Porto Alegre - A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, negou nesta sexta-feira que os atos de campanha atrapalhem o trabalho como governante. "A minha a��o como presidente passa por olhar obras", disse nesta sexta-feira em coletiva de imprensa durante visita � esta��o Fenac do Trensurb, na regi�o metropolitana de Porto Alegre.
Segundo ela, antes sua agenda combinava tarefas de gest�o com eventos para a entrega de obras nas cidades. "Agora aproveito meu tempo como candidata para fazer duas coisas: fa�o supervis�o das obras, fiscalizo as obras. Voc� sabe aquela frase c�lebre: 'O olho do dono engorda o boi'... Se tiver alguma coisa errada, eu como presidenta vou ver."Dilma afirmou que o pa�s tem obras de dimens�es muito variadas, cada uma com suas particularidades, e citou a visita que fez ontem ao projeto de interliga��o da bacia do S�o Francisco. "Eu olho essas obras, olho hidrel�tricas, e al�m disso recebo e participo de todos os atos de governo", revelou. "Porque estamos numa �poca bendita, a tecnologia permite que se acompanhe tudo o que voc� quiser em tempo real. Voc� passa a ser m�ltiplo."
A presidente tamb�m disse que o Brasil passou muito tempo sem investir em mobilidade urbana. "N�o se investia de forma planejada em metr� nem em outros transportes sobre trilhos. E n�o se pensava em como integrar tudo isso, tendo em vista uma passagem mais barata", afirmou. "N�s come�amos a fazer isso no final do governo Lula, quando come�amos a ter mais recursos para investir. Mas isso s� ganhou um corpo agora no meu governo."
De acordo com a presidente, o governo federal destinou R$ 93 bilh�es � mobilidade urbana na primeira parte do seu mandato e outros R$ 50 bilh�es ap�s os protestos de junho do ano passado. "Uma das grandes reivindica��es (das manifesta��es) era mobilidade urbana", falou. Ela tamb�m destacou que foi investido quase R$ 1 bilh�o s� na amplia��o da malha de trem urbano da regi�o metropolitana de Porto Alegre, para completar o trecho entre as cidades de S�o Leopoldo e Novo Hamburgo.
Dilma chegou ao local da coletiva de trem. Acompanhada de militantes e do ministro do Desenvolvimento Agr�rio, Miguel Rossetto, ela embarcou na esta��o Santo Afonso, em um vag�o comum, que j� estava ocupado por passageiros. Desceu duas paradas depois, na esta��o Fenac. Ap�s a entrevista, ela visitaria instala��es do Aerom�vel de Porto Alegre antes de participar de com�cio do PT na capital ga�cha.