Ap�s participar de sabatina promovida pela Confedera��o Nacional da Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), em Bras�lia, o candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, disse que o "estresse" no campo se deve � paralisa��o da agenda de demarca��es de terras ind�genas e assentamentos para reforma agr�ria, no governo da presidente Dilma Rousseff. "Houve uma paralisa��o da reforma agr�ria no Pa�s", disse.
"O agroneg�cio precisa de ci�ncia e tecnologia, de inova��o, mas precisamos cuidar das pol�ticas de assentamento, das pol�ticas voltadas para povos ind�genas e da reforma agr�ria. Dessa forma se constr�i paz no campo. � tudo o que precisam os que vivem no campo", declarou Campos.
O candidato disse que o barateamento da comida na mesa dos brasileiros depende n�o s� de infraestrutura, mas de redu��o do "custo Brasil" e de paz no campo. "A demanda dos agricultores n�o � para parar (os assentamentos e as demarca��es), � para resolver (o conflito no campo)", afirmou.
"Em quatro anos vamos avan�ar na pauta de demarca��o de terras", disse o pessebista, mas evitou falar em meta para cria��o de assentamentos e n�o deu um prazo para a conclus�o das demarca��es de terras ind�genas, argumentando que o processo depende de uma s�rie de a��es, entre elas a realiza��o da laudos antropol�gicos. Ele lembrou que a Constitui��o previu cinco anos para a solu��o do problema das reservas ind�genas, mas a quest�o se arrasta at� os dias atuais. "Paralisa��o leva ao tensionamento. Na hora que voc� dialoga e faz a pauta andar, voc� leva a paz, o entendimento e o desenvolvimento para o campo", concluiu.
Perguntado sobre o programa do PSB, dos anos 40 e que defende a nacionaliza��o de terras do Pa�s, Campos minimizou o documento e disse que ele foi escrito em um outro cen�rio. "A realidade se alterou", disse, argumentando que analisar o programa com a �tica atual seria o mesmo que comparar a "Constitui��o de 1988 com a Carta de Pero Vaz de Caminha".
Para Campos, � preciso retomar o di�logo com o mundo rural brasileiro e que seu di�logo sobre sustentabilidade no campo ser� "tranquilo, respeitando diverg�ncias".
O socialista voltou a fazer cr�ticas ao atual modelo de sustenta��o pol�tica, argumentando que ele impede a renova��o da gest�o p�blica. E destacou que a presidente Dilma ser� a primeira chefe do Executivo a entregar o Pa�s, ao final do mandato, pior do que quando o recebeu. "O presidente Lula promoveu di�logo em suas media��es e entregou um Pa�s melhor", comparou.
Com Ag�ncia Estado