Bras�lia - O vice-presidente da Rep�blica e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, agiu nessa ter�a-feira para enquadrar o candidato ao governo de S�o Paulo pelo seu partido, Paulo Skaf, exigindo que ele abra palanque no Estado para a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT � reelei��o. Em outra frente, o PT tenta isolar o presidente licenciado da Fiesp, que quer manter a campanha desvinculada da presidente.
Temer ligou nesta ter�a-feira para Skaf e avisou: "O PMDB paulista estar� com Dilma e comigo na campanha nacional". Diante da resist�ncia do candidato do partido em S�o Paulo, o vice-presidente poder� convocar uma reuni�o da Executiva Nacional da legenda para analisar o caso e uma eventual interven��o na campanha.
Na tentativa de se apresentar como uma terceira via, Skaf tem reiterado que � advers�rio do PT e do PSDB no Estado e n�o dar� espa�o a Dilma em sua campanha, com o receio de ser contaminado pelo alto �ndice de rejei��o � presidente em S�o Paulo, 47% segundo o Datafolha.
Ato de apoio
O coordenador da campanha de Dilma no Estado, Luiz Marinho, iniciou nesta ter�a-feira um movimento para cercar Skaf. Marinho conversou com os l�deres de todos partidos que comp�em a coliga��o do peemedebista para marcar um ato de apoio a Dilma nas pr�ximas semanas. "A campanha da Dilma vai sair com ou sem o Skaf. No fim das contas vamos ver quem � mais inocente", disse Marinho.
Entre as lideran�as de partidos aliados a Skaf procuradas pelo coordenador, nesta ter�a-feira, est�o Carlos Luppi (PDT), Gilberto Kassab (PSD), Paulo Maluf (PP) e o pr�prio Temer, com quem Marinho vai se reunir ainda esta semana. O petista, no entanto, nega que o objetivo seja isolar Skaf.
Na conversa com o correligion�rio, Temer lembrou a ele que, se mantiver a postura que tomou, poder� enfraquecer a pr�pria candidatura, pois algumas lideran�as tendem a deix�-lo para ocupar o palanque mais acess�vel � presidente Dilma, no caso, o do petista Alexandre Padilha.
Skaf ainda foi avisado pelo presidente nacional do partido de que sua candidatura s� existe por causa de uma interven��o sua. O vice-presidente tamb�m ponderou que foi ele, na condi��o de l�der maior do PMDB, que impediu o partido de fechar alian�a com o PSDB do governador Geraldo Alckmin. Assim abriu a possibilidade da candidatura de Skaf, que vinha do PSB.
Temer reafirmou que o PMDB dever� fazer, sim, campanha para Dilma Rousseff, independentemente da exist�ncia da candidatura de Padilha, que tem apenas 4% das inten��es de votos, contra 16% de Skaf e 54% de Alckmin. Ele destacou ainda que, pelas pesquisas, hoje n�o haveria segundo turno em S�o Paulo.
Ainda conforme parlamentares ligados ao candidato ao governo de S�o Paulo, n�o h� como fugir de uma realidade: Geraldo Alckmin est� no segundo turno da elei��o. Como s� resta uma segunda vaga para o segundo turno, esta ser� decidida entre Skaf e Padilha. Eles lembram que ningu�m acredita que o petista manter� apenas o patamar de 4% apresentado hoje nas pesquisas eleitorais, pois o PT, historicamente, costuma chegar a mais de 20%.
Por isso, afirmam os aliados de Skaf, o candidato do PMDB exp�s uma situa��o que talvez o vice-presidente da Rep�blica n�o saiba que ocorre em S�o Paulo: o eleitor petista � t�o advers�rio dos peemedebistas quanto � dos tucanos. N�o adianta tentar se aproximar dele, porque ele n�o vai votar em Skaf.
Nesta ter�a-feira, ao cumprir agenda em Mau� (SP), Padilha devolveu a ironia de Skaf: "Como dizia a minha av�: quem desdenha muito pode um dia querer comprar."