Marina n�o influir� em estrat�gia de Dilma, diz presidente do PT

O presidente do PT, Rui Falc�o, afirmou nesta quinta-feira, 28, que n�o vai haver mudan�as na estrat�gia da campanha � reelei��o da presidente Dilma Rousseff em raz�o do crescimento da candidata do PSB, Marina Silva, nas pesquisas eleitorais. Tamb�m coordenador-geral da campanha de Dilma, Falc�o disse que a �nica mudan�a no planejamento da elei��o � a "reitera��o" para que a chapa se prepare para concorrer a um segundo turno.

Em entrevista coletiva na qual anunciou medidas judiciais para tirar do ar um v�deo fraudado no qual o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva aparece pedindo votos para Marina, Rui Falc�o disse que dizia desde outubro que as elei��es teriam segundo turno. "O dado mais novo que tem nessa pesquisa � a comprova��o de algo que eu dizia, que ia ter o segundo turno", frisou, referindo-se � pesquisa Ibope, divulgada anteontem pelo Estad�o e pela Rede Globo. "Vamos trabalhar pela vit�ria, de prefer�ncia no primeiro turno e, se necess�rio, no segundo turno", disse.

Falc�o citou o fato de que Marina manteve o seu recall de votos e tinha maior potencial eleitoral que Eduardo Campos, candidato do PSB morto em acidente a�reo duas semanas atr�s. Ele alfinetou os tucanos ressaltando que Marina "subtraiu" parcelas do eleitorado que tendiam a votar em A�cio Neves.

Segundo Falc�o, a perspectiva de vit�ria j� no primeiro turno gera um "salto alto" e, no caso de o pleito ir para uma segunda rodada, pode causar "frustra��o". Questionado se havia preocupa��o com o fato de as pesquisas indicarem uma vit�ria de Marina sobre Dilma no segundo turno, ele disse que "essas proje��es" n�o podem ser medidas agora. "Segundo turno � outra elei��o", ressalvou.

Perguntado se Dilma teria de intensificar a campanha na rua, o presidente do PT disse que a presidente tem que governar o Pa�s. "Tem gente que acha que um cargo de presidente da Rep�blica � s� de representa��o. N�o �", disse, seguindo a mesma linha da presidente Dilma em uma cr�tica indireta a Marina. Segundo ele, Dilma tem menos tempo que os outros candidatos para fazer campanha na rua e lembrou que ela tem um n�vel quase total de conhecimento da popula��o. "Com a difus�o do nome dela, n�o precisa ter a campanha de rua como os outros", observou.

Rui Falc�o disse que, a partir do pr�ximo m�s, a visibilidade das elei��es nas ruas vai aumentar e lembrou que pol�ticos antigos diziam que a campanha s� come�a ap�s o dia 7 de Setembro, Dia da Independ�ncia.