O clima de beliger�ncia entre os candidatos ao governo do Distrito Federal passou tamb�m a fazer parte de material de campanha distribu�do pela capital federal a pouco menos de 50 dias das elei��es. Diversos folders foram colocados nesta ter�a-feira, 19, nos para-brisas dos carros estacionados em �rea residencial na Cidade Sat�lite do Guar�. O material traz em caixa alta o seguinte t�tulo: "Arruda � ficha suja". A frase � uma refer�ncia ao candidato ao governo local Jos� Roberto Arruda (PR), l�der nas pesquisas de inten��o de votos.
Um dos textos do material faz ataques diretos a Arruda e lembra que ele foi condenado pelo Tribunal de Justi�a do Distrito Federal por improbidade administrativa no �mbito de um esquema de corrup��o que ficou conhecido como mensal�o do DEM - e que consistia na compra de apoio parlamentar na C�mara Legislativa.
"Acabou a farsa. O ex-governador Arruda, que foi preso na Opera��o Caixa de Pandora, � agora, oficialmente, um ficha suja. A Justi�a do Distrito Federal condenou o governador em segunda inst�ncia por comprar apoio de deputados com dinheiro de propina. A candidatura do mais novo ficha suja da pol�tica de Bras�lia poder� ser impedida a qualquer momento. Ele pode voltar � cadeia!", diz trecho do material.
Na �ltima ter�a-feira, o Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF) enquadrou Arruda na Lei da Ficha Limpa e rejeitou o pedido de candidatura do ex-governador, que deve recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Enquanto n�o houver uma decis�o definitiva da Justi�a Eleitoral, Arruda pode continuar fazendo campanha.
No material distribu�do h� tamb�m textos que acusam o ex-governador de mentir ao afirmar que foi alvo de golpe planejado pelo PT. "Golpe de verdade � o que ele tenta aplicar mais uma vez na popula��o, quando mente sem parar, dizendo que n�o houve corrup��o no governo dele", diz outro trecho do material.
Tamb�m foi destinado um espa�o para um texto que lembra um v�deo de 2009 conhecido com a "ora��o da propina". Nele aparecem o ent�o presidente da C�mara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM), e corregedor da Casa, J�nior Brunelli (PSC), agradecendo a Deus "a ben��o" que representava para eles Durval Barbosa, respons�vel pela distribui��o da propina.