Bras�lia - O comando da campanha � reelei��o da presidente Dilma Rousseff decidiu intensificar a "guerrilha virtual" contra a candidata do PSB ao Planalto, Marina Silva, principal advers�ria do PT at� agora.
O problema � que nem PT nem aliados encontraram uma f�rmula para atacar Marina. No encontro de ontem, coordenado por representantes das ag�ncias Pepper e Polis - que cuidam da comunica��o da campanha de Dilma -, a avalia��o foi de que a ex-ministra parece uma candidata "teflon", j� que nada de negativo gruda nela.
Al�m disso, Marina tamb�m foi considerada uma advers�ria "mais sofisticada" do que o tucano A�cio Neves. Motivo: para o PT, � mais dif�cil criticar algu�m que j� foi do partido e tem uma hist�ria de milit�ncia na �rea ambiental reconhecida.
Numa tentativa de rea��o, ministros e dirigentes petistas j� come�aram a espalhar que, quando Marina era titular do Meio Ambiente do Luiz In�cio Lula da Silva (2003 a 2008), o desmatamento ainda estava muito alto: 18 mil km². O patamar caiu para menos da metade (7 mil) quando Carlos Minc assumiu a pasta, em 2008. A m�dia de desmatamento do governo Dilma, hoje, est� em 5.560.
O comit� da reelei��o bater� na tecla de que Marina representa uma candidatura da elite, como A�cio. A estrat�gia tem o objetivo de criar uma vacina aos resultados de pesquisas em poder do Planalto, segundo as quais ela � vista como "candidata simples", "mulher do povo" e "gente como a gente". Os atributos preocupam o PT porque sempre foram associados a Lula, fiador de Dilma.
'Neoliberal'
A ordem � partir para o confronto com Marina, mostrando que o programa de governo do PSB traz um receitu�rio econ�mico "tucano e neoliberal", que, no passado, provocou desemprego e recess�o. Em entrevistas e nas redes sociais haver� destaque para o fato de que Marina tem Neca Setubal, herdeira do banco Ita�, como coordenadora de sua plataforma, e o economista Andr� Lara Resende, um dos formuladores do Plano Real, entre seus principais colaboradores. O PT tamb�m insistir� em que a autonomia do Banco Central defendida pela advers�ria resultar� no aumento da taxa de juros.
A campanha de Dilma considera necess�rio refor�ar o trabalho nas redes sociais por avaliar que a equipe de Marina � mais ativa na internet do que a de A�cio. O encontro de ontem foi o primeiro passo para engajar as candidaturas de governadores, senadores e deputados no confronto virtual com Marina.
As equipes foram instru�das sobre como replicar, em suas p�ginas pr�prias, o conte�do disparado pelo sites Muda Mais, coordenado pelo jornalista Franklin Martins; Mais Mudan�as, Mais Futuro, sob a responsabilidade do marqueteiro Jo�o Santana, e pelo portal do PT.
Antes focados na compara��o dos 12 anos de administra��o do PT com os oito anos de governo do PSDB, esses canais passaram a bombardear Marina quando ela apareceu nas pesquisas de inten��o de voto "colada" em Dilma. Nos sites h� material que explora as "erratas" no programa de Marina - como o recuo sobre o causa gay - e posi��es assumidas no passado contra os transg�nicos, cuja libera��o teve apoio do seu candidato a vice, deputado Beto Albuquerque (PSB).