
O candidato do PSDB a presidente da Rep�blica, senador A�cio Neves, reafirmou nessa ter�a-feira a sua candidatura ao Pal�cio do Planalto e a confian�a de que estar� no segundo turno das elei��es – embora pesquisas de opini�o o coloquem atualmente em terceiro lugar na disputa. Ao lado das principais lideran�as do PSDB, o tucano desmentiu boatos de que renunciaria e aproveitou para fazer fortes cr�ticas � ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, que disputa as elei��es pelo PSB. Definiu Marina como uma “metamorfose ambulante” e ainda a acusou de plagiar o Programa Nacional de Direitos Humanos lan�ado em 2002 pelo ent�o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Em um dia nervoso na campanha eleitoral, tamb�m o PT partiu para o ataque contra a candidata do PSB. A presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e l�deres do partido fizeram um movimento orquestrado de cr�ticas a Marina.
No in�cio da noite dessa ter�a-feira, o tucano convocou uma coletiva � imprensa para dizer que vai “lutar at� o �ltimo instante” e para distribuir um documento com o programa de governo divulgado na semana passada pelo PSB e que teria trechos id�nticos ao plano de FHC. A�cio Neves falou sobre o assunto ao lado de FHC, que compareceu � coletiva com o intuito de reafirmar a candidatura do PSDB. “Talvez o senhor n�o saiba, presidente, que o cap�tulo dos direitos humanos da candidata Marina, do programa de governo, � uma c�pia fiel do PNCH apresentado pelo seu governo em 2002”, disse o tucano.
A�cio Neves ressaltou que Marina Silva foi filiada ao PT – inclusive comandando o Minist�rio do Meio Ambiente durante a gest�o de Lula – e que n�o � poss�vel saber se a advers�ria “amanh� ter� o mesmo pensamento de ontem ou de anteontem”. Ainda afirmou que a candidata que agora elogia Fernando Henrique (ela tem dito que valoriza as pol�ticas econ�micas dele), no passado votou contra o Plano Real e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) quando ocupou uma cadeira no Senado pelo PT do Acre.
Ao classificar Marina Silva como uma “metamorfose ambulante”, o tucano disse que “o eleitor precisa saber em que Marina ele vai votar. Na que hoje ataca o PT ou na que fez sua trajet�ria no partido”, e completou que a advers�ria n�o tem um “time” para governar. Sobrou tamb�m para a presidente Dilma, que tenta a reelei��o. “O improviso nunca � o melhor conselheiro e as duas candidatas mostram que alteram suas convic��es ao sabor dos ventos”, argumentou. “Estamos vendo, de um lado, um governo que reage aos �ndices das pesquisas alterando suas convic��es, o que n�o � bom – age at� com certo desespero – e que vai perder as elei��es. E, do outro lado, o que eu vejo � uma candidatura que mais se assemelha a uma metamorfose ambulante, que altera suas convic��es ao sabor das circunst�ncias.”
A�cio Neves lembrou que, em seu programa de governo, Marina Silva j� recuou em pontos relativos � defesa dos direitos da comunidade LGBT e � criminaliza��o da homofobia. Questionado sobre os temas, A�cio disse que a discrimina��o a homossexuais deve ser tratada como crime, e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo j� � uma realidade garantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que, portanto, n�o � assunto para discuss�o.
Sobre as declara��es do coordenador-geral da campanha, senador Jos� Agripino (DEM-RN), de que apoiaria Marina no segundo turno, A�cio Neves disse que foi uma “forma equivocada” de ele se expressar e que ambos j� trataram do assunto por telefone. Agripino n�o participou da coletiva. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fez um discurso a favor de A�cio Neves para reafirmar seu apoio ao candidato e minimizou os n�meros das pesquisa eleitorais. “J� vi muito sobe e desce em campanha”, disse. Em cr�ticas veladas a Marina Silva, FHC ponderou que a popula��o deve saber que nenhum presidente vai governar sozinho. “� preciso ter um mapa para caminhar. E esse mapa n�o se faz s� com ideias”, disse.