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Estado de Minas

No Senado, PMDB poderia criar problemas para Marina


postado em 01/09/2014 11:07 / atualizado em 01/09/2014 11:51

Bras�lia - A bancada peemedebista do Senado tem potencial para criar dificuldades em um eventual mandato presidencial de Marina Silva. Mesmo tendo sido senadora por dois mandatos, de 1995 a 2011, com uma passagem no Minist�rio do Meio Ambiente (2003 a 2008), Marina n�o tem um interlocutor dentro do PMDB capaz de conversar e agradar a todas as alas do partido, que se acostumou a apoiar os governos FHC, Lula e Dilma em troca de distribui��o de cargos e de emendas parlamentares. Ela tem dito que quer fazer uma "nova pol�tica" sem essa barganha.

O apoio do PMDB � de grande import�ncia para os planos de Marina, que, em caso de vit�ria, disse que vai trabalhar no Congresso para aprovar duas reformas constitucionais: a pol�tica e a tribut�ria. Para tanto, precisaria de, pelo menos, 49 votos dos 81 senadores. A tend�ncia � que, ap�s as elei��es, o PMDB permane�a com a maior bancada no Senado - atualmente tem 19 senadores -, o que lhe garante direito, pelo regimento interno, a indicar o presidente do Senado e do Congresso, e o comando da principal comiss�o, a de Constitui��o e Justi�a (CCJ). Com esses dois postos, o andamento das propostas poderiam ser facilitadas ou dificultadas.

A avalia��o � a de que a "bancada" de Marina sozinha - que abrigar� apoios individuais de integrantes do PSB, PMDB, PT, PSDB, PDT, entre outros partidos - deve ter no m�ximo 40 parlamentares. Os apoios de bancadas completas n�o est�o certas por enquanto, exceto o do pr�prio partido dela, o PSB.

A "presidente-Marina" tem boas rela��es com senadores peemedebistas que atualmente n�o t�m ascend�ncia sobre os colegas, como o candidato � reelei��o Pedro Simon (RS), que nem sequer participa das reuni�es da bancada. Teria de fazer acenos para conquistar apoios no partido. Entretanto, ela tem adotado uma postura em rela��o ao Congresso mais pragm�tica do que Eduardo Campos, morto em acidente a�reo no dia 13: em vez de "fulanizar" como fez Campos que, em seu governo, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), forte candidato a ficar na cadeira pelos pr�ximos dois anos, vai para a oposi��o, Marina defende uma nova forma de fazer pol�tica sem vetar nominalmente qualquer pessoa. A leitura � de que Marina tem tentado garantir pontes com o PMDB do Senado.

Um cacique peemedebista disse que a rela��o de Marina com o PMDB vai depender da "sinaliza��o" que ela dar� logo no in�cio da gest�o, caso ven�a. "Ningu�m vai implodir o Pa�s numa primeira circunst�ncia", disse. "A oposi��o n�o � uma empresa de demoli��o", completou, numa indica��o de que o partido n�o iria, desde logo, para o confronto. Outro senador do partido que conviveu com Marina no Senado disse estar "com um p� atr�s". "Ela vai ter que conversar com a gente. N�o d� para ter posi��es inflex�veis, como na discuss�o do C�digo Florestal", avaliou.

Ponte


O candidato a vice de Marina, Beto Albuquerque, � apontado por senadores como uma poss�vel ponte dela diante da aus�ncia de um interlocutor forte, por ora, no PMDB. Ligado ao agroneg�cio, Beto j� acenou a senadores que est� � disposi��o para se aproximar do partido.

Presidente da Confedera��o de Agricultura e Pecu�ria do Brasil (CNA), a senadora K�tia Abreu (PMDB-TO) afirmou que Marina n�o pode ser "higienista" e "seletiva" no Senado, como fez ainda quando era vice de Campos, ao vetar o apoio do deputado Ronaldo Caiado (DEM), expoente do agroneg�cio. "N�o aceito nenhum tipo de sele��o", criticou. "Ela come�ou muito mal quando disse que governa com pessoas e n�o com partidos", completou, fazendo refer�ncia a discursos recentes da candidata.

Ligado a Marina, Pedro Simon, por sua vez, aposta na renova��o e na participa��o popular para conquistar os votos dos senadores - inclusive do PMDB. "Eu duvido que o governo vai pressionar algu�m para votar", disse.


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