Dilma: Ministros devem defender diretoria da Petrobras

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que ela e todos os ministros de seu governo t�m obriga��o de defender a Petrobras e seus diretores. Ela deu a declara��o ap�s ser questionada sobre a atua��o dos ministros Jos� Eduardo Cardozo (Justi�a) e Lu�s In�cio Adams (Advocacia-Geral da Uni�o) em favor de diretores da estatal que s�o alvo de apura��o do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). "Gente, que maluquice! Veja bem, �: a Gra�a Foster e a diretoria inteira da Petrobras representam a Uni�o", disse a presidente da Rep�blica. "� de todo interesse da Uni�o defender a Petrobras, a diretoria da Petrobras. Nada tem de estranho esse fato. Pelo contr�rio, � dever do ministro da Justi�a, de qualquer ministro do governo, defender a Petrobras".

Dilma deu a declara��o em entrevista coletiva concedida durante visita �s obras de transposi��o das �guas do rio S�o Francisco no munic�pio de Floresta, em Pernambuco. "No meu governo, n�o precisa do ministro da Justi�a s�, ou do Adams. A presidente defender� (a Petrobras)", frisou Dilma. Para Dilma, as cr�ticas � gest�o da estatal s�o uma arma pol�tica de seus advers�rios eleitorais. A presidente, candidata � reelei��o neste ano, avalia que, a cada elei��o, h� uma "tentativa" de se fazer uma CPI da Petrobras. "Eu acho extremamente equivocado colocar a maior empresa de petr�leo da Am�rica Latina, sempre durante a elei��o, como arma pol�tica", afirmou.

Apesar de criticar a atitude dos advers�rios, que ela acusou de fazerem uso pol�tico da discuss�o sobre a Petrobras, Dilma endossou a proposta feita por l�deres de seu partido no Congresso para que a CPI atualmente em curso investigue fatos relacionados � estatal durante os governos de seu advers�rio Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "Eu me pergunto por que ningu�m investigou com tanto denodo o afundamento da maior plataforma de petr�leo, que custava US$ 1,5 bilh�o a pre�os atuais", afirmou em refer�ncia � P-36, plataforma que afundou no campo gigante de Roncador, na Bacia de Campos, em 2001. "Por que, apesar de estar em a��o popular, ningu�m investiga a troca de ativos feita com a Repsol?", questionou Dilma, referindo-se � negocia��o de 2002, tamb�m na gest�o Fernando Henrique.

Na entrevista, ela foi questionada ainda sobre not�cias de que a presidente da Petrobras, Maria das Gra�as Foster, passou seus bens para o nome dos filhos durante o processo de investiga��o pelo TCU da compra da refinaria de Pasadena. Foster deve ser inclu�da pelo TCU na lista de respons�veis pelo preju�zo bilion�rio da negocia��o e pode ter seu patrim�nio declarado indispon�vel. "A presidente Gra�a Foster respondeu perfeitamente sobre a quest�o de seus bens em uma nota oficial", disse Dilma. "Eu repudio completamente a tentativa de fazer com que a Gra�a Foster se torne uma pessoa que n�o possa exercer a presid�ncia da Petrobras".

Dilma ainda disse que Gra�a, uma de suas auxiliares mais pr�ximas, participou do processo que fez a Petrobras ganhar reconhecimento da Ag�ncia Internacional de Energia por ter aumentado a produ��o brasileira de petr�leo. "Passamos agora a produzir 2,3 milh�es de barris por dia", disse Dilma. Segundo ela, em 2018, o Pa�s ter� uma produ��o di�ria de 3,8 milh�es de barris equivalentes de petr�leo. Em 2020, ser�o 4,2 milh�es de barris equivalentes. "A Maria das Gra�as Foster esteve presente em todas essas esferas".