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Estado de Minas

Vice de Marina defende separa��o entre Estado e religi�o

"N�o podemos fazer um governo desta ou daquela religi�o. Precisamos fazer um governo para os brasileiros", afirmopu o vice na chapa da candidata Marina Silva


postado em 01/09/2014 07:31 / atualizado em 01/09/2014 07:38

Porto Alegre - A campanha da candidata do PSB � Presid�ncia, Marina Silva, vem intensificando esfor�os para desvincular a sua imagem de grupos religiosos mais conservadores da �rea evang�lica. Neste domingo, 31, durante ato de campanha no Parque Farroupilha, em Porto Alegre, o candidato a vice na chapa, deputado Beto Albuquerque, defendeu a laicidade do Estado e disse que o governo do PSB n�o ir�

privilegiar nenhuma religi�o. "N�o podemos fazer um governo desta ou daquela religi�o. Precisamos fazer um governo para os brasileiros", afirmou. "Nem a pol�tica deve mandar na religi�o, nem a religi�o na pol�tica. Temos que ser laicos."

As cr�ticas ao que seria uma excessiva depend�ncia da candidata em rela��o a grupos mais conservadores se intensificaram ap�s ela ter prometido em seu programa a defesa de reivindica��es do movimento gay e, menos de 24 horas depois, divulgar uma errata na qual recuava nas quest�es principais daquele cap�tulo. A decis�o da candidata ocorreu ap�s alguns pastores e pol�ticos da bancada evang�lica terem exigido que ela se retratasse, sob pena de perder os votos da comunidade evang�lica.

Em sua conta do Twitter, o pastor Silas Malafaia, destacado ativista contra as reivindica��es do movimento de defesa dos direitos de gays, l�sbicas, travestis e transexuais, afirmou que Marina, "a candidata membro da Igreja Evang�lica Assembleia de Deus", estava fazendo "uma defesa vergonhosa da agenda gay". Em seguida, amea�ou: "Se Marina n�o se posicionar at� segunda, na ter�a ser� a mais dura e contundente fala que j� dei at� hoje sobre um candidato a presidente".

Preocupa��o

Marina divulgou a errata no s�bado, 30, atribuindo o que havia sido publicado - defesa clara do casamento gay e da criminaliza��o da homofobia - a uma "falha processual na editora��o do texto". A mudan�a provocou cr�ticas no movimento gay e fora dele. "A errata foi um banho de �gua fria, mas n�s j� sab�amos que, dos tr�s candidatos que se destacam na pesquisas eleitorais, ela � a que sempre se manteve mais distante da popula��o LGBT", disse neste domingo o presidente da Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Carlos Magno. "O mais preocupante disso tudo, por�m, � ver a candidata se distanciando de uma das grandes conquistas da democracia, que � o Estado laico", afirmou.

O escritor Milton Hatoum, um dos mais importantes ficcionistas brasileiros da atualidade, traduzido em v�rias l�nguas, anunciou publicamente ontem a retirada de seu nome de uma lista de personalidades, intelectuais e artistas que haviam declarado apoio � candidatura de Marina. "N�o acredito em falha processual na editora��o do texto. Foi uma falha moral. Uma falha de princ�pios �ticos. Falha com os compromissos republicanos de um Estado laico", disse o escritor ao jornal O Estado de S. Paulo. "N�o quero eleger um presidente da Rep�blica que seja ref�m de bancadas religiosas. Tenho pavor disso."

A campanha de Dilma aproveitou o epis�dio para classificar Marina como "uma evang�lica fervorosa" em post publicado no Facebook no fim de semana.

O ex-governador tucano Alberto Goldman, um dos coordenadores da campanha de A�cio Neves, a "errata" da campanha do PSB "� uma agress�o � nossa intelig�ncia". Ele escreveu em seu blog que, ao excluir o apoio �s propostas em defesa do casamento civil igualit�ria e de equipara��o da discrimina��o baseada na orienta��o sexual e de identidade de g�nero ao racismo, a ex-ministra do Meio Ambiente demonstrou "clara submiss�o a grupos que a apoiam, na linha da velha pol�tica".

A��o conjunta


Enquanto o vice de Marina tentava desvincular a candidata de grupos religiosos mais conservadores, o comit� LGBT da campanha divulgava uma nota na qual confirma a vers�o de que houve um erro na editora��o do cap�tulo do que trata dos direitos dos homossexuais.

Segundo o comit�, o que saiu publicado foi a pauta integral reivindicada pela base do PSB e representantes da Rede de Marina - e n�o o que havia sido aprovado pela coordena��o pol�tica da campanha. "N�o vamos aceitar que uma falha de diagrama��o desqualifique nosso debate pela constru��o de uma nova pol�tica", diz o texto. "Nossa luta � pela defesa do Estado laico e por um Brasil que respeite a todos."

A nota foi produzida ap�s um longo e ruidoso processo de consultas internas, ao final do qual v�rios dos participantes disseram que n�o dariam entrevistas por orienta��o da campanha. 


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