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Estado de Minas

Sem Campos, PSB teme perder bancada

O projeto de poder do partido se sustentava em torno do candidato ao Planalto e presidente nacional do partido. A �nica alternativa dos dirigentes � apostar em Marina Silva como cabe�a da chapa nacional


postado em 15/08/2014 07:37 / atualizado em 15/08/2014 07:50

Depois de colher os melhores resultados eleitorais de sua hist�ria em 2010 e 2012, o PSB chega �s v�speras da elei��o deste ano sob risco de colapso, potencializado pela morte de Eduardo Campos. Pesquisas mostram que h� tend�ncia de derrota em todos os seis Estados onde o partido elegeu governadores h� quatro anos, e o cen�rio para crescimento da bancada de deputados fica mais incerto.

O projeto de poder do PSB se sustentava em torno do candidato ao Planalto e presidente nacional do partido. A �nica alternativa dos dirigentes � apostar em Marina Silva como cabe�a da chapa nacional - apesar de ela s� estar no PSB de passagem, ap�s ter negado o registro da Rede Sustentabilidade como partido. O agravante � que Marina tende a ser mais personalista como candidata do que seria Campos, desde 2005 no comando do PSB. Em 2010, a ex-ministra do Meio Ambiente chegou aos 19 milh�es de votos no primeiro turno, mas o PV, partido pelo qual entrou na disputa, n�o viu crescer sua bancada na C�mara.

Nas disputas estaduais, os sinais j� vinham sendo desanimadores. Em Pernambuco, principal reduto de Campos, o candidato do PSB, Paulo C�mara, aparecia com mais de 30 pontos porcentuais de desvantagem em rela��o a Armando Monteiro (PTB). Em 2010, quando Campos se candidatou � reelei��o como governador, a vit�ria foi consagradora: 82% dos votos v�lidos.

O Cear� foi o segundo Estado mais importante no qual o PSB venceu h� quatro anos. Cid Gomes foi reeleito com 61% dos votos - mas deixou o partido com o irm�o, Ciro, ap�s se desentender com Campos. Eliane Novais � a representante do PSB na atual disputa pelo governo cearense - ela tem 7% das inten��es de voto em pesquisa Datafolha divulgada ontem (registro BR-00356/2014).

Reelei��o amea�ada. Tamb�m est�o sob risco tr�s governadores do PSB que se elegeram para o primeiro mandato h� quatro anos: Renato Casagrande (ES), Camilo Capiberibe (AP) e Ricardo Coutinho (PB). Os dois primeiros se manifestaram contra a candidatura presidencial de Campos em 2013, por temer o esvaziamento de seus palanques estaduais.

No Esp�rito Santo, pesquisa do instituto Futura (13 de julho, registro ES-00011/2014) indica favoritismo de Paulo Hartung (PMDB), que governou o Estado por dois mandatos.

No Amap�, Capiberibe tem chances m�nimas de vencer: ele tem 12% das inten��es de voto, e sua gest�o � considerada ruim ou p�ssima por 65% dos eleitores, segundo o Ibope (10 de agosto, registro BR-00348/2014).

Na Para�ba, Ricardo Coutinho tem 29%, contra 46% de Cassio Cunha Lima (PSDB), segundo o instituto Souza Lopes (22 de julho, registro PB-00013/2014). No Piau�, sexto Estado onde o PSB venceu em 2010, o partido preferiu apoiar o peemedebista Z� Filho. O favorito para vencer no primeiro turno � o ex-governador Wellington Dias (PT), segundo o instituto Vox Populi (3 de agosto, registro PI-00079/2014).

O PSB n�o lidera pesquisas em nenhum outro Estado. Com um desempenho ruim nas disputas para governador, o partido corre o risco de interromper o crescimento de sua bancada na C�mara dos Deputados, que � cont�nuo desde 1994.

Alas

A aus�ncia de Campos tamb�m trar� desafios internos. O vice-presidente da legenda, Roberto Amaral, assumir� automaticamente o comando do partido, mas deve enfrentar resist�ncias. O motivo � que ele � mais pr�ximo dos petistas, enquanto outros l�deres s�o mais oposicionistas em rela��o � presidente Dilma Rousseff e ligados aos tucanos. O deputado M�rcio Fran�a, presidente do diret�rio paulista e que disputa o cargo de vice-governador na chapa do tucano Geraldo Alckmin, � um exemplo desse perfil. O presidente do PSB de Minas, deputado J�lio Delgado, � pr�ximo ao candidato a presidente do PSDB, A�cio Neves.

Em outra frente, h� ex-aliados de petistas que migraram em seus Estados para a oposi��o. � o caso de Beto Albuquerque (RS), l�der do PSB na C�mara, ex-secret�rio no governo Tarso Genro (PT), e do senador Rodrigo Rollemberg (DF), que rompeu com o petista Agnelo Queiroz e hoje � candidato contra ele.

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