Candidatos homenageiam Campos e evitam ataques

Os principais candidatos � Presid�ncia da Rep�blica evitaram cr�ticas diretas entre eles no primeiro dia de campanha eleitoral no r�dio e na televis�o e fizeram homenagens ao candidato do PSB Eduardo Campos, que morreu no �ltimo dia 13 em um acidente a�reo em Santos (SP). A�cio Neves, candidato do PSDB, e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, no programa da candidata do PT, Dilma Rousseff, lembraram do ex-governador pernambucano. O programa do PSB colocou no ar falas e imagens de Campos durante a campanha.

O programa do PSB usou imagens e discursos de Eduardo Campos e s� mostrou Marina Silva, candidata a vice-presidente que deve assumir a cabe�a de chapa, em uma cena aos abra�os com o ex-governador pernambucano. O tucano A�cio Neves lembrou que conheceu Campos quando eles acompanhavam seus av�s na campanha pelas elei��es diretas no in�cio da d�cada de 80. No programa do PT, o respons�vel por mencionar Campos foi o ex-presidente Lula, que disse ter um "afeto de pai e filho" com o ex-governador de Pernambuco.

Boa parte das coliga��es exibiram na TV praticamente o mesmo programa que foi ao ar nas transmiss�es de r�dio, no in�cio da manh�. Foi o caso da coliga��o que tem A�cio Neves � frente. Em uma cr�tica ao governo, ele disse que o Brasil est� pior do que estava h� quatro anos e prometeu fazer uma administra��o que gaste menos com o custeio da m�quina p�blica e mais com as pessoas. "O problema n�o � o Brasil, mas a forma como ele � governado e quando o governo vira problema, tudo vira problema", afirmou o candidato do PSDB. Durante quase todo o programa, A�cio apareceu de terno, fazendo um discurso � popula��o que o acompanhava via TV e smartphone em v�rios pontos do Brasil. No final, com cita��es a v�rias regi�es, A�cio convidou os brasileiros a aderirem � sua campanha.

Com maior tempo de propaganda eleitoral, a candidata Dilma procurou mostrar realiza��es do governo do PT tanto na �rea econ�mica quanto na social. O programa a candidata criticou aqueles que ela chama de pessimistas em rela��o � situa��o do Pa�s e passou mensagem de que seu primeiro mandato preparou o Brasil para um novo ciclo de crescimento. "Voc� plantou, voc� vai colher no segundo mandato. O segundo mandato vai permitir que o Brasil entre em um segundo ciclo de desenvolvimento", afirmou Dilma.

O programa come�ou com a men��o do locutor sobre a crise econ�mica internacional. O texto afirmou que 60 milh�es de empregos foram perdidos em todo o mundo, mas no Brasil houve a cria��o de mais de 11 milh�es de vagas. O programa n�o deixou de fora a men��o aos programas sociais do governo do PT, como o Minha Casa Minha Vida, o ensino t�cnico e o Bolsa Fam�lia e abordou os poss�veis benef�cios que poder�o ser alcan�ados com a explora��o do petr�leo da camada pr�-sal.

O ex-presidente Lula pediu aos eleitores que votem na presidente "sem nenhum receio". Ele afirmou que seu segundo mandato foi melhor que o primeiro e que Dilma, com a experi�ncia que adquiriu nos �ltimos quatro anos, tem tudo para fazer o mesmo. Em seguida, Lula disse que muitos eleitores lhe deram uma segunda chance mesmo sem estarem "100% satisfeitos" com seu desempenho nos primeiros quatro anos. "Quero falar a voc� que est� em d�vida (se vota na Dilma): vote sem nenhum receio, tenho certeza de que n�o vai se arrepender", pediu.

Com pouco mais de um minuto de propaganda eleitoral, o candidato do PSC, Pastor Everaldo, sintetizou valores defendidos pelo seu partido e propostas no primeiro programa da campanha no r�dio e na televis�o. O candidato rejeitou a ideia do aborto ao defender "a vida do ser humano desde a sua concep��o", condenou a legaliza��o das drogas e se mostrou a favor da fam�lia "como est� na Constitui��o brasileira". Ele defendeu cortes na m�quina p�blica e maior participa��o da iniciativa privada.

Com Ag�ncia Estado