pernambucano "por n�o aceitar proposta indecorosa e vergonhosa do presidente nacional do PROS, Eur�pedes Jr., para se coligar com o PSB".

O parlamentar n�o informa a quantia que teria sido oferecida em troca do apoio a C�mara na disputa em Pernambuco e diz que s� o far� em ju�zo. Maia disse que a primeira reuni�o foi testemunhada por outros deputados, mas parte deles nega que tenha visto qualquer oferta de propina pelo acordo pol�tico. O candidato do PSB ao governo diz que o deputado � "ficha suja" e que vai process�-lo.