Campos: � estranho querer 90% de apoio no Parlamento

O candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, afirmou que � estranho a presidente Dilma Rousseff ter 30% de aprova��o da sociedade, mas querer governar com 90% de apoio do Parlamento. "A� n�o tem governo, o governo fica inviabilizado porque n�o tem sustenta��o pol�tica", disse em coletiva de imprensa na capital ga�cha, ap�s participar de evento promovido pela Federa��o das Associa��es de Munic�pios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Pesquisa Ibope contratada pelo jornal O Estado de S. Paulo e pela Rede Globo e divulgada no �ltimo dia 22 mostrou que 31% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom ou �timo, mesmo patamar de junho. Segundo o levantamento, a avalia��o regular da atual administra��o oscilou de 34% em junho para 36%, e a avalia��o ruim ou p�ssima ficou est�vel em 33% no mesmo per�odo.

Campos lembrou que, quando foi eleito governador de Pernambuco, tinha minoria na Assembleia. "Fiz um governo que tinha 90% de aprova��o (popular). Sabe qual foi o resultado? 70% de apoio na Assembleia", falou.

O candidato voltou a criticar o que chama de velha pol�tica, baseada nas multiplica��o de alian�as sem coer�ncia e na troca de cargos e favores. "Esse jeito da velha pol�tica de governar est� inviabilizando o Pa�s", disse. "O Brasil est� desanimado, irritado, perdendo prest�gio l� fora. As pessoas sem querer investir. Os empregos desaparecendo em muitos setores."

Campos tamb�m falou, como em outras ocasi�es, que se eleito colocar� na oposi��o o time de "raposas" formado por Fernando Collor (PTB), Jos� Sarney (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB), al�m do pr�prio presidente do PMDB, Michel Temer. "Pela primeira vez essas figuras v�o sentar na cadeira da oposi��o, e o Brasil vai ficar muito melhor", afirmou.

No Rio Grande do Sul, o PSB formou alian�a com o PMDB e, na coletiva de imprensa, Campos estava acompanhado do senador Pedro Simon, do ex-prefeito de Porto Alegre Jos� Foga�a e do ex-prefeito de Caxias do Sul e candidato ao governo ga�cho, Jos� Ivo Sartori, todos peemedebistas. Ao ser perguntado, ele negou que governaria sem o PMDB.

"O PMDB de Simon, de Foga�a, de Sartori, de Jarbas Vasconcelos, esse PMDB vai estar conosco. Esse � o PMDB de gente honrada e s�ria, que luta por democracia e por justi�a", disse. "N�s vamos ter no nosso governo apoio de gente do PSDB, do PT, n�s n�o vamos dividir o Brasil por for�as partid�rias."

Eduardo Campos cumpre agenda em Porto Alegre nesta quinta-feira, 31, e amanh� segue para as cidades de Pelotas e Rio Grande, no interior do Estado.