
O candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB, senador A�cio Neves, indicou ontem que, se eleito, vai governar com aten��o especial para os pobres. Segundo ele, a base de uma proposta de investimentos no Nordeste ser� apresentada na semana de 12 de agosto, quando o tucano faz peregrina��o pelos estados da regi�o. “Levaremos o exemplo do que fizemos em Minas Gerais, onde, ao final do nosso mandato, t�nhamos gasto tr�s vezes mais per capita na regi�o mais pobre de Minas do que nas �reas mais ricas”, afirmou o tucano, emendando que s� � poss�vel diminuir as desigualdades “tratando os desiguais de forma desigual”.
Ao inaugurar o comit� central de sua campanha ontem, em Belo Horizonte, o presidenci�vel disse estar preparando um choque de investimentos no Nordeste, usando para isto “regras tribut�rias espec�ficas”. O tucano voltou a falar na redu��o do n�mero de minist�rios em um eventual governo tucano, mas continuou se negando a dizer quais pastas pretende extinguir. Usando dados de uma pesquisa internacional, A�cio disse considerar 22 ou 23 um n�mero bom de minist�rios. “Quero diminuir os minist�rios e os cargos de livre nomea��o e fazer com que o governo federal funcione, porque, hoje. o governo n�o ajuda e come�a j� a atrapalhar a vida de quem quer empreender no Brasil”, afirmou.
Tratado pelos aliados de Juscelino Kubitschek do s�culo 21, A�cio disse que far�, nos pr�ximos 20 dias, um roteiro que o levar� a pelo menos 20 estados e fez um apelo ao cabos eleitorais mineiros para que conven�am indecisos e mudem a seu favor votos “equivocados”.
O tucano dividiu o palanque com o candidato tucano ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, o vice na chapa, Dinis Pinheiro (PP), e o ex-governador, que agora concorre ao Senado, Antonio Anastasia, al�m do governador Alberto Pinto Coelho (PP). Tamb�m presente no evento, Maria Estela Kubitschek , filha do ex-presidente Juscelino, leu carta levando a A�cio o apoio de toda a fam�lia. Segundo ela, JK conquistou a Presid�ncia da Rep�blica com a idade do tucano, a quem tratou por futuro presidente.
Milit�ncia
O PSDB reuniu centenas de militantes com bandeiras tucanas na Avenida Augusto de Lima, onde preparou um carro de som e um tel�o para que as pessoas na rua dissessem o que esperam de um novo Brasil. Na hora do almo�o, o jingle de A�cio ficou alertando para a presen�a do candidato, enquanto a juventude do partido e o tucanafro faziam batucada em uma das esquinas movimentadas do Centro de Belo Horizonte.
Pimenta, Dinis e Anastasia desceram a Rua da Bahia at� entrar no comit�, onde A�cio procurou vincular sua campanha � sucess�o estadual. “Se n�s j� fizemos tanta coisa em Minas Gerais, tendo um presidente de oposi��o, imagina se vencermos elei��es presidenciais, com o conhecimento que tenho da realidade de Minas Gerais, os avan�os que poderemos trazer para o estado”, afirmou. Antes, os aliados trataram de refor�ar a campanha do presidenci�vel no estado. “Tenho certeza que o grito que ecoa de Minas, que � o grito de A�cio presidente, vai se espalhar pelo Brasil. Com Pimenta governador, vamos rumo � vit�ria”, afirmou Anastasia.
Pimenta
Ao comentar o resultado das �ltimas pesquisas em Minas, que colocam o candidato lan�ado por ele praticamente empatado com o advers�rio do PT, o ex-ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, A�cio disse acreditar que no pr�ximo levantamento Pimenta estar� liderando. “Sempre acreditei na vit�ria do Pimenta, ele � consistente, n�o � um candidato de bravatas, � um candidato que tem hist�ria e representa a continuidade de um trabalho extremamente s�rio”, afirmou. Pimenta da Veiga retribuiu, inflando a campanha do senador. “Aqui est� nascendo um movimento pol�tico que vai ganhar o Brasil inteiro e resultar na elei��o e vit�ria de A�cio Neves presidente”, afirmou.
Anastasia disse que a avalia��o negativa do governo federal e a positiva da gest�o estadual devem influenciar o eleitor, ajudando a candidatura de Pimenta. O ex-governador lembrou, que nesta fase da campanha estava atr�s nas pesquisas e ressaltou o fato de o desempenho do atual candidato do PSDB ter melhorado antes mesmo de come�arem as propagandas de televis�o.
Mais cedo, Pimenta da Veiga fez caminhada pelo Barreiro, onde conversou com comerciantes e falou mais uma vez sobre o crescimento da infla��o no pa�s. “H� muitos empreendimentos, muitas empresas, desde as muito grandes at� pequenas empresas. E todas s�o prejudicadas pela infla��o que, infelizmente, est� dando sinais de uma r�pida eleva��o, e isso depende do governo federal. O rem�dio que estamos apontando para isso � mudar o eixo do pa�s, atrav�s da lideran�a de A�cio Neves”, afirmou.
Prefeitos no alvo
O candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, afirmou ontem que, em um eventual governo, teria como prioridade aumentar em cerca de dois pontos porcentuais o repasse da Uni�o ao Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM) para “tirar da fal�ncia os servi�os p�blicos brasileiros dos munic�pios”. A uma plateia formada por prefeitos em evento na capital ga�cha, ele garantiu que h� recursos para tornar o pacto federativo brasileiro mais justo e eficiente e criticou a pol�tica de desonera��es do atual governo, como no caso do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que, segundo ele, n�o d� mais resultado e, de quebra, acaba gerando diminui��o dos repasses �s cidades.