O deputado federal Luiz Arg�lo (SD-BA) se defendeu nesta ter�a-feira das acusa��es de envolvimento com Alberto Youssef e disse que as trocas de mensagens com o doleiro, interceptadas pela Pol�cia Federal, tratavam exclusivamente da venda de um terreno em Cama�ari, na Bahia. Arg�lo afirmou ainda que nunca foi s�cio do doleiro em qualquer empresa, n�o intermediou neg�cios dele e disse que houve "vazamentos seletivos" para incluir seu nome no caso.
Arg�lo compareceu para prestar depoimento ao Conselho de �tica um dia antes do previsto. O parlamentar disse que entrou em contato com Youssef para negociar a venda de um terreno de propriedade de seu irm�o, Manoelito Arg�lo Jr., que foi candidato a prefeito no munic�pio de Entre Rios em 2012. A decis�o de se desfazer do im�vel, segundo Arg�lo, ocorreu para quita��o de d�vidas ap�s separa��o de seu irm�o. "Todos os di�logos feitos de valores foram na tratativa deste im�vel", afirmou o parlamentar. "Todo o di�logo de valores foi na tratativa do im�vel e, fora, n�o existiu absolutamente nada", concluiu.
Ele disse que Youssef lhe foi apresentado pelo ex-deputado M�rio Negromonte (PP-BA) no in�cio desta legislatura (2011-2014). Pontuou ainda que Youssef � um empres�rio com investimentos no Estado, entre eles hot�is em Salvador e em Porto Seguro, e que a venda do im�vel de propriedade de seu irm�o foi acertada em R$ 375 mil. De acordo com Arg�lo, do total, foi efetivamente pago entre R$ 180 mil e R$ 200 mil e as mensagens conseguidas pela PF se referem � cobran�a do restante do montante. Como exemplo, o deputado disse que nunca houve o dep�sito de Youssef para seu ex-chefe de gabinete, Vanilton Bezerra, conforme consta na representa��o protocolada pelo PPS no colegiado. "N�o utilizei e n�o utilizo meu mandato para beneficiar e fazer lobby para ningu�m", finalizou.
O relator do caso, deputado Marcos Rog�rio (PDT-RO), avaliou que Arg�lo foi seguro quando falou sobre o terreno, mas "desconversou" quando perguntado sobre mensagens que citavam as empresas Cosampa e Eletronor.
Contadora
Em seu depoimento, Arg�lo disse que encontrou Meire Bonfim da Silva Poza - ex-contadora de Youssef que, em entrevista � revista Veja, apontou o parlamentar do Solidariedade como um dos envolvidos com o esquema do doleiro - "apenas uma vez". "Ela � uma criminosa", disparou, argumentando que a PF fez apreens�o de documentos em seu escrit�rio.
De acordo com ele, antes da publica��o da reportagem, Meire teve um encontro com seu advogado, Alu�sio Lundgren Corr�a R�gis, em S�o Paulo. Pelo relato de Arg�lo, na ocasi�o, ela pediu R$ 250 mil a Lundgren para saldar contas, o que lhe foi negado. O parlamentar sugeriu ainda que esse valor tenha sido pago por alguma pessoa e que Meire tenha vinculado seu nome ao esquema "a servi�o" de terceiros.