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Estado de Minas

Dilma, Marina e A�cio adotam discursos agressivos e trocam farpas

Marina se torna alvo e � chamada de inexperiente por petista e tucano


postado em 29/08/2014 06:00 / atualizado em 29/08/2014 07:38

A nova configura��o da disputa pela sucess�o presidencial, com grandes chances de um segundo turno e a d�vida sobre quem estar� nele, esquentou de vez a briga pela cadeira mais cobi�ada do pa�s. Com a entrada em cena da ex-senadora Marina Silva (PSB), com competitividade suficiente para abalar as outras duas campanhas e destilando acidez contra os advers�rios, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador A�cio Neves (PSDB) passaram a adotar discursos mais agressivos, e as farpas se multiplicam.

O novo alvo comum de Dilma e A�cio passou a ser atacado com a pecha de inexperiente. � assim que os dois principais advers�rios v�m procurando pintar a imagem de Marina, alegando que ela atuou apenas no Legislativo e no Minist�rio do Meio Ambiente, no governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). “Ningu�m quer a incerteza de uma aventura”, pregou ontem o locutor do programa de Dilma, sem deixar de dizer tamb�m que o mesmo ocorre em rela��o � “volta ao passado (nesse caso, se refere a um governo do PSDB)”. A propaganda exibiu ainda trecho do debate ocorrido na ter�a-feira na TV Bandeirantes no qual Dilma cutuca Marina e diz que presidente n�o governa “apenas discursando”, mas tem que lidar com os problemas do pa�s.

Ontem, em evento da Confedera��o Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Dilma alfinetou o discurso de Marina, que vem falando em governar com pessoas de bem ao seu lado. Segundo a petista, n�o se acham bons sem aferi��o. “N�o � uma quest�o de a pessoa ser boa ou ser ruim, � uma quest�o de que compromisso ela tem. � melhor ter pessoas boas e compromissadas do que pessoas boas e sem compromisso”, afirmou. Tamb�m ao falar para agricultores e sindicalistas, Dilma fez uma cr�tica indireta � ent�o senadora Marina Silva, dizendo que, durante a discuss�o do c�digo florestal, havia uma posi��o de “extremismo absoluto”, mas seu governo conseguiu uma “coisa proporcional” em rela��o � legisla��o. A petista criticou ainda os advers�rios que, segundo ela, v�m baseando suas campanhas em mentiras.

Cobran�a de coer�ncia
J� A�cio, que na quarta-feira havia dito que o Brasil “n�o � para amadores”, refor�ou ontem a ideia. Em visita a trabalhadores da constru��o civil em S�o Paulo, o tucano afirmou que o Brasil enfrentar� dificuldades daqui para a frente e, por isso, � melhor ter algu�m experiente em seu comando. “Temos que desarmar v�rias bombas-rel�gios armadas por esse governo, e posso afirmar que o Brasil n�o � para principiantes”, discursou.

Tamb�m no primeiro debate entre os candidatos � Presid�ncia, A�cio confrontou Marina em sua primeira oportunidade e cobrou coer�ncia da advers�ria. Ele se referia ao fato de ela ter se negado a subir em palanques como o do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), enquanto era vice do primeiro candidato da chapa, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), falecido em 13 de agosto, e depois de se tornar a titular falar em governar com apoios do PT e PSDB. Disse ainda ter dificuldade de entender o que seria a “nova pol�tica” que Marina diz representar. Na visita a S�o Paulo, A�cio contou com as presen�as do ex-governador de S�o Paulo Jos� Serra e do atual, Geraldo Alckmin.

Apesar de adotar a cr�tica a Marina, o tucano n�o abandonou o discurso contra Dilma e o PT. Ao anunciar uma proposta de governo, A�cio fez refer�ncia a uma sertaneja que, via Minist�rio do Desenvolvimento Social, recebeu uma dentadura da prefeitura de sua cidade na v�spera de gravar participa��o na propaganda da petista. O tucano prometeu dar uma bolsa de um sal�rio m�nimo para jovens com idades entre 18 e 29 anos que retomarem os estudos. “Isso n�o � dar um dente, isso � dar dignidade”, comparou. O presidenci�vel falou em levar o programa Poupan�a Jovem, que adotou em Minas Gerais, para o pa�s, a come�ar pelo Nordeste.

Na propaganda eleitoral, a equipe de Dilma n�o perdeu tempo. Em tom de bate-papo, os personagens do programa de r�dio da petista apresentaram uma not�cia veiculada pela imprensa e questionaram a viabilidade da poupan�a do tucano. “S� fez em 1% das cidades mineiras? Que coisa, hein? E tem mais: alunos reclamando do atraso de at� um ano para receber esse dinheiro. Agora ele diz que vai levar para todo o Brasil. D� para acreditar?”, questiona.

Afagos e cr�ticas

Em contraponto, Marina, que visitou nessa quinta-feira uma feira do setor sucroenerg�tico em Sert�ozinho (pr�ximo de S�o Paulo), afirmou que vai corrigir as pol�ticas “equivocadas” do atual governo. A candidata incorporou o discurso dos usineiros, que v�m criticando as pol�ticas da gest�o de Dilma para o setor. Ao falar para participantes da feira, Marina disse que, se a atual administra��o tivesse feito menos propaganda do governo do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e mais governan�a, o setor sucroalcooleiro n�o estaria na situa��o de hoje. “Voc�s fizeram o dever de casa, se ajustaram, acreditaram na propaganda do governo, assumiram compromissos para fornecer uma fonte de energia que deveria ser estimulada, apoiada. Mas os erros que foram praticados devem ser corrigidos, para ter o resultado que o Brasil precisa”, afirmou, juntando afagos aos usineiros e cr�tica ao governo.

A candidata citou o fechamento de usinas de �lcool e disse que houve preju�zo para o equil�brio ambiental. “O governo n�o tem que fazer propaganda, mas assumir o compromisso e torn�-lo realidade refor�ou, sem dizer quais s�o suas propostas para o setor. Esta semana, Marina vem procurando refor�ar o discurso de que traz o novo ao acabar com a polariza��o entre PT e PSDB. Segundo a ex-senadora, os constantes enfrentamentos t�m sido prejudiciais ao pa�s.

“Estamos numa campanha baseada na mentira, assim como diziam que n�o iria ter Copa e teve. Eles continuam fazendo isso, � o processo deles. E falam, falam e falam”

“Ningu�m quer a incerteza de uma aventura nem a volta ao passado”
Dilma Rousseff (PT)

“Os candidatos que t�m tempo e dinheiro fazem na TV uma propaganda cinematogr�fica, mostram na TV um Brasil bem diferente do Brasil de verdade”

“O Brasil pode at� precisar de um gerente, mas precisa mesmo � de quem tem vis�o estrat�gica”
Marina Silva (PSB)

“O Brasil enfrentar� dificuldades de enorme complexidade pela frente, temos que desarmar v�rias bombas-rel�gios armadas por esse governo, e posso afirmar que o Brasil n�o � para principiantes”

“O brasileiro quer sorrir, mas sorrir de verdade, sem precisar botar dente de �ltima hora”
A�cio Neves (PSDB)

 


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