
Na primeira visita a Belo Horizonte desde o in�cio da campanha eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) – que disputa a reelei��o – se limitou a uma agenda fechada, sem contato com eleitores e sem acesso � imprensa. Durante cerca de tr�s horas, a petista cumpriu um compromisso que sua assessoria classificou como oficial: visitou as instala��es da unidade do Senai-MG, no Bairro Horto, Regi�o Leste da capital. E aproveitou para fazer imagens para a propaganda de televis�o em que ser� abordado o Programa de Ensino Tecnol�gico (Pronatec), lan�ado no seu governo. Em seguida, j� como candidata, concedeu uma entrevista coletiva a jornalistas. Na d�vida sobre as restri��es da legisla��o eleitoral, a assessoria de Dilma afirmou que os custos da viagem, tais como transporte a�reo e rodovi�rio e alimenta��o da sua equipe, foram bancados pelo PT.
Acompanhada do ministro da Educa��o, Henrique Paim, do candidato a governador de Minas Fernando Pimentel (PT), do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia – coordenador da campanha no estado – e do presidente da Federa��o das Ind�strias de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado, a presidente percorreu as instala��es das quatro escolas da unidade – os centros automotivo, tecnol�gico de eletr�nica (Cetec), de comunica��o, design e tecnologia gr�fica (Cecoteg) e de moda (Modatec). Por onde passou, conversou com professores, estudantes e fez v�rias fotos, inclusive alguns selfies. O objetivo da visita, segundo a pr�pria presidente, foi comemorar a marca de 8 milh�es de matr�culas no Pronatec em todo o pa�s, conquistada recentemente. Em Minas Gerais s�o 799,7 mil estudantes em 626 munic�pios. A meta do Planalto � atingir 20 milh�es de matr�culas at� 2018.
Ao afirmar que o Pronatec � uma das realiza��es do governo e que este � o momento de mostrar os avan�os do pa�s, a presidente Dilma ressaltou que o programa trouxe novas perspectivas para a juventude brasileira e representa uma nova etapa para o Bolsa-Fam�lia, programa de distribui��o de renda implementado no governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT). “As pessoas passam a ter uma oportunidade de se qualificar e, com o suor do seu rosto, ganhar um sal�rio melhor. Essa hist�ria que quem recebe o Bolsa-Fam�lia vira pregui�oso � conversa de quem n�o entende do que se trata”, afirmou Dilma.
Em rela��o � indica��o da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB) para substituir o ex-governador Eduardo Campos na chapa presidencial socialista e o empate apresentado entre as duas em pesquisas de opini�o em um eventual segundo turno, a presidente afirmou que n�o d� opini�o sobre advers�rios e n�o comenta pesquisas. Sobre estrat�gias para dissociar a imagem de Marina do governo Lula – do qual fez parte –, Dilma disse apenas que “o povo saber� faz�-lo”. A presidente completou que ela representa o projeto iniciado por Lula em 2003.
METR� Questionada sobre as obras do metr� de Belo Horizonte, que se arrastam desde a d�cada de 1980, Dilma Rousseff argumentou que o governo federal j� liberou R$ 3,95 bilh�es – dos quais R$ 2,2 bilh�es do Or�amento da Uni�o e R$ 1,7 bilh�o por meio de financiamento de “m�e para filho” com o estado. “O problema � que o governo estadual entregou um projeto incompleto � Caixa Econ�mica Federal e agora est�o nesse processo”, informou a presidente. Ela referia-se � Linha 3 do metr� da capital, que ter� um trajeto de 4,5 quil�metros em dois n�veis e com quatro esta��es entre a esta��o da Lagoinha e a da Savassi. Ainda de acordo com Dilma, desde o governo Lula foram retomadas v�rias obras de metr� em capitais, como Porto Alegre, Curitiba, Bras�lia, Salvador, Fortaleza, S�o Paulo e Rio de Janeiro. “Todos est�o fazendo um esfor�o para seus projetos.”
Irregularidade
A presidente Dilma Rousseff foi a primeira candidata � Presid�ncia da Rep�blica a receber um pux�o de orelha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte determinou que a propaganda na televis�o da candidata estampasse a assinatura de todos os partidos que integram a coliga��o com a identifica��o de que se trata de propaganda eleitoral gratuita. Segundo o tribunal, essas regras n�o foram cumpridas no primeiro dia de exibi��o da campanha na televis�o, na ter�a-feira. N�o h� puni��o para a irregularidade, apenas um alerta para que isso n�o se repita. A decis�o foi tomada no julgamento de uma representa��o da Coliga��o Muda Brasil, encabe�ada pelo candidato A�cio Neves (PSDB).