As campanhas de Marina Silva (PSB), A�cio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) utilizaram t�ticas diferentes no segundo dia de propaganda gratuita na TV. O PSB trouxe Marina Silva pela primeira vez, com trechos do discurso lido por ela nesta quarta-feira, 20, ao aceitar a candidatura.
O programa do PSDB, al�m de mostrar o discurso de A�cio contra o governo, apresentou uma minibiografia do candidato e uma entrevista com ele. O programa de Dilma usou sua vantagem de tempo sobre os advers�rios para apresentar obras e criticar a heran�a que o PT recebeu de outros governos.
Marina
O primeiro programa de TV que mostrou Marina Silva como candidata do PSB � Presid�ncia come�ou com imagens do vel�rio e enterro de Eduardo Campos. Enquanto as imagens eram exibidas, Marina lia um discurso em homenagem ao ex-companheiro de chapa.
A ex-senadora chegou a interromper a leitura ao se emocionar lembrando o primeiro programa que seria exibido na TV, que j� estava praticamente pronto quando Eduardo morreu. "Vi com muita emo��o o primeiro programa de TV que �amos levar ao ar e me tocou profundamente a imagem do abra�o que nos demos".
Enquanto hoje a chapa enfrenta a crise da sa�da de Carlos Siqueira da coordena��o de campanha, ap�s atritos com a pr�pria Marina, trechos do discurso da candidata exaltaram a necessidade de um esfor�o de uni�o ap�s a morte de Campos. "Que saiamos do trauma da perda de Eduardo dispostos a nos entendermos para levarmos adiante nossa miss�o", disse.
O programa de TV do PSB tamb�m destacou parte do discurso de ontem de Marina em que confirmou que seguir� os compromissos e o projeto tra�ado com Campos. "O programa �, em si mesmo, o pacto selado, o acordo maior que nos une."
A�cio
Depois de apresentar trechos do v�deo em que A�cio Neves aparece fazendo um discurso aos brasileiros, como no programa passado, o PSDB exibiu uma biografia de seu candidato. Nela, A�cio foi mostrado como o neto de Tancredo Neves, o deputado jovem e o governador que cortou o pr�prio sal�rio para ajudar a resolver os problemas de caixa do governo de Minas Gerais.
Em uma entrevista com perguntas e respostas r�pidas, A�cio disse que a sa�de ser� "prioridade" em seu governo, que vai "enfrentar" os problemas de seguran�a, que ter� "toler�ncia zero" com a infla��o e que a corrup��o � "inaceit�vel". O tucano voltou a prometer que, caso eleito, cortar� pela metade os atuais 39 minist�rios. Quando perguntado sobre como seria constru�do um futuro governo, A�cio respondeu: "�tica, efici�ncia e uma inabal�vel f� em Deus".
Dilma
O PT e os partidos aliados usaram a maior parte do programa para mostrar obras realizadas durante os governos de Lula e Dilma. Houve ainda cr�ticas a governos anteriores. Dilma disse que o Pa�s sofre com "obst�culos herdados daquele tempo em que o Brasil n�o se organizava para planejar e executar".
Obras como as usinas de Belo Monte, Santo Ant�nio e Jirau foram mostradas como exemplo, com estat�sticas exaltando o porte dos investimentos. A explora��o do pr�-sal e a transposi��o do Rio S�o Francisco tamb�m foram exibidas, esta como uma obra que, segundo a presidente, "vai secar muitas l�grimas do nordestino". "Muita gente no Brasil n�o sabe que estamos realizando obras desse porte", disse Dilma. "Por isso, quando dizem que o Brasil est� parado, eu at� acho gra�a", emendou. A campanha pediu para que quem tirou um "rousselfie" envie a foto pelo site.
No fim do programa, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva fez cr�ticas � imprensa que, segundo ele, "esconde obras fundamentais" que est�o em andamento. "A campanha negativa de certa imprensa se tornou o principal partido de oposi��o", disse Lula. Em uma refer�ncia ao seu slogan na campanha de 2002, Lula disse que, com Dilma, "agora, a verdade vai vencer a mentira".
Com Ag�ncia Estado