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Estado de Minas

Cenipa pede imagens do acidente com avi�o de Eduardo Campos

A Cenipa a credita que existam outras imagens da passagem do avi�o que possam at� ter resolu��o melhor do que a divulgada na ter�a-feira


postado em 20/08/2014 13:01 / atualizado em 20/08/2014 13:13

Bras�lia - O Centro de Investiga��o e Preven��o de Acidentes Aeron�uticos (Cenipa) est� pedindo a todos moradores de Santos (SP), onde ocorreu o acidente que matou o ex-governador Eduardo Campos e mais seis pessoas, para que ajudem na coleta de imagens e todo tipo de dado que possa contribuir para esclarecer as causas da queda do avi�o h� uma semana. O v�deo da c�mera de um pr�dio em constru��o que

registrou momentos do avi�o caindo, divulgado na ter�a-feira, 19, ser� usado nas investiga��es para ajudar a montar o quebra-cabe�as sobre o que aconteceu, assim como tudo que ainda possa ser encontrado e recolhido tamb�m pelos �rg�os locais.

Acredita-se que existam outras imagens da passagem do avi�o que possam at� ter resolu��o melhor do que a divulgada na ter�a-feira, que possam contribuir com as investiga��es. Para o Cenipa, estas imagens n�o ser�o determinantes para indica��o das causas da trag�dia, mas sempre ajudam e, por isso, desde o primeiro momento, ainda de acordo com a FAB, h� uma campanha para que tudo que possa ser recolhido para contribuir com os esclarecimentos seja repassado.

"Esperamos que haja mais v�deos, at� com melhor resolu��o e qualidade de imagem, al�m de �udios e todo tipo de dados, elementos e equipamentos ou destro�os, que sempre s�o importantes para a investiga��o, mas que podem ou n�o ser decisivos para os esclarecimentos das causas do acidente", comentou um oficial.

A FAB evita fazer coment�rios sobre hip�teses, mas a imagem divulgada derruba a ideia divulgada inicialmente que o avi�o teria surpreendentemente passado entre dois pr�dios, pouco antes de cair, sem ter se chocado com eles, com o piloto evitando uma trag�dia ainda maior. Pilotos ouvidos pelo jornal "O Estado de S. Paulo" lembram que tudo � muito r�pido e que, em situa��es como aquela, o avi�o, quando sai da nuvem, est� t�o baixo e a uma velocidade t�o grande que n�o h� tempo para nada. Em uma primeira avalia��o do Cenipa, j� foi constatado tamb�m que o avi�o n�o se chocou com nada antes da queda. Apenas com o solo, provocando um buraco de quatro metros e deixando os destro�os todos no raio deste local.

At� agora, segundo a FAB, n�o h� nenhum dado recolhido do acidente que exija a emiss�o de uma recomenda��o antecipada com informa��es aos pilotos e fabricantes. Nem mesmo recomenda��o para que estejam atentos � quest�o de que os flaps do Cessna Citation 560 XL n�o podem ser recolhidos se o avi�o estiver em velocidade acima de 200 n�s, ou seja, acima de 370 km/h. Flaps s�o como extens�es das asas e que ajudam na sustenta��o e frenagem do avi�o no solo.

N�o h� necessidade de nova recomenda��o, de acordo com informa��es obtidas na FAB, porque esta restri��o de que os flaps s� podem ser recolhidos com velocidade menor que 370km/h j� consta do manual do avi�o e j� � uma regra que tem de ser observada pelos pilotos deste tipo de aeronave. O manual de instru��o do avi�o fala na restri��o porque, se os flaps forem recolhidos com o avi�o a mais de 370 km/h, h� um "put down" (baque) violento, movimento que puxa o avi�o para baixo, tirando a estabilidade da aeronave a ponto de poder desorientar o piloto.

A recomenda��o � para que o piloto reduza a velocidade, baixando a altitude, recolha os flaps e a� retome o voo normalmente. S� que, em caso de arremetida, como aconteceu, tudo � muito r�pido e outros fatores podem ter contribu�do para uma desorienta��o do piloto e para o acidente j� que nem todas as opera��es s�o feitas seguindo as regras determinadas pelas circunst�ncias. E para dificultar as investiga��es, na defini��o das diferentes velocidades, o Cessna n�o tinha, como equipamento de s�rie, um gravador de dados, com informa��es sobre altitude do avi�o no momento de suas opera��es cruciais, como pouso e decolagem e comandos efetuados pelo piloto. Tamb�m n�o foram gravadas as conversas mantidas pelos piloto e copiloto na cabine.

Outro dado que o Cenipa levar� em considera��o pelo relato de pessoas que viram o avi�o cair � a presen�a da bola de fogo na turbina. As imagens recolhidas de v�deo podem ajudar a montar o quebra-cabe�as. Mas o que ser� determinante para dizer se houve esta explos�o � a an�lise t�cnica e laboratorial das turbinas do avi�o ou o que restou delas. Por ali, os t�cnicos tentar�o checar se elas falharam, qual o giro que apresentavam, se houve mudan�a brusca de temperatura. Estes ser�o considerados dados conclusivos.

N�o h� um prazo para a conclus�o da investiga��o. Normalmente estas investiga��es s�o longas e os t�cnicos t�m de ser precisos no seu trabalho e por isso n�o agem sob a press�o do tempo. O Cenipa ainda est� em fase de reuni�o de dados e equipamentos que possam ajudar na investiga��o. H� outras fases, que passam, por exemplo, da avalia��o das condi��es psicol�gicas dos pilotos nos dias que antecederam a trag�dia, assim como se estavam usando algum medicamento, se enfrentavam problemas financeiros ou algo que pudesse lhes tirar a concentra��o no voo. Por isso, seus familiares ser�o ouvidos.

Todos os contatos feitos pelos pilotos durante o percurso com a torre de comando no aeroporto Santos Dumont, tr�fego a�reo do Rio de Janeiro, depois de S�o Paulo e com o operador da esta��o r�dio de Santos j� est�o preservados e ser�o analisados pelo Cenipa. Mas, a princ�pio, eles n�o indicam nenhuma anormalidade em rela��o ao voo que tenha sido relatado pelos pilotos. Nem mesmo o contato com o operador de Santos, quando o piloto informou, com tranquilidade, que estava arremetendo e que tentaria novo pouso quando o tempo, que estava ruim, melhorasse.


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