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Estado de Minas

Governo se articula contra crise da "cola" na CPI da Petrobras

Base nega que tenha havido fraude na CPI da Petrobras. Renan instaura sindic�ncia, mas mant�m os trabalhos


postado em 06/08/2014 06:00 / atualizado em 06/08/2014 08:09

Bras�lia – Senadores da base do governo dedicaram boa parte do dia de ontem para defender a CPI da Petrobras das den�ncias de depoimentos combinados, com distribui��o de “gabaritos” aos depoentes. A atua��o da base aliada, feita em sintonia com a orienta��o dada pelo Pal�cio do Planalto, � apenas a ponta do iceberg das movimenta��es governistas para contornar a den�ncia. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), determinou ontem a instala��o de uma sindic�ncia para apurar a participa��o de assessores da Casa na suposta troca de informa��es com a Petrobras.

Contrariando a oposi��o, no entanto, Calheiros repudiou uma poss�vel suspens�o dos trabalhos da CPI devido �s den�ncias. “N�o precisa suspender nada. A CPI � uma institui��o que n�o pode sair arranhada”, defendeu. A sindic�ncia foi pedida a Renan pelo peemedebista Vital do R�go (PB), que preside a CPI do Senado e a Mista.

O senador paraibano esteve na manh� de ontem na Pol�cia Federal, onde pediu investiga��es sobre as den�ncias. R�go disse n�o ver raz�es para suspender as atividades das comiss�es. Com a cabe�a pedida pela oposi��o, o relator da CPI do Senado, Jos� Pimentel (PT-CE), se defendeu no plen�rio, alegando que nunca se reuniu com depoentes ou orientou a inquiri��o de investigados.

“� bom que a Pol�cia Federal investigue, pois ela vai identificar de pronto que n�o h� nenhum crime”, garantiu o l�der petista no Senado, Humberto Costa (PE). “Onde est� o erro em funcion�rios da Petrobras fornecerem � CPI informa��es com base em quest�es formuladas pela assessoria da comiss�o?”, questionou no plen�rio da Casa.

Toda a opera��o at� o momento est� sendo acompanhada de perto pelo governo. O Planalto suspeita de que o respons�vel pela grava��o da reuni�o, na sede da Petrobras, tenha sido o advogado Bruno Ferreira, mas ainda n�o sabe as raz�es que o teriam levado a fazer isso. A dedu��o baseou-se no fato de que tanto o chefe de gabinete da Petrobras em Bras�lia, Jos� Barrocas, quanto o chefe do departamento jur�dico, Leonam Calderaro Filho, s�o de confian�a da presid�ncia da empresa e n�o teriam raz�es para gravar o encontro.

O governo deve mobilizar a tropa de choque no Congresso para evitar a convoca��o do ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Ricardo Berzoini, para explicar a participa��o do assessor Paulo Argenta na combina��o das perguntas � CPI.

O Estado de Minas apurou que, ao longo da segunda-feira, os articuladores pol�ticos do governo conversaram diretamente – seja pessoalmente ou por telefone – com o senador Jos� Pimentel e com representantes da Petrobras. As conversas serviram para dar o tom das notas oficiais divulgadas para tentar por �gua na fervura da crise. Para um aliado de Dilma, � fundamental abafar a crise pol�tica a dois meses das elei��es.

No plen�rio, Aloysio Nunes (PSDB-SP) interrompeu Humberto Costa algumas vezes, aos gritos de “mentira”, quando o petista acusou os tucanos de terem tentado privatizar a Petrobras. Depois, Nunes, que � vice na chapa presidencial de A�cio Neves (PSDB), concordou que � natural que a base defenda o governo dentro da CPI. Para ele, que pretende levar o caso � Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o “inadmiss�vel � fraudar o prop�sito investigativo de uma CPI”, “com o objetivo de blindar a presidente Dilma Rousseff”.

Na CPI mista, muitas das perguntas feitas por Marco Maia, relator da CPI de deputados e senadores, � presidente da Petrobras, Gra�a Foster, na sess�o de 11 de junho, foram id�nticas �s que haviam sido feitas por Pimentel no Senado, onde Foster j� havia deposto. “A assessoria do Senado, que tem dado suporte � CPI, tamb�m tem dado suporte aos senadores e deputados do PT da CPI mista. Tem perguntas, inclusive, que s�o absolutamente normais que sejam repetidas”, comentou Costa. 


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