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Estado de Minas

Grupo de senadores quer resgatar credibilidade da casa


postado em 11/01/2013 18:05

Sem ter conseguido lan�ar uma candidatura vi�vel para contrapor a volta do l�der do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), � Presid�ncia da Casa, um grupo de senadores considerados independentes vai apresentar na pr�xima semana uma plataforma com sugest�es de mudan�as que tem por objetivo resgatar a credibilidade do Senado.

A inten��o do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que est� reunindo as propostas dos colegas de enxugamento administrativo e de melhoria da efici�ncia dos trabalhos legislativos, � divulgar o documento de compromissos na segunda-feira (14). A elei��o de quem presidir� o Senado pelos pr�ximos dois anos est� marcada para o dia 1º de fevereiro.

Na lista das propostas que devem fazer parte da plataforma est�o: a vota��o dos milhares de vetos presidenciais ainda n�o apreciados; a redu��o do n�mero de comiss�es tem�ticas; a mudan�a na forma de cria��o das comiss�es parlamentares de inqu�rito, na qual, mesmo tendo as assinaturas necess�rias, ela s� � criada por decis�o do presidente do Senado; e o fim do chamado "voto de corpo" - aquele em que os senadores aprovam ou rejeitam simbolicamente um projeto, sem vota��o nominal.

Imagem abalada

O lan�amento de um documento de compromissos foi a f�rmula encontrada pelos independentes para marcar posi��o na elei��o agendada para daqui a tr�s semanas. Pelo regimento interno do Senado, a prerrogativa de escolher o presidente da Casa � da maior bancada. Desde a redemocratiza��o, em 1985, senadores do PMDB ocuparam por 13 vezes o posto, enquanto integrantes de outras legendas apenas em quatro ocasi�es, duas das quais para cumprir "mandatos-tamp�o" em raz�o de den�ncias contra peemedebistas. Foi o caso do pr�prio Renan Calheiros em 2007, que renunciou ao cargo em dezembro daquele ano ap�s escapar de dois processos de cassa��o.

A imagem do Senado tamb�m foi abalada em 2009 ap�s o esc�ndalo dos atos secretos, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Uma s�rie de medidas administrativas em vigor na Casa, como a nomea��o de parentes de parlamentares e a concess�o de benef�cios financeiros a servidores, n�o era publicada oficialmente. A crise amea�ou o mandato do atual presidente da Casa, Jos� Sarney (PMDB-AP), que chegou a ser alvo de processos de quebra de decoro parlamentar.

No ano passado, senadores independentes e oposicionistas insuflaram o peemedebista Luiz Henrique (SC) a se lan�ar candidato. Um articulador do grupo dos independentes disse que Luiz Henrique queria ter obtido o apoio expl�cito do Pal�cio do Planalto. Mas n�o conseguiu. Em dezembro, ele desistiu. "Eu disse desde logo que, na condi��o de ex-presidente nacional do PMDB, eu n�o praticaria uma candidatura dissidente", afirmou � Ag�ncia Estado. "Como eu percebi que dentro do PMDB o Renan reuniu a maioria absoluta dos apoios, eu simplesmente agradeci pela defer�ncia (de quem quis lan��-lo candidato) e n�o encampei".

"Desistimos do lan�amento de uma candidatura vi�vel", resigna-se Cristovam Buarque. Segundo o pedetista, no dia da vota��o pode at� ocorrer o lan�amento de candidaturas de protesto, sem chances de vit�ria. Os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) s�o lembrados para cumprir a miss�o.

A volta de Renan

Cristovam Buarque disse ter perguntado no m�s passado a Renan Calheiros se ele iria se candidatar ao Senado, uma vez que gostaria de saber quais seriam as propostas dele para resgatar a credibilidade da Casa. Na ocasi�o, ele afirmou que n�o sabia se iria se candidatar. "� claro que ele j� sabia. � rid�cula e esdr�xula a situa��o de ter uma elei��o que n�o existe candidato e j� tem um eleito".

Questionado se o seu colega de partido tem condi��es de voltar a presidir o Senado, Luiz Henrique destacou que as acusa��es que pesaram contra o colega de bancada "n�o voltaram" nos �ltimos cinco anos. Na ocasi�o, Renan Calheiros foi acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira, acusa��o que lhe rendeu um inqu�rito criminal ainda em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e tamb�m a quebra de seu sigilo banc�rio.

Aliados do l�der do PMDB afirmam, sob a condi��o do anonimato, que ele s� vai oficializar sua candidatura �s v�speras da elei��o. � uma tentativa de tentar evitar, ao m�ximo, os questionamentos sobre seu retorno. O Pal�cio do Planalto, que no ano passado operou sem sucesso uma costura para tentar fazer o ministro de Minas e Energia, o senador licenciado Edison Lob�o (PMDB-MA), presidente do Senado, j� aceita, ainda que a contragosto, a elei��o de Renan Calheiros. O receio do governo � que o PMDB concentre excessivo poder at� as elei��es presidenciais de 2014, uma vez que o l�der do partido na C�mara, Henrique Eduardo Alves (RN), tamb�m deve ser eleito para presidir a Casa.


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