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Estado de Minas

Eduardo Campos tem despedida nos bra�os do povo

Multid�o reunida para dar adeus a Campos deu a dimens�o da sua popularidade em Pernambuco


postado em 18/08/2014 00:12 / atualizado em 18/08/2014 07:37

Pedro Rocha Franco

Traduzindo o apoio popular confirmado nas urnas na elei��o de 2010 – quando Eduardo Campos foi reeleito governador com 83% dos votos v�lidos –, a popula��o do estado nordestino demonstrou solidariedade � fam�lia do pol�tico em uma recep��o comovente ao caix�o com os restos mortais. Milhares de pernambucanos permaneceram firmes por toda a madrugada de ontem pelas ruas do Recife e na entrada do Pal�cio do Campo das Princesas, sede do governo estadual. Com cartazes estampando mensagens de carinho e bandeiras do Brasil, pais e filhos se despediram das v�timas do acidente a�reo de Santos.

Nem mesmo o tardar da chegada do corpo na base a�rea do Recife, por volta das 23h de s�bado, e o in�cio do cortejo rumo ao Pal�cio varando a madrugada diminu�ram a como��o na despedida ao candidato � Presid�ncia da Rep�blica. Sob chuva, em carros abertos do Corpo de Bombeiros, os caix�es com os restos mortais de Eduardo e de dois de seus assessores de campanha – o fot�grafo Alexandre Severo e o jornalista Carlos Augusto Ramos Leal Filho “Percol” – seguiram por mais de 20 quil�metros em marcha lenta pelas ruas da capital pernambucana cercados por uma multid�o.
A chegada do avi�o da For�a A�rea Brasileira com os restos mortais foi recepcionada pela vi�va Renata Campos e seus cinco filhos, al�m da candidata a vice-presidente na chapa de Eduardo Campos, Marina Silva. Depois de carregar o caix�o, os tr�s filhos mais velhos de Eduardo e Renata, Maria Eduarda, Jo�o e Pedro, demonstraram for�a nas mais de duas horas de cortejo sobre o carro do Corpo de Bombeiros.

Vestidos com camisas amarelas com a frase cunhada pelo pai em uma entrevista na noite anterior ao acidente a�reo, “N�o vamos desistir do Brasil”, e de punhos cerrados, eles acompanhavam os gritos das ruas em apoio a Campos. Simbolicamente, a fam�lia se uniu quando o comboio passou pela Avenida Norte Miguel Arraes de Alencar, homenagem ao tamb�m ex-governador de Pernambuco e av� de Eduardo Campos. Logo atr�s dos ve�culos oficiais, centenas de carros, motos e at� bicicletas formaram um comboio que se arrastava por quatro quil�metros. A cada esquina, uma nova forma de homenagem, de simples aplausos e acenos at� gritos de for�a e ora��es dos mais religiosos.

Na chegada � sede do governo pernambucano, na Pra�a da Rep�blica, em coro, as milhares de pessoas que j� aguardavam a chegada do cortejo gritavam em un�ssono: “Eduardo, guerreiro do povo brasileiro!”, tamb�m entoado pelos filhos, que ajudaram a carregar o caix�o. No local, dezenas de coroas de flores de admiradores demonstravam a como��o da trag�dia em todo o pa�s.

A presen�a da multid�o obrigou a organiza��o do cerimonial a abrir o vel�rio desde o in�cio. A previs�o inicial era que durante a madrugada os restos mortais seriam velados apenas por parentes e correligion�rios nas depend�ncias do Pal�cio do Campo das Princesas, sendo transferidos para a cal�ada s� �s 6h. A decis�o foi da vi�va, Renata Campos, para que todos os presentes pudessem passar ao lado do caix�o.

Incr�dula com o acidente, a professora aposentada Arlete Oliveira era uma das milhares de pessoas que sa�ram �s ruas para homenagear Campos. Ela recordou os feitos do ex-governador. “Eduardo foi maravilhoso, olhava muito para os pobres, Pernambuco cresceu muito no seu governo. Ele deixou uma li��o de vida de um bom pai de fam�lia e um excelente governador", disse a pernambucana.

HERAN�A POL�TICA  A presen�a da popula��o est� ligada a uma das marcas da gest�o do pol�tico no governo de Pernambuco. Al�m de ser tido como o maior l�der do PSB, Eduardo Campos frequentemente se gabava de ter conseguido mais de 90% de aprova��o em seu governo. Ele herdou o legado pol�tico do av�, Miguel Arraes, que h� nove anos morreu no mesmo dia e m�s do ano que ele. Desde cedo militou na pol�tica, iniciando a carreira como chefe de gabinete de Arraes. O pol�tico foi deputado estadual e federal, se tornou lideran�a expressiva no Congresso e ministro da Ci�ncia e Tecnologia do governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. A visibilidade nos cargos o cacifou para ser eleito em 2006 governador do seu estado e reeleito para o cargo em 2010.

Cortejado por PT e PSDB, Eduardo Campos confirmou sua candidatura � Presid�ncia e renunciou ao cargo de governador para se dedicar � campanha em abril deste ano. Dois meses depois, em junho, quando a ex-senadora Marina Silva teve o registro da Rede, partido idealizado por ela, negado pelo Tribunal Superior Eleitoral, ela se abrigou nos quadros do PSB, se tornando vice na chapa do socialista. Antes de ter sua legenda vetada pela Justi�a, Marina, que agora vai substituir Campos, pleiteava concorrer � Presid�ncia.

Com ag�ncias


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