(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Agora no PSB, Marina muda postura radical sobre temas pol�micos

Temas que em 2010 n�o contavam com o apoio da candidata, como a uni�o de pessoas do mesmo sexo, agora s�o admitidos


postado em 30/08/2014 06:00 / atualizado em 30/08/2014 17:53

A ex-senadora no lançamento do seu programa de governo, ontem, em São Paulo: documento de 242 páginas defende que casamento gay vire lei (foto: Paulo Whitaker/Reuters)
A ex-senadora no lan�amento do seu programa de governo, ontem, em S�o Paulo: documento de 242 p�ginas defende que casamento gay vire lei (foto: Paulo Whitaker/Reuters)

A candidata do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Marina Silva, lan�ou nessa sexta-feira, em evento em S�o Paulo, seu plano de governo. No documento, de 242 p�ginas, a ex-senadora defende presen�a menor do Estado na economia, independ�ncia e mandato para presidente do Banco Central. Toca ainda em pontos considerados pol�micos e que nas elei��es de 2010 n�o contavam com o apoio da candidata, como o casamento de pessoas do mesmo sexo e ado��o de crian�as por esses casais, que encontram forte resist�ncia da igreja evang�lica, da qual a candidata faz parte.

No programa, a candidata defende essas teses e fala em “eliminar obst�culos � ado��o de crian�as por casais homoafetivos”. Na elei��o presidencial passada, a candidata afirmava n�o ter opini�o formada sobre a ado��o e se posicionava contra o casamento gay. Ela agora tamb�m � a favor da criminaliza��o da homofobia, projeto que gerou embates entre os defensores dos direitos dos gays e o deputado federal pastor Marco Feliciano (PSC-SP), quando ele presidia a Comiss�o de Direitos Humanos da C�mara, contr�rio � proposta. Na �poca, Marina chegou a defender o parlamentar alegando que ele era hostilizado por ser evang�lico.

A nova vers�o da candidata defende, em seu plano de governo, apresentado ao lado do candidato a vice-presidente Beto Albuquerque (PSB-RS), a energia nuclear e a expans�o do etanol, propostas que n�o contavam com a sua simpatia quando disputou sua primeira elei��o presidencial, em 2010, nem quando ocupou o Minist�rio do Meio Ambiente, durante todo o primeiro governo Luiz In�cio Lula da Silva e parte do segundo, quando deixou o PT para se filiar ao PV e concorrer � Presid�ncia da Rep�blica.

No seu pacote de propostas, elaborado quando Eduardo Campos (PSB-PE), morto em um acidente a�reo no in�cio deste m�s, ainda era o candidato do partido, ela defende o uso da energia nuclear para que o pa�s se torne relevante no setor energ�tico. De acordo com o texto, o pa�s precisa “aperfei�oar e aumentar a escala dos atuais programas de promo��o de energias fotovoltaica e e�lica, utiliza��o do hidrog�nio em c�lulas combust�veis e energia nuclear, fundamentais para que o pa�s se torne um ator relevante nesses setores, que ser�o vitais para a sociedade do futuro”.

O programa coloca de lado o petr�leo e prega a ado��o de maneiras diferentes para a obten��o de energias com amplia��o da participa��o das hidrel�tricas e a redu��o do consumo absoluto de combust�veis f�sseis por meio do aumento da propor��o de energias renov�veis, tais como energia e�lica, solar e de biomassa, principalmente com a expans�o da produ��o da cana-de-a��car, mat�ria-prima do etanol. Discurso semelhante em favor do etanol foi feito anteontem por Marina, em reuni�o com o setor sucroalcooleiro durante a Fenasucro, maior feira do setor. Essa defesa contraria a Marina ministra do Meio Ambiente, que defendia a conten��o do etanol para n�o comprometer a produ��o de alimentos e afirmava que o pa�s n�o deveria liderar uma “Opep dos biocombust�veis”, refer�ncia � organiza��o dos pa�ses petroleiros.

‘LENDA’ No programa, Marina n�o fala sobre os transg�nicos, assunto que mobiliza o setor do agroneg�cio, onde a candidata enfrenta resist�ncia. Sobre esse tema, a candidata disse, na entrevista ao Jornal Nacional, que � uma lenda sua posi��o contra os organismos geneticamente modificados, pensamento que ela n�o tinha quando era ministra. Naquela �poca, ela defendia que s� fossem aceitos depois de pesquisas que comprovassem que os transg�nicos n�o fazem mal � sa�de das pessoas. Tamb�m n�o h� qualquer men��o �s pesquisas com c�lulas-tronco, que, na disputa passada, n�o contavam com o apoio da ent�o candidata do PV. Na �poca, Marina pretendia que a pesquisa fosse feita n�o com c�lulas de embri�o, mas com c�lulas adultas, mas defendia o cumprimento da decis�o do Supremo Tribunal Federal que autorizou os experimentos.

A unifica��o do calend�rio geral das elei��es, a revis�o da distribui��o do tempo de propaganda eleitoral gratuita e a redu��o das assinaturas necess�rias para a convoca��o de plebiscitos e referendos tamb�m foram pontos propostos pela candidata em seu eventual governo. Marina promete ainda uma for�a-tarefa para assentamento de 85 mil fam�lias em zonas de conflito de reforma agr�ria e a demarca��o das terras ind�genas. O programa inclui tamb�m aumento de 23,5% para 25,5% dos recursos do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM).


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)