O ex-governador de Pernambuco e candidato do PSB � Presid�ncia, Eduardo Campos, disse que "o Brasil n�o vai melhorar se a gente n�o tiver um novo pacto pol�tico". No terceiro programa especial GloboNews Elei��es, com os principais candidatos � Presid�ncia da Rep�blica, Campos afirmou, na sexta-feira, 01, � noite que mudou de ideia e n�o apoiou a reelei��o da presidente Dilma Rousseff a partir do momento em que percebeu que o governo Dilma deixava a velha pol�tica tomar o centro do governo e o Pa�s n�o entrava em rota de governan�a que levasse ao crescimento, que era um compromisso com a Na��o. "Desde in�cio de 2013, quando a presidente decidiu apoiar a candidatura de Renan Calheiros para o Senado e de Henrique Eduardo Alves para a C�mara, ela tinha tomado uma decis�o por uma alian�a no centro da governabilidade com esse PMDB e, a partir dali, s� foi distanciamento", afirmou.
O candidato do PSB � Presid�ncia disse que o rompimento com o governo Dilma ocorreu porque o campo pol�tico de onde ele e Marina v�m tem clareza de que o Brasil n�o vai melhor se n�o houver um novo pacto pol�tico. Segundo ele, o presidencialismo de coaliza��o que foi uma verdade no segundo governo de Fernando Henrique, que deixou o Brasil com 12% de infla��o, esse presidencialismo n�o vai responder a pauta que a sociedade brasileira coloca, que a carga tribut�ria est� elevada e os servi�os p�blicos n�o est�o funcionando. "Se isso � verdade, aqui no meio est� o Estado, dividido em peda�os, pelas for�as mais atrasadas, que se apropriam de fatias do Estado e que n�o conseguem responder a essa pauta. Como resolver isso? Ou voc� tem a coragem de mudar a sustenta��o pol�tica ou n�o vai ter mudan�a." Hoje, essa for�a que a sociedade tem, n�o se representa nos dois projetos, seja da Dilma, seja da oposi��o cl�ssica que representa o PSDB, afirmou.
Sobre atrasos nas obras p�blicas, Campos disse que tem muito a ver com a centraliza��o das decis�es de recursos, de or�amento. O presidenci�vel disse que pretende reduzir a desigualdade com foco em educa��o de qualidade e o governo federal deve dar exemplo financiando melhor a educa��o no Pa�s. Hoje, temos 5,5% do PIB em educa��o, mas s� 1% dos recursos v�m da Uni�o. N�s precisamos que o governo federal financie melhor, estimule, qualifique e remunere melhor o professorado, defendeu.
"Temos de fazer programa de governo para o Pa�s, interpretando as demandas da sociedade, j� houve governo que priorizou a estabilidade e arrumou recursos para sanear o sistema financeiro; teve governo que priorizou outras pol�ticas, como recentemente organizar d�vida de empresas de energia. Hoje, estamos desafiados a pensar em educa��o e salvar a juventude brasileira. Temos que reencantar a escola brasileira", afirmou.
Sobre o movimento Passe Livre, Campos disse que vai fazer o Passe Livre com munic�pios, Estados e Uni�o para estudantes de escolas p�blicas e dos programas sociais. Segundo ele, o custo do programa � de R$ 12 bilh�es.
Em rela��o � promessa de reforma tribut�ria, Campos disse que vai conseguir fazer com propostas claras, que tenham o apoio da sociedade. "H� como fazer a reforma, fazer uma regra de transi��o, dar seguran�a de que ningu�m vai perder receita corrente. Para faz�-la � preciso capacidade de articular, mas capacidade e a compreens�o. Fernando Henrique e Lula n�o fizeram porque tentaram fazer para o ano seguinte, se a gente fizer com ideia de m�dio prazo � poss�vel melhorar a vida do povo brasileiro."
Campos disse que a infla��o � uma pauta vencida, voltou para a ordem do dia no Brasil, e n�o se resolve infla��o s� com taxa de juros, mas precisa da coordena��o pol�tica e do compromisso com a governan�a macroecon�mica com o centro da meta. "Agora o teto (da meta) virou o centro e seja o que Deus quiser", afirmou. Segundo ele, "a crise no Brasil, mais do que de fundamento, � uma crise de confian�a na governan�a."
O ex-governador de Pernambuco disse que sua candidatura � poss�vel porque vai de encontro do que h� de melhor na sociedade, da indigna��o do povo, da vontade de fazer diferente.
Em rela��o �s obras da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, Compos disse que foi arrolado como testemunha de defesa do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, porque governava o Estado que tem um porto e, neste porto, est� sendo constru�da uma refinaria. O Estado tem conv�nio com a Petrobras em quatro obras e prestou contas desses recursos. O pr�prio juiz de direto, segundo ele, disse que n�o sabe por que Campos foi arrolado como testemunha nesse processo.
O presidenci�vel disse que tem 48 anos e sempre foi minoria na pol�tica estadual, sempre respeitou a democracia e a convic��o democr�tica nele � maior do que qualquer sentimento. Ele afirmou que respeita a liberdade de express�o e sempre foi cr�tico. "Isso � algo que pratico no meu dia a dia, na vida. Tenho capacidade de fazer entendimento e construir consenso porque tenho paci�ncia. Isso me fez ser eleito consensualmente no PSB tr�s vezes presidente do partido e, agora, candidato � Presid�ncia da Rep�blica", descreveu.