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Estado de Minas

Conclus�o sobre acidente que matou Campos s� daqui a um ano

Trabalho para apurar as causas da queda do avi�o esbarra na complexidade do acidente


postado em 18/08/2014 06:00 / atualizado em 18/08/2014 07:23

Peritos recolheram peças da aeronave em Santos que vão ajudar no trabalho de investigação(foto: Waleter Mello/A Tribuna de Santos)
Peritos recolheram pe�as da aeronave em Santos que v�o ajudar no trabalho de investiga��o (foto: Waleter Mello/A Tribuna de Santos)

Os peritos norte-americanos que acompanham as investiga��es sobre o acidente que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos na semana passada, em Santos, preveem que o trabalho de apura��o levar� cerca de um ano para ser conclu�do. Ontem, tr�s t�cnicos dos Estados Unidos, integrantes da Federa��o Americana de Avia��o (FAA), e peritos do Centro de Preven��o e Investiga��o de Acidentes A�reos (Cenipa) passaram tr�s horas buscando pe�as do avi�o no local do acidente, no Bairro Boqueir�o. No final da manh�, o grupo foi para a Base A�rea do Guaruj�, onde t�cnicos da For�a A�rea Brasileira (FAB) est�o remontando partes do avi�o para apurar as raz�es da queda.


“Vamos ficar aqui em Santos por uma semana, para colher todos os materiais poss�veis, e s� depois iniciaremos os trabalhos de investiga��o nos Estados Unidos. � muito cedo para falar em qualquer possibilidade ou suposi��o”, avaliou um dos peritos norte-americanos. Eles conversaram com a imprensa para explicar o trabalho que est�o realizando, mas n�o quiseram fornecer os nomes completos ou gravar entrevistas. Com o grupo, est�o representantes da empresa Cessna Aircraft Company, fabricante da aeronave que caiu, e da Pratt & Whitney, fabricante do motor. Na parte da tarde, eles voltaram ao local do acidente e fizeram novas buscas por pe�as do avi�o. Os peritos pediram � Pol�cia Militar que quatro im�veis de um pr�dio e a academia atingida pela aeronave permane�am interditados por pelo menos mais uma semana.


Ontem, o chefe do Cenipa, brigadeiro Dilton Schuck, afirmou que ainda n�o � poss�vel confirmar se o avi�o pegou fogo antes de cair. V�rias pessoas que moram perto do local do acidente contaram em depoimentos que viram a aeronave em chamas ainda no ar, o que pode indicar falhas mec�nicas no avi�o antes do acidente. “N�o podemos confirmar que o avi�o pegou fogo ainda no ar, porque n�o h� nenhuma evid�ncia disso, s� testemunhas leigas. As pessoas s�o muito sugestion�veis. A gente acha que viu algo que n�o � o que a gente efetivamente viu”, disse Schuck, que comanda as investiga��es.

“Clima de mist�rio”

Segundo o brigadeiro, a complexidade do acidente impede a defini��o de um prazo para a conclus�o das investiga��es. Os di�logos entre os pilotos e a torre de comando, que ajudariam na apura��o para identificar o que aconteceu nos momentos que antecederam a queda, foram descartados da investiga��o, uma vez que os gravadores n�o registraram as conversas. “H� acidentes que, de cara, n�s que somos da �rea j� podemos tra�ar desde o in�cio as causas plaus�veis. N�o � o caso. Esse acidente � muito mais complexo, revertido num clima de mist�rio”, afirmou.


Ele citou “v�rias inc�gnitas” ligadas � queda do jato e explicou que todas as possibilidades continuam sendo investigadas. O desafio ser� levantar, por meio dos destro�os recolhidos no local, at� que ponto as condi��es meteorol�gicas atrapalharam a manobra ap�s o avi�o arremeter. O comando a�reo autorizou o pouso do jato Cessna na Base A�rea de Santos ressaltando que o procedimento fosse feito por meio de instrumentos, e n�o visualmente. A possibilidade de que os pilotos tenham sofrido “desorienta��o espacial”, o que pode ocorrer quando o avi�o faz uma curva dentro de nuvens, tamb�m est� sendo levada em conta, mas Schuck ponderou que os pilotos do Cessna eram muito experientes.


Sobre a falta das grava��es de cabine na caixa-preta do avi�o, o brigadeiro informou que n�o � poss�vel saber os motivos de o aparelho n�o ter registrado os di�logos durante o voo. “Pode ter sido aus�ncia de manuten��o ou uma falha t�cnica, como falta de alimenta��o el�trica”, disse o brigadeiro. No entanto, ele considerou improv�vel que essa desconex�o do equipamento tenha se estendido aos demais sistemas da aeronave e ajude a explicar o acidente.

 


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