S�o Paulo, 18 - A presidente Dilma Rousseff e candidata � reelei��o, Dilma Rousseff, rebateu nesta segunda-feira, durante entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que seu governo foi complacente com a corrup��o. Questionada sobre a dificuldade de formar desde o in�cio de seu governo uma equipe "honesta", Dilma afirmou que foram os governos do PT os que mais investiram em mecanismo de combate � corrup��o. "A Pol�cia Federal no meu governo e no governo Lula ganhou imensa autonomia para investigar, punir e prender", disse.
Dilma destacou ainda a atua��o do Minist�rio Publico e disse que o governo petista tem uma "situa��o muito respeitosa" com o MP. "No nosso governo nenhum procurador foi chamado de "engavetador geral da Rep�blica", disse, referindo-se ao procurador-geral do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Geraldo Brindeiro.
A presidente ressaltou que apesar do n�mero elevado de den�ncias de corrup��o no seu governo, como elencou o apresentador do Jornal Nacional, nem todas resultaram em comprova��o de crime. "Muitos daqueles que foram (acusados) pela m�dia como tendo praticado atos indevidos foram posteriormente inocentados", afirmou. "Nem todas as den�ncias de esc�ndalo resultaram na constata��o de puni��o e condena��o."
Questionada sobre a press�o dos partidos para manter espa�o ap�s trocas de membros acusados de corrup��o, Dilma afirmou que os "partidos podem fazer exig�ncias (de indica��es) e eu s� aceito quando s�o �ntegros e competentes". "Recentemente fui muito criticada por ter substitu�do Cesar Borges (no Minist�rio dos Transportes) pelo Paulo S�rgio", lembrou. "Os dois s�o pessoas que escolhi, que eu confio."
Mensal�o
A presidente n�o quis comentar as condena��es de integrantes do PT no processo do mensal�o. Segundo Dilma, como atual presidente da Rep�blica, n�o � adequado questionar decis�es do Supremo Tribunal Federal (STF). "N�o fa�o observa��o sobre julgamentos do Supremo por um motivo simples, a constitui��o exige que o presidente da Rep�blica, como exige dos demais chefes de poder, que respeitemos e consideremos a import�ncia da autonomia do Supremo", afirmou.
Sobre a atua��o do seu partido no caso, que tratou os condenados "como guerreiros", Dilma esquivou-se. "Tenho minhas opini�es pessoais", disse. "N�o vou tomar posi��o que me coloque em confronto; respeito a decis�o da Suprema Corte", refor�ou.
A entrevista com a presidente Dilma, que aconteceria no dia 13, foi cancelada por conta da morte do ent�o candidato do PSB Eduardo Campos. Da mesma forma, Pastor Everaldo (PSC) tamb�m teve sua participa��o adiada da semana que vem para amanh�. A�cio Neves (PSDB) j� participou do programa, no dia 12, assim como o pr�prio Campos, que concedeu entrevista na v�spera do acidente que culminou com sua morte. Assim que o PSB oficializar a escolha de Marina Silva como substituta de Campos, a TV Globo deve convid�-la para comparecer a bancada do Jornal Nacional. A data ainda n�o foi escolhida, mas deve ser na semana que vem.
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Dilma: n�o fa�o observa��o sobre julgamentos do STF
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