A Justi�a Federal no Paran� abriu nessa quinta-feira novo processo criminal contra o doleiro Alberto Youssef, alvo da Opera��o Lava Jato, desta vez por opera��o irregular de institui��o financeira e evas�o de divisas no valor de US$ 78,2 milh�es mediante 1114 contratos de c�mbio fraudulentos envolvendo duas empresas offshore. Para executar a fuga de capitais, segundo a Procuradoria da Rep�blica, Youssef celebrou, por meio de operadores, contratos de c�mbio para pagamento de importa��es fict�cias.
Os alvos principais da Lava Jato s�o o doleiro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. Os dois est�o presos em car�ter preventivo. A Pol�cia Federal sustenta que Youssef e Costa foram mentores de organiza��o criminosa que se infiltrou em �rg�os p�blicos e na estatal petrol�fera para desviar recursos de licita��es milion�rias. As obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, est�o sob investiga��o.
Contra Paulo Costa j� foram abertas duas a��es, uma das quais tem Youssef como corr�u em crimes de “lavagem de produto de desvios de recursos p�blicos da Petrobr�s”.
Uma das a��es j� instaurada contra o doleiro imputa a ele lavagem de R$ 1,16 milh�o do mensal�o por meio do investimento desse dinheiro em empreendimento industrial.
A nova a��o contra Youssef envolve outros 7 investigados, entre eles a doleira Nelma Kodama e Jo�o Proc�pio de Almeida Prado - apontado pela PF como laranja do doleiro. O grupo teria realizado a evas�o de quase US$ 80 milh�es no per�odo entre junho de 2011 a mar�o de 2014 por meio das offshores DGX Imp. and Exp. Limited e RFY Imp. Exp. Ltd.
Segundo a den�ncia, Proc�pio e outros dois acusados trabalhavam na GFD Investimentos, empresa de Youssef.
Proc�pio teria mesa no escrit�rio da GFD e � apontado como o operador das contas do doleiro no exterior - pelo menos US$ 5 milh�es em contas atribu�das a Proc�pio j� est�o bloqueados na Su��a.
Outro denunciado, Rafael Angulo Lopez, trabalhava na GFD e seria o respons�vel pela parte financeira de Youssef, “realizando as atividades de saque, entrega, recebimento de valores e transporte de dinheiro em esp�cie, reais e d�lares”. Quando a Lava Jato foi deflagrada, a PF apreendeu em um cofre na sala de Lopez R$ 1,39 milh�o e US$ 20 mil, al�m de uma maleta com cerca de R$ 500 mil.
A Justi�a n�o decretou a pris�o de Lopez, mas imp�s medidas cautelares - obriga��o de entregar seu passaporte no prazo de cinco dias, proibi��o deixar o pa�s, comparecimento a todos os atos processuais, inclusive mediante intima��o por telefone e proibi��o de contatos com Youssef e outros componentes do grupo.
A Procuradoria requereu nova ordem de pris�o contra Youssef, mas o juiz S�rgio Moro avaliou que “j� h� v�rias pris�es preventivas pendentes e que foram decretadas em outros autos e a imputa��o ora recebida, de manuten��o de dep�sitos n�o declarados no exterior, n�o a justificaria, por si s�”.
Proc�pio, Lopez e Costa negam os crimes a eles atribu�dos. O advogado Luiz Gustavo Flores, que integra a equipe de defesa de Youssef, n�o retornou contato da reportagem.