A presidente Dilma Rousseff convocou neste domingo, 10, entrevista coletiva no Pal�cio da Alvorada, sem uma pauta definida. Depois de iniciar felicitando os "pais, filhos, netos e bisnetos" pelo Dia dos Pais, ela passou a responder diretamente a cr�ticas de seus principais advers�rios na disputa eleitoral � Presid�ncia da Rep�blica. Atacou primeiro a proposta do candidato do PSDB, senador A�cio Neves, de reduzir o quadro ministerial extinguindo, por exemplo, o Minist�rio de Minas e Energia. Na entrevista, a presidente falou ainda da "possibilidade" de aumento do pre�o dos combust�veis e voltou a defender a Petrobras.
Destacando ter sido ministra de Minas e Energia depois do governo Fernando Henrique Cardoso, ela disse que os tucanos iniciaram um processo de tornar o minist�rio "m�nimo". "Isso levou ao maior racionamento da hist�ria do Pa�s", declarou. "Eles j� quiseram acabar com esse minist�rio e deu no que deu." Dilma disse ainda que o PSDB, quando governou o Pa�s, fez "barbaridades" com o setor.
Aumento dos combust�veis
A presidente comentou sobre possibilidade de aumento no pre�o da gasolina, quando questionada sobre a queda nos resultados da Petrobras e se haveria reajuste para aliviar o caixa da estatal. A presidente disse que a petroleira est� num processo de amplia��o da produ��o e que os resultados "ser�o revertidos". "Necessariamente em algum momento do futuro pode ser que tenha um aumento (dos combust�veis)."
Apesar da declara��o, Dilma destacou que n�o estava confirmando ou negando um aumento, mas falando apenas sobre uma possibilidade, lembrando ainda aumentos anteriores. "Quero repetir que n�o estou dizendo se vai ou n�o ter aumento de pre�o de combust�vel."
Defesa da Petrobras
A presidente voltou a defender a Petrobras e, em refer�ncia �s den�ncias de irregularidade que se abateram sobre a petroleira, disse que � muito perigoso "utilizar qualquer factoide pol�tico para comprometer uma grande empresa e sua dire��o". Dilma sugeriu ainda que o ambiente eleitoral tem influenciado as den�ncias. "Misturar elei��o com a maior empresa de petr�leo do Pa�s n�o � correto e n�o mostra nenhuma maturidade", disse.
A Petrobras tem estado sob fogo cruzado desde que o jornal O Estado de S.Paulo revelou, no in�cio do ano, que a presidente Dilma apoiou, quando ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administra��o da Petrobras, a compra de 50% da refinaria de Pasadena (EUA), numa transa��o que posteriormente resultou num preju�zo bilion�rio para a estatal.
O caso gerou duas comiss�es parlamentares de inqu�rito no Congresso e o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) pode incluir a presidente da estatal, Maria das Gra�as Foster, entre os responsabilizados pelo neg�cio e declarar a indisponibilidade de seus bens.