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Estado de Minas

Perplexidade toma conta na terra natal de Eduardo Campos

Popula��o de Pernambuco chora a perda do pol�tico, que fez carreira no estado nordestino


postado em 14/08/2014 06:00 / atualizado em 14/08/2014 06:59

Em vários bairros do Recife, panos pretos foram colocados em muros e janelas, em sinal de luto pela morte de Eduardo Campos(foto: Guga Matos/JC Imagem/Estadão Conteúdo )
Em v�rios bairros do Recife, panos pretos foram colocados em muros e janelas, em sinal de luto pela morte de Eduardo Campos (foto: Guga Matos/JC Imagem/Estad�o Conte�do )

Recife – A morte tr�gica do candidato do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Eduardo Campos, silenciou Pernambuco. Incr�dulo, o Recife chorou sem entender direito o que havia acontecido. A ficha de um estado inteiro ainda n�o caiu. Nas ruas, havia um sil�ncio estranho. An�nimos se entreolhavam como se um familiar ou pessoa muito pr�xima tivesse morrido. Em cada canto da cidade, o sentimento era de total incredulidade. As pessoas pareciam n�o acreditar naquilo a que estavam assistindo na televis�o. A cada informa��o nova, balan�avam a cabe�a negativamente. “Eduardo parecia indestrut�vel. N�o combina com ele a ideia da morte antes do tempo natural. Era um homem forte, tinha vigor f�sico e pol�tico. Ningu�m pode imaginar Eduardo morto”, disse um amigo ao deixar a casa do presidenci�vel, na Zona Norte do Recife.

E foi exatamente esse o sentimento na capital Pernambucana. Fotos do candidato sorrindo em v�rios locais da cidade contribu�am para aumentar a sensa��o de estranheza. A imagem do homem p�blico, que tinha apenas Pernambuco com suas virtudes e problemas para mostrar ao Brasil, n�o existia mais. “Moro aqui nesta rua h� mais de 20 anos. Conhe�o toda a fam�lia dele. Eduardo acenava para a gente de dentro do carro e seguia para a sua resid�ncia. Parece que estou vendo um filme ruim, mas que depois vou descobrir que ele n�o morreu”, comentou a moradora de uma casa simples, em Dois Irm�os, Lucilene Santos Oliveira.

Escolas e faculdades suspenderam as aulas no per�odo da tarde. O expediente nos principais �rg�os e reparti��es p�blicas tamb�m ficou paralisado, apesar de n�o haver determina��o oficial. Em diversos bairros, moradores colocaram panos pretos nas grades e janelas, sinalizando o luto pela perda do ex-governador e dos integrantes da equipe.

APOIO Algumas pessoas foram para a frente do Pal�cio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Em pouco tempo, a casa onde Eduardo Campos morava com a mulher, Renata Campos, e seus cinco filhos, ficou pequena para tanta gente. Pol�ticos aliados, amigos e parentes n�o paravam de chegar. O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), lan�ado por Campos nas �ltimas elei��es municipais, estava bastante emocionado. “O Brasil perdeu um grande pol�tico. Pe�o que os recifenses e os pernambucanos mantenham a paz e tragam f� e ora��es para a fam�lia dele neste momento. � uma perda irrepar�vel. Um grande l�der que fez tanto por todos os brasileiros e pernambucanos. � um dia de muita dor. Uma dor que n�o tem como expressar nem como medir”, disse o prefeito.

O candidato do PSB ao governo de Pernambuco, Paulo C�mara, tamb�m foi confortar Renata e os filhos. Visivelmente abalado, afirmou que aprendeu muito ao lado de Eduardo. “� uma pessoa com quem eu aprendi muito. Um grande amigo e um companheiro de muito tempo”. Ele esteve com Campos pela �ltima vez no domingo.

�s 18h, o ministro do TCU Jos� M�cio chegou � resid�ncia acompanhando da m�e de Eduardo Campos, Ana Arraes. “� uma perda irrepar�vel. Deixa de existir advers�rios pol�ticos. O primeiro telefonema que recebi foi o do presidente Lula, que tinha muita considera��o por Eduardo Campos”, declarou M�cio. Ele veio no avi�o com Ana Arraes. “Uma m�e que perde um peda�o. Foi uma viagem de profundo sil�ncio. N�o h� o que dizer a uma m�e neste momento”, afirmou.

O governador João Lyra lamentou a tragédia e destacou a voluntariedade e coragem do político(foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press )
O governador Jo�o Lyra lamentou a trag�dia e destacou a voluntariedade e coragem do pol�tico (foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press )

O governador do estado, Jo�o Lyra Neto (PSB), e o presidente da Casa Militar, M�rio Cavalcante, embarcaram para Santos no fim da tarde de ontem para acompanhar o processo de libera��o do corpo.Em entrevista coletiva, Jo�o Lyra disse: “Lamento o tr�gico acontecimento. Mas que a vida dele sirva de exemplo para todos n�s de muita voluntariedade e coragem e, acima de tudo, de muito compromisso com o povo pernambucano e com o povo brasileiro”.

O arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, que esteve na resid�ncia do candidato, falou da profunda tristeza dos pernambucanos. “Eduardo era um pol�tico de uma intelig�ncia rara. � um momento de muita dor. Pernambuco perde o seu maior l�der. Sugeri a Renata Campos a realiza��o de uma missa campal na frente do Pal�cio do Campo das Princesas para que o povo possa participar”. Ap�s a cerim�nia religiosa ele declarou que a ideia � realizar um cortejo que deve seguir at� o Cemit�rio de Santo Amaro para sepultar o corpo de Campos ao lado do t�mulo do av�, Miguel Arraes de Alencar, falecido em 13 de agosto de 2005, h� exatos 9 anos.


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