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Estado de Minas

PT e PSDB focam campanha em 'desconstruir' Marina


postado em 19/08/2014 07:31 / atualizado em 19/08/2014 07:37

Bras�lia - Uma opera��o de bastidores para tentar desconstruir a nova candidata do PSB � Presid�ncia, Marina Silva, j� come�ou a ser preparada nos comit�s de campanha da presidente Dilma Rousseff e do concorrente do PSDB, A�cio Neves. No hor�rio eleitoral gratuito, nesta ter�a-feira, todos os candidatos far�o uma homenagem a Eduardo Campos, morto em acidente a�reo na quarta-feira, 13, mas, longe dos holofotes, Marina n�o ter� vida f�cil. Os comit�s de Dilma e A�cio pretendem questionar a capacidade de gest�o da ex-ministra do Meio Ambiente a fim de tentar retomar a polariza��o entre petistas e tucanos que j� dura 20 anos.

Em conversa ap�s o vel�rio de Campos, no domingo, 17, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse a Dilma que � preciso tomar cuidado com Marina para que ela n�o se consolide no segundo lugar da disputa, assumindo a fisionomia da mudan�a, at� agora n�o identificada com A�cio. Pesquisas em poder da c�pula do PT coincidem com levantamento do Datafolha, divulgado ontem, apontando Marina no segundo lugar, com 21% de inten��es de voto, em situa��o de empate t�cnico com A�cio, que tem 20%. A petista tem 36%.

As sondagens encomendadas pelo PT tamb�m mostram a ex-ministra de Lula "colada" em Dilma numa prov�vel segunda rodada da corrida presidencial. O fato obrigou o comit� da reelei��o e A�cio a remodelarem suas estrat�gias - j� direcionadas � polariza��o, pois Campos tinha apenas 9% das inten��es de voto -, montando arsenais para desgastar Marina, a princ�pio, nas redes sociais.

Experi�ncia


O plano no PT � "terceirizar" os ataques � ex-ministra, lan�ando d�vidas sobre como seria o Brasil governado por uma pessoa sem experi�ncia administrativa, que, nas palavras de assessores de Dilma, pode apresentar entraves ao crescimento econ�mico por suas posi��es sect�rias e de confronto com o agroneg�cio. N�o ser� a presidente quem far� as cr�ticas.

O comit� da reelei��o pretende desconstruir a imagem de Marina como boa gestora � frente do Minist�rio do Meio Ambiente, colando nela o carimbo de "radical", "conservadora" e "fundamentalista" - evang�lica, Marina � bastante religiosa.

Dilma trabalhou com Marina no governo Lula quando era ministra de Minas e Energia e, depois, chefe da Casa Civil. As duas colecionam embates nas �reas de infraestrutura e meio ambiente.

Em conversas reservadas, tucanos dizem que, caso o PSB se consolide em segundo lugar, o processo de desconstru��o de Marina deve ocorrer em dois n�veis diferentes. Assim como os petistas, eles querem atacar a inexperi�ncia da candidata como gestora, em contraponto a A�cio, que governou Minas por oito anos. Por esse diagn�stico, a elei��o de Marina representaria o mesmo "salto no escuro". O tucano seria, nessa narrativa, a alternativa de "mudan�a segura".

Rompimento


Tamb�m como os petistas, os tucanos pretendem mostrar o lado "sect�rio" de Marina. O PSDB pretende lembrar que ela rompeu com PT e PV, e desaprovou alian�as acertadas por Campos nos Estados. Em S�o Paulo, ela foi contra a alian�a com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Uma das preocupa��es dos tucanos � que o debate eleitoral seja tomado por um clima de "mitifica��o" da candidata do PSB. O temor, hoje, � de que Marina assuma aura de mulher "predestinada" � Presid�ncia.

Na tentativa de minimizar o patamar de inten��es de voto em Marina, tanto a c�pula do PT como o comando do PSDB afirmam que as pesquisas de hoje s�o uma fotografia do momento e podem estar "contaminadas" pela como��o nacional com a morte de Campos. Na pr�tica, por�m, a preocupa��o tomou conta dos dois comit�s.

O PT sempre avaliou que � melhor Dilma "liquidar a fatura" no 1.º turno. Em recente reuni�o da dire��o, em Bras�lia, um petista chegou a dizer que o 2.º turno ser� um "salve-se quem puder". O partido prefere enfrentar A�cio a Marina porque se trata de uma briga j� conhecida entre PT e PSDB.

Popular


O potencial de crescimento de Marina entre as camadas populares tamb�m preocupa o Planalto. Pesquisas qualitativas, que servem de term�metro para medir o humor dos eleitores, mostraram ao governo que ela � apontada como "mulher do povo" e "gente como a gente". 


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