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Estado de Minas

Marina nega "revis�o" no programa de governo e diz que houve engano

Candidata do PSB afirmou que o texto do programa era a demanda inicial dos movimentos e houve apenas uma modifica��o para prevalecer o texto da media��o. Ela afirmou que outros itens - como da energia nuclear- tamb�m sofreram altera��o


postado em 30/08/2014 16:31 / atualizado em 30/08/2014 17:29

Em uma tumultuada caminhada de cerca de 30 minutos na favela da Rocinha, a maior da zona sul do Rio, a candidata do PSB � presid�ncia, Marina Silva, negou neste s�bado ter havido uma "revis�o" no programa de governo em rela��o �s mudan�as publicadas hoje na pol�tica LGBT.

A candidata disse que houve um "engano" da coordena��o de campanha no momento da revis�o do texto. Segundo Marina, o conte�do que havia sido publicado nesta sexta-feira "foi o texto tal como foi apresentado pela demanda dos movimentos sociais", e que "o que foi feito foi apenas retomar o texto da media��o, porque havia sido cometido um engano, da mesma forma como aconteceu em rela��o � energia nuclear".

Sobre a altera��o no trecho relativo � energia nuclear, Marina afirmou que na parte de Ci�ncia e Tecnologia, foi inclu�da uma quest�o que n�o havia sido acordada entre ela e Eduardo Campos.

Ao lado de Rom�rio (PSB), que foi busc�-la no aeroporto e lidera as pesquisas de inten��o de voto para o Senado no Rio, Marina chegou �s 11h35 na Rocinha. A caminhada foi marcada por grande alvoro�o, em meio � grande quantidade de pessoas que acompanhava a passeata, Marina mal conseguiu cumprimentar os moradores - por vezes, evitou que fot�grafos e jornalistas que caminhavam � sua frente ca�ssem, tamanha a confus�o. Ela deixou a comunidade, de carro, �s 14h02, mas Rom�rio seguiu a caminhada.

Texto modificado

Os trechos exclu�dos do programa apresentado nessa sexta-feira defendiam a aprova��o do projeto de lei que criminaliza a homofobia, a elimina��o de “obst�culos � ado��o de crian�as por casais homoafetivos” e o combate ao fundamentalismo religioso no Congresso nacional. Foram suprimidos ainda a parte em que a candidata se comprometia a desenvolver “material did�tico destinado a conscientizar sobre a diversidade de orienta��o sexual e �s novas formas de fam�lia”. A nova vers�o defende apenas a inclus�o do combate ao bullying, � homofobia e ao preconceito no Plano Nacional de Educa��o. 

A defesa do “casamento civil  igualit�rio, com vistas � aprova��o dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramita��o, que garantem o direito ao casamento igualit�rio na Constitui��o e no C�digo Civil” foi trocada por “garantir os direitos oriundos da uni�o civil entre pessoas do mesmo sexo”. Todo o texto referente aos direitos da popula��o gay foi enxugado e cortado quase que pela metade.  Marina tamb�m tirou do texto o compromisso com a aprova��o da Lei Jo�o Nery que garante � popula��o trans de adotar oficialmente o  nome social.

“O texto do cap�tulo LGBT, do eixo Cidadania e Identidades, do Programa de Governo da Coliga��o Unidos pelo Brasil, que chegou ao conhecimento do p�blico at� o momento, infelizmente, n�o retrata com fidelidade os resultados do processo de discuss�o sobre o tema durante as etapas de formula��o do plano de governo". , diz a nota que classifica como o epis�dio como “contratempo indesej�vel”e diz que o texto anterior continha equ�vocos e que o “correto” � a nova vers�o. 

A vers�o de ontem foi duramente atacada por lideran�as do segmento evang�lico, do qual a candidata faz parte, entre elas o pastor Silas Malafaia da Assembleia de Deus, mesma igreja de Marina, nas redes sociais . Ele cobrou da candidata uma posi��o e disse que a nova vers�o apenas corrige palavras. “Se Marina n�o se posicionar at� segunda, na ter�a ser� a mais dura e contundente fala que j� dei at� hoje sobre um candidato a presidente”, amea�ou o pastor, que ganhou notoriedade por sua prega��o contra os gays.

O programa de Marina chegou a ser elogiado ontem pelo deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), defensor da causa LGBT no Congresso. Hoje o parlamentar criticou duramente a candidata. Em nota, ele afirma que “bastaram quatro tuites do pastor Malafaia para que, em apenas 24 horas, a candidata se esquecesse dos compromissos de ontem, anunciados em um ato p�blico transmitido por televis�o, e desmentisse seu pr�prio programa de governo, impresso em cores e divulgado pelas redes”.


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