O candidato do PSDB � Presid�ncia, A�cio Neves, afirmou neste s�bado, 02, que os homens p�blicos t�m o dever de responder a questionamentos a seu respeito, sejam eles den�ncias ou insinua��es. "Devemos fazer isso com absoluta naturalidade", disse em entrevista coletiva na capital ga�cha, antes de participar de com�cio ao lado da aspirante do PP ao governo do Rio Grande do Sul, Ana Am�lia Lemos. "� o dever de quem est� na pol�tica. Como tamb�m � dever trabalhar e lutar para que os esclarecimentos que s�o feitos sobre eles cheguem � popula��o brasileira. � isso que eu tenho buscado fazer."
A�cio n�o quis comentar o caso envolvendo o candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo C�mara - afilhado pol�tico de Eduardo Campos, candidato do PSB � Presid�ncia. Por determina��o da Justi�a Eleitoral, o jornal Folha de S. Paulo publicou direito de resposta de C�mara sobre reportagem que mostrou suspeita de pagamento de propina em troca de apoio pol�tico ao PSB nas elei��es pernambucanas. "Sou de uma tradi��o mineira que diz que determina��o da Justi�a se cumpre", limitou-se a dizer.
A�cio afirmou que as tens�es eleitorais existentes em um ambiente de campanha d�o "uma dimens�o maior aos fatos". Perguntado sobre o pedido de abertura de inqu�rito criminal por parte da campanha de Dilma, para investig�-lo por supostos "atentados � seguran�a a�rea" pelo uso dos aeroportos de Cl�udio e Montezuma, em Minas Gerais, ele disse que a den�ncia deve ser desconsiderada.
"Todas as den�ncias ou a��es que o PT quiser impetrar ser�o respondidas por n�s (PSDB) judicialmente. Essa n�o merece nem considera��o de t�o rid�cula que �", avaliou.
As pistas para aeronaves dos dois munic�pios mineiros foram usadas pelo presidenci�vel sem que elas tivessem autoriza��o para pouso e decolagem homologada pela Ag�ncia Nacional Avia��o Civil (Anac). A representa��o do PT pede apura��o por suposto crime de atentado contra a seguran�a do transporte a�reo. Os dois aeroportos ficam pr�ximos de fazendas de familiares de A�cio. Esta semana, ele reconheceu que foi um "equ�voco" ter usado os aeroportos sem a devida homologa��o por parte da Anac, mas garantiu a legalidade das obras.
Em Porto Alegre, o tucano voltou a defender a necessidade de melhorar a efici�ncia de �rg�os como a Anac. "O que n�s precis�vamos � ter as ag�ncias reguladoras resgatadas em sua capacidade de gest�o, para que obras ou processos de homologa��o, por exemplo, n�o demorem 3 anos ou outros 10 anos como demoram hoje", afirmou. "Isso � resultado em parte da incapacidade de gest�o do PT em todas as �reas."
Pesquisas
Questionado sobre sua preocupa��o com os resultados das �ltimas pesquisas no RS, que mostraram que sua candidatura ainda n�o deslanchou - o Ibope aponta Dilma com 43% e A�cio com 23% -, o tucano minimizou a preocupa��o, dizendo que seu nome ainda � pouco conhecido.
"H� um grande n�vel de desconhecimento do candidato A�cio e suas propostas. S� quando come�ar a campanha na TV as pessoas v�o conhecer", disse. "Estamos crescendo em todas as cidades brasileiras, e a presidente (Dilma) ou est� em estagna��o ou em queda."
A�cio afirmou que far� campanha nas ruas, "olhando para as pessoas", ao contr�rio da presidente, que, segundo ele, est� sitiada. "(Dilma) N�o consegue fazer qualquer evento sem seguran�a." A agenda de A�cio em Porto Alegre segue na tarde deste s�bado. No gin�sio Gigantinho, do Internacional, ele faz um com�cio a militantes na companhia de Ana Am�lia Lemos.