A presidente Dilma Rousseff fez nesta quarta-feira, 30, uma "presta��o de contas" de todas as a��es tomadas no seu governo para impulsionar o setor industrial, durante a sabatina com os principais candidatos � Presid�ncia da Rep�blica na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Dilma destilou uma s�rie de a��es e dados e, em tom levemente provocativo, questionou os presentes como estaria a economia se o governo n�o tivesse tomado as decis�es ap�s a crise econ�mica mundial de 2008: "Como seria se n�o tiv�ssemos adotado as medidas antic�clicas? Em que situa��o estaria a nossa ind�stria?"
A candidata do PT tamb�m citou a necessidade de se priorizar as negocia��es coletivas nas discuss�es trabalhistas e a inova��o - tamb�m dois aspectos exaltados como demandas a serem adotadas por Campos e A�cio.
Para Dilma Rousseff, numa cr�tica ao governo de Fernando Henrique Cardoso, no passado, o Estado brasileiro voltava as costas para a ind�stria nacional. Num discurso que buscou o apoio e um voto de confian�a do empresariado, a candidata do PT disse que a "pior coisa" para uma pessoa que est� no governo � quando, em especial na atividade econ�mica, se fica "pessimista".
Sinalizando o que pode propor nos pr�ximos quatro anos, a presidente ressaltou que assume o compromisso de que se pode "fazer mais" pela ind�stria brasileira. Disse que dar� prioridade a uma agenda de reforma tribut�ria "abrangente". "Iremos perseguir, mesmo quando a conjuntura n�o for a mais favor�vel", disse. Citou que � preciso simplificar e desburocratizar os processos, assim como � necess�rio acabar com a cumulatividade dos tributos. Citou que � necess�rio simplificar o regime do PIS/Cofins. Mostrou ter feito a sua parte na reforma tribut�ria que encaminhou ao Congresso no ano passado, mas s� avan�ou em um �nico ponto (a resolu��o 13, que acabou com a chamada guerra dos portos).
"Est� no Congresso a proposta de reforma do ICMS, que � urgente", afirmou. "Nessa quest�o n�o adianta prometer. Tem que dar os votos (para ser aprovada)", completou. Perto de encerrar a sua fala, Dilma pediu mais tempo para a jornalista Christina Lemos, que est� conduzindo a sabatina. "Eu tenho que dizer o que fiz, n�o s� o que vou fazer", disse, para risos. "Eu fiz e sou capaz de fazer", completou, recebendo palmas.
A presidente afirmou que n�o se far� reforma trabalhista se n�o for feito di�logo pr�ximo entre empres�rios, trabalhadores e Congresso. "N�o h� condi��es pol�ticas sem a gente partir dessa premissa, tem de ter processo negocial, tem de ter um objetivo: atualizar marco regulat�rio para as condi��es do s�culo XXI", disse Dilma.
Ela afirmou que a principal proposi��o tem de ser a negocia��o coletiva e disse que a judicializa��o, em qualquer �rea, � muito perigosa e eleva os custos. Dilma afirmou que h� conquistas que s�o dif�ceis de se rasgar, como o 13º sal�rio e as horas extras. Ela completou dizendo que o governo federal n�o � contr�rio � terceiriza��o, mas defende que isso seja feito sem precarizar o trabalho.
Dilma voltou a defender o di�logo e afirmou que parcerias n�o implicam em que os parceiros tenham posi��es iguais, mas sim em que haja di�logo. "Em tudo o que fizemos de parceria, fomos exitosos", afirmou, em rela��o �s parcerias com a CNI. A presidente se comprometeu ainda a analisar as 42 propostas encaminhadas pela ind�stria.