(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Institui��es p�blicas recuperam credibilidade

Treze das dezoito institui��es avaliadas no estudo tiveram avalia��o melhor em rela��o ao ano passado


postado em 02/09/2014 08:31 / atualizado em 02/09/2014 09:12

S�o Paulo - A confian�a dos brasileiros em institui��es como o Congresso Nacional e os partidos pol�ticos se recuperou parcialmente em 2014, ap�s uma forte crise de credibilidade deflagrada com as manifesta��es ocorridas a partir de junho do ano passado. O �ndice de Confian�a Social (ICS) do Ibope oscilou positivamente de 47 para 49 pontos nesse per�odo, e treze das dezoito institui��es avaliadas no estudo tiveram avalia��o melhor em rela��o ao ano passado.

A maior recupera��o em rela��o ao ano passado foi a da sa�de p�blica, que aumentou em quase um ter�o em rela��o � pontua��o de 2013. Tamb�m tiveram aumento consider�vel a confian�a nas escolas p�blicas, no Congresso Nacional e nos partidos pol�ticos, que subiram 20% neste ano. Esses dois �ltimos, por�m, continuam ocupando a lanterna do ranking de credibilidade entre as institui��es brasileiras.

"Essa recupera��o n�o deve servir para anim�-los, porque 2013 foi um ano fora da curva e eles continuam em baixa", afirma a CEO do Ibope Intelig�ncia, M�rcia Cavallari.

Os l�deres de confian�a entre as institui��es continuam sendo o Corpo de Bombeiros, as igrejas e as For�as Armadas, todos com �ndice acima de 60 pontos. Entretanto, nenhum deles se recuperou da queda ap�s as manifesta��es de junho de 2013. A pontua��o dos Bombeiros e das For�as Armadas, por exemplo, ca�ram ainda mais neste ano, enquanto a das igrejas se manteve est�vel.

Conviv�ncia

Para o cientista pol�tico Cl�udio Couto, da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), a m� avalia��o dos brasileiros em rela��o �s institui��es pol�ticas pode estar ligada � sua presen�a mais constante no debate p�blico. "Quanto mais as pessoas est�o acostumadas a conviver com alguma coisa, mais problemas veem nelas. Assim como as For�as Armadas est�o pouco na pauta, os pol�ticos est�o sempre presentes e, por isso, s�o mais cobrados em rela��o �s suas a��es", explica.

Outro fen�meno que ajuda a explicar essa quest�o � a falta de hero�smo da fun��o pol�tica no imagin�rio popular, segundo Couto. "Os policiais aparecem sempre na imprensa e podem at� ser criticados por excesso de viol�ncia ou por omiss�o, mas a fun��o n�o deixa de ter um car�ter heroico ao combater o crime. J� os pol�ticos n�o t�m um papel desse tipo."

Manifesta��es

Os protestos de junho de 2013 haviam marcado a maior queda na confian�a dos brasileiros nas institui��es desde o in�cio da s�rie hist�rica, em 2009. A pesquisa � feita sempre em julho e, por isso, conseguiu captar o aumento no descontentamento nacional ap�s a onda de manifesta��es que varreu o Pa�s no ano passado.

Apesar da crise de credibilidade constatada ap�s os protestos, a confian�a dos brasileiros nas institui��es j� vinha caindo nos anos anteriores. Em 2009, o �ndice medido pelo Ibope para as institui��es foi de 58 pontos, que caiu at� 54 pontos at� 2012 e depois despencou para os 47 no ano seguinte.

J� o mesmo �ndice calculado para pessoas e grupos sociais, como vizinhos e familiares, segue est�vel desde o in�cio da s�rie: passou de 69 para 68. Por causa da queda da confian�a nas institui��es, portanto, o �ndice geral calculado com base nessas duas dimens�es caiu de 60 para 53 nesse per�odo.

Segundo o professor da FGV, a piora constante na avalia��o das institui��es pode estar ligada a um descolamento entre a percep��o e o funcionamento institucional. "Pode ter at� um paradoxo a�: as pessoas n�o acreditam nas institui��es, mas, muitas vezes, elas est�o at� melhorando. Um exemplo seria o melhor funcionamento das institui��es de controle, que come�am a apontar mais problemas cuja revela��o acaba sendo um elemento de frustra��o", afirma.

Perfil


O brasileiro que mais confia nas institui��es tem perfil variado. Ele � mais velho, com mais de 50 anos, � das classes D ou E e mora no Norte/Centro-Oeste ou na Regi�o Sul do Brasil. J� o mais cr�tico, de acordo com o Ibope, tem entre 25 e 29 anos, pertence � classe C - justamente a que mais cresceu durante os governos Luiz In�cio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT) - e vive no Nordeste ou no Sudeste.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)