Candidato ao governo do Estado do Rio, o senador Marcelo Crivella, afirmou que a pobreza nas cidades da Regi�o Metropolitana do Rio faz com que "as pessoas migrem para roubar na Capital". Ele afirmou que as Unidades de Pol�cia Pacificadora (UPP) precisam ser "universais" e se estender por todo o Estado. Para ele, "homossexualismo n�o � crime, mas � pecado".
Ao explicar por qu� daria mais aten��o � Baixada, caso fosse eleito, j� que a maior parte de seu eleitorado est� na Capital, Crivella disse que "tratar a Baixada Fluminense � uma das grandes maneiras de ajudar o povo da Capital". "Se voc� deixar popula��es vivendo na mis�ria nas regi�es perif�ricas essas pessoas migram para vir roubar na Capital, onde tem a maior riqueza (do Estado)".
Ele acrescentou que "para serem boas" as UPPs precisam se tornar uma "pol�tica p�blica universal, racional e transparente. (Hoje) n�o � uma pol�tica de Estado. N�o � universal porque tem muitas outras �reas que continuam dominadas. Precisamos fazer com que essa pol�tica n�o fique s� na zona sul do Rio, ela tem que ir pro resto do Estado".
Para isso, ser� necess�rio aumentar ao efetivo da pol�cia. "Esse resultado que est� aqui hoje, traz uma inseguran�a tremenda para o nosso policial".
Questionado sobre como conciliaria sua posi��o religiosa (j� que � bispo da Igreja Universal) com a laicidade do Estado, ele ressaltou que "pol�tica � uma coisa e religi�o � outra" e garantiu que "n�o vou diferenciar eleitor (evang�lico)".
Crivella tamb�m comentou projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que prev� puni��o aos estabelecimentos comerciais que discriminarem homossexuais e sofre resist�ncia da bancada religiosa. "Sou contra qualquer tipo de homofobia. Ningu�m tem o direito de mandar na vida dos outros. As pessoas t�m que decidir (sobre suas vidas) e todos temos que respeitar".
"Eu acredito que homossexualismo n�o � doen�a, mas � pecado porque eu acredito na B�blia e esse � um direito que eu tenho. O homossexual tem o direito de achar que n�o � pecado. Preciso conviver com ele respeitando sua posi��o e ele me respeitando".
Segundo Crivella, o receio do meio evang�lico � de que a proposta de lei que criminaliza a homofobia "extrapole e tire o direito dos pastores de dizer que homossexualismo � pecado". "N�o farei um governo de discrimina��o", completou.
"Eu defendo a vida, sou contra o aborto, defendo a fam�lia como ela � descrita na Constitui��o e n�o quero a liberaliza��o das drogas. N�o tem nada a ver com discriminar, perseguir ou odiar os homossexuais ou tirar deles os direitos civis".
O senador disse que sua primeira a��o � frente do governo seria fazer um mutir�o nos hospitais para atender "a fila de 12 mil pessoas que esperam para fazer uma cirurgia simples". Ele tamb�m afirmou que � preciso "levar emprego para onde as pessoas moram e resid�ncia para onde as pessoas trabalham" e "transformar as cidades dormit�rio em unidades produtivas". Para isso � preciso "adensar as cadeias produtoras" do Estado.
O candidato explicou que sua proposta de lei que tramitava no Senado sobre terrorismo e greve foi "mal interpretado". "O projeto n�o falava de manifesta��es, do povo na rua reclamando por seus direitos pol�ticos. Falava sobre atos de terrorismo (e propunha que) esses crimes pudessem ser julgados com mais celeridade na Justi�a e tivessem penas maiores". O mesmo valeria para as greves que deveriam ter celeridade de julgamento na Justi�a do Trabalho.