Em evento do diret�rio do PMDB de S�o Paulo em Jales, a presidente Dilma Rousseff partiu para o ataque � candidata do PSB, Marina Silva. Em um discurso focado na “defesa das institui��es”, a presidente relembrou o per�odo ditatorial para criticar o discursos da ex-senadora de que n�o governa com partidos, mas sim com pessoas.
“Em uma democracia, quem n�o governa com partidos est� flertando com o autoritarismo”, afirmou a presidente. Ela procurou, tamb�m, associar o discurso de Marina � ditadura militar que, segundo ela, foi o per�odo em que “poucos e bons” governavam. “Eu me lembro da ditadura, onde o que se dizia era o seguinte: empres�rio � para fazer neg�cio, estudante � s� para estudar, todas as pessoas t�m que trabalhar. Uns poucos, uns bons, governar�o”, disse. “Poucos e bons governaram, essa era a vis�o mais atrasada, que n�s na �poca cham�vamos a vis�o da tecnocracia, de que tinha no Brasil (sic) escolhidos que n�o eram escolhidos pelo povo e que eram os mais capazes”, acrescentou.
A fala da presidente ocorre um dia ap�s a divulga��o de nova pesquisa que mostrou Dilma empatada com Marina Silva no primeiro turno da disputa presidencial com 34% das inten��es de voto e, no segundo turno, uma vit�ria de Marina com 10 pontos de vantagem.
Questionado sobre o levantamento, o vice-presidente Michel Temer desconversou. “N�o preocupa n�o, n�s temos um m�s e quatro dias de campanha”, disse. Neste mesmo per�odo, em 2010, o Datafolha apontava a presidente com 47% das inten��es de voto contra 29% de Jos� Serra (PSDB) e 9% de Marina. Naquela �poca, as pesquisas j� apontavam a vit�ria de Dilma no segundo turno.
Tentando n�o deixar transparecer preocupa��o com os novos n�meros do Datafolha, Temer deixou claro que a campanha precisa “politizar” e refor�ou o discurso da “preocupa��o com as institui��es”. “Temos que mostrar o que o governo fez, mostrando mais mudan�as para o futuro e, do outro lado, a pol�tica, nosso governo � obediente �s institui��es. Veja que n�o houve nenhuma agress�o, seja aos partidos, ao Legislativo e ao Judici�rio”, afirmou.
Skaf l�
A fala de Temer n�o apaga, no entanto, o desconforto causado pelas posi��es de Paulo Skaf, o candidato do partido ao governo de S�o Paulo, que tem evitado aproxima��o com o PT e chegou a dizer, de p�blico, que n�o iria a Jales nem abra�aria Dilma no palanque. Skaf, por�m, apareceu no evento. No discurso de dez minutos, n�o citou Dilma. Fez apenas uma refer�ncia indireta � presidente.
Eles n�o ficaram pr�ximos e nem se cumprimentaram. Hoje com 20 pontos na pesquisa Datafolha, em segundo lugar - o governador Geraldo Alckmin (PSDB) lidera com 50 pontos e o petista Alexandre Padilha vem em terceiro, com 5 pontos - Skaf teme a rejei��o aos petistas no Estado.
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ELEI��ES 2014