Nome com forte resist�ncia no setor do agroneg�cio, a agora nova candidata do PSB Marina Silva afirmou nessa quarta-feira que o polo da sua campanha � o programa de governo elaborado em conjunto com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto na semana passada em um acidente a�reo.
Confirmada pelo PSB como candidata � Presid�ncia da Rep�blica, a ex-senadora Marina Silva disse que a uni�o com Eduardo Campos n�o foi em nenhum momento uma quest�o de palanques. "Nossa uni�o n�o era para dividir palanque, mas para compartilhar um legado", disse.
A candidata disse que a partir da morte de Campos, na semana passada em acidente a�reo, a uni�o est� selada no programa de governo elaborado entre ambos. "O programa � em si mesmo um pacto selado, o acordo maior que nos une, PSB, companheiros, que com certeza estavam aguardando este momento que o PSB nos anuncia. Trouxemos o ac�mulo passado, de nossas tristezas, compromissos com o povo brasileiro, tudo submetido ao crivo da compet�ncia t�cnica. Ao que de melhor se pensa e se faz no mundo", afirmou.
Marina disse ainda que vem de uma campanha, em 2010, que surpreendeu o Pa�s pelo apoio da sociedade. "Venho de uma campanha presidencial que surpreendeu o Pa�s pelo apoio obtido junto a sociedade, que externou sua insatisfa��o com o esgotamento da pol�tica tradicional, reiterada em junho-julho de 2013", disse. "Nova forma de ver o processo de desenvolvimento e a incorpora��o de novos temas e novas propostas. Essa experi�ncia de mobiliza��o social foi fundamental para unir os ideais de justi�a social", observou.
Segundo ela, sua nova chapa est� disposta a se "entender para levar adiante a miss�o" do partido. E retomou o bord�o de Campos de "n�o desistir do Brasil".
Marina afirmou que os acertos locais costurados com Eduardo Campos ser�o mantidos. A ex-ministra declarou, no entanto, que n�o se engajar� em alian�as que foram alvo de atritos entre seu grupo e os diret�rios pessebistas locais, e que isso j� era um dos termos do acordo com seu ex-companheiro de chapa.
"Conseguimos 14 estados com candidaturas em que a Rede (grupo pol�tico que ela tentou criar e que foi abrigado dentro do PSB) e os socialistas est�o de acordo", disse.
Com a substitui��o da chapa ocasionada pela morte de Campos na semana passada, em um acidente a�reo, Marina continuar� a se "preservar" em alian�as que o PSB e a Rede n�o chegaram a um consenso. � o caso, por exemplo, de S�o Paulo e Paran�, onde o PSB est� em coliga��es que apoiam o PSDB.
"O que foi decidido chancelava que o PSB teria o direito a essas alian�as e eu seria preservada de apoi�-las. Permanece o mesmo quadro", disse Marina. De acordo com ela, o novo candidato a vice, Beto Albuquerque, representar� o PSB nesses Estados onde h� problemas.
"O Beto representar� o PSB nessas alian�as, e eu estarei ao lado dos candidatos do PSB a deputado federal e estadual, como j� estava antes", concluiu. Beto Albuquerque, por sua vez, disse que n�o h� qualquer estresse entre o PSB e a Rede e que essa � uma situa��o superada.
Carta
Marina ainda afirmou que a "carta-invent�rio" que lhe foi entregue pelo presidente da sigla Roberto Amaral e que conta com diretrizes do programa de governo � "um pedido de acolhimento". A expectativa � que o PSB divulgue logo mais os termos desse documento.
Em seu discurso, a candidata agora sacramentada pela executiva nacional do PSB disse que ningu�m estava preparado para a trag�dia que foi a morte, na semana passada, do ent�o candidato pessebista � presid�ncia, Eduardo Campos, em um acidente a�reo. Emocionada, ela leu uma carta sobre os 10 meses de conviv�ncia com Campos, desde que os dois selaram uma alian�a em outubro do ano passado. Disse que quem conhecia Campos sa�a do encontro convencido de suas ideias, mas lamentou que ele tenha tido pouco tempo para express�-las.
"A bandeira da dignidade deve estar presente em todos os nossos atos", declarou Marina. "Nossa palavra de ordem � crescer", concluiu.