A uma semana da posse do novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, servidores da Corte fazem uma manifesta��o na entrada do plen�rio pleiteando carreira pr�pria no tribunal e recomposi��o salarial. Eles pedem uma audi�ncia com Lewandowski ainda neste m�s e encaminhamento do projeto de lei que estabelece carreira espec�fica no STF. Caso o ministro n�o os receba na primeira semana ap�s ser empossado, os servidores amea�am uma paralisa��o no dia 17.
O pleito j� existe h� dois anos e meio, afirmou o presidente da Associa��o dos Servidores do Supremo Tribunal Federal (Astrife), Osiel Ribeiro. Na gest�o do ex-presidente Joaquim Barbosa, os servidores n�o conseguiram avan�ar. A expectativa � de que Lewandowski, que tem defendido publicamente a recomposi��o salarial dos magistrados, compre a briga ds servidores.
Eles reclamam que um t�cnico do Senado, por exemplo, chega a ganhar tr�s vezes mais do que servidor com igual fun��o no STF. Atualmente, de acordo com a associa��o, um t�cnico do STF recebe R$ 4,5 mil, valor semelhante ao aux�lio moradia de um ministro, reclamam os servidores. Lewandowski precisa convocar na Corte sess�o administrativa para aprovar o projeto dos servidores e encaminh�-lo ao Congresso Nacional. O projeto tem impacto de R$ 150 milh�es e abrange os 1.000 servidores do Supremo.
De acordo com os manifestantes, a falta de uma carreira pr�pria faz com que os trabalhadores usem o STF como "trampolim", pulando posteriormente para outros �rg�os em que h� ac�mulo de fun��es e maior n�mero de gratifica��es. Em 2008, segundo a Astrife, o tribunal teve de chamar 900 nomes aprovados em concurso para completar 150 vagas.