Recife - Renata Campos, vi�va do ex-governador Eduardo Campos (PSB), vai desempenhar um papel importante na campanha da ex-ministra Marina Silva � Presid�ncia. Figura constante ao lado do marido, seu nome vem sendo cogitado at� mesmo para ocupar a vice na nova chapa do PSB, hip�tese considerada remota. Em nota enviada no domingo, 17, o partido afirmou que ela ser� a primeira pessoa a ser consultada para discutir o futuro da legenda na disputa presidencial.
'Marina e Renata'
Irm�o de Campos, o advogado e escritor Ant�nio Campos, avalia que, neste momento, a vi�va deve optar por dar prioridade � cria��o dos cinco filhos, embora reconhe�a que ela seja "um importante quadro pol�tico". Renata tamb�m j� sinalizou � c�pula do partido que neste momento n�o poderia aceitar o convite pois precisa dar aten��o � fam�lia, em especial ao ca�ula Miguel, de 7 meses. Parte da c�pula do PSB gostaria que Renata aceitasse o convite por considerar que ela seria a �nica que Marina ouviria nas disputas internas.
Ontem, um dos refr�es entoados pela multid�o durante o enterro de Campos - que morreu na quarta-feira passada na queda do jato Cessna em Santos - fazia refer�ncia a essa possibilidade: "� tudo ou nada. Marina e Renata", gritavam os populares. O favorito para o posto de vice de Marina, por�m, � o l�der do PSB na C�mara, Beto Albuquerque, candidato ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
Sonho
De qualquer forma, aliados como Maur�cio Rands, coordenador do programa de governo, acreditam que ela vai se engajar intensamente na campanha porque vencer esta elei��o presidencial era o grande sonho do marido. Depois do tr�gico acidente que tirou a vida de Campos, Renata tem dito a amigos que gostaria de ver Marina como cabe�a de chapa.
De perfil discreto, "dona Renata", como � chamada, costumava participar ativamente das decis�es pol�ticas de Eduardo Campos e do PSB. A opini�o dela, afirmam correligion�rios, sempre teve peso nas escolhas do marido.
Com 45 anos de idade, ela nunca disputou um cargo p�blico, mas � filiada ao PSB desde 1991. Formada em Economia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), � auditora concursada do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco, mas passou os �ltimos anos afastada do cargo enquanto o marido foi governador (2007-2014).