
O candidato ao governo de Minas pelo PSB, Tarc�sio Delgado, defendeu nesta quinta-feira uma rela��o “mais republicana” entre os governos do estado e federal para facilitar a realiza��o de investimentos no Estado. Ele culpou as duas administra��es pelo entrave envolvendo a amplia��o e constru��o das novas linhas do metr� de Belo Horizonte. “� preciso uma rela��o mais republicana. Fica o governo de Minas e o governo federal de fofoquinha, um jogando a culpa no outro, e a obra n�o sai”, afirmou, em videochat realizado nesta quinta-feira pelo Portal Uai/em.com.br. Delgado ainda afirmou que � necess�rio haver equil�brio, mesmo quando os gestores s�o de legendas diferentes. “Se for do mesmo partido facilita, mas n�o impede, mesmo sendo de partidos diferentes. Mas � necess�rio ser republicano”, afirmou.
O socialista, que est� na terceira posi��o nas pesquisas de inten��o de voto para o Pal�cio Tiradentes, disse que vai come�ar a fazer campanha nos pr�ximos dias. Apesar disso, ele alegou falta de recursos para confec��o de materiais e para viajar. No entendimento de Delgado, o eleitor s� come�a a prestar aten��o nos candidatos e a fazer suas escolhas poucos dias antes do pleito. “Penso que esses 30 dias finais nessa campanha s�o decisivos. Muita gente que est� perdendo ganha e muita gente que t� ganhando perde”, disse.
Assista � entrevista:
Sobre a possibilidade de a candidata � Presid�ncia pelo PSB, Marina Silva, refor�ar a agenda em Minas, o colega de partido disse que espera a presen�a dela em alguns eventos, mas ainda sem data marcada. “Marina certamente vir� a Minas, ela me disse que vem tr�s vezes, mas pela intensidade da agenda eu acredito que ela esteja em dois eventos”, comentou. Perguntado sobre a possibilidade de apoiar algum dos advers�rios em Minas no segundo turno, Delgado afirmou que ainda “n�o considera a hip�tese”.
Guerra fiscal
Tarc�sio Delgado relembrou o tempo em que foi prefeito de Juiz de fora, por tr�s mandatos, e logo no in�cio da administra��o enfrentou problemas por falta de recursos no cofre da administra��o municipal. O socialista disse que o or�amento do estado gerido com “efici�ncia e austeridade” pode ser controlado no per�odo de quatro anos. O socialista apontou a guerra fiscal nas fronteiras como um entrave para o desenvolvimento, j� que muitas empresas preferem investir em outros estados devido � diferen�a nas al�quotas dos impostos. “Na minha regi�o na Zona da Mata � uma loucura. As empresas est�o todas implantando l� [ no Rio de Janeiro]. Eles s�o de Minas, mas est�o implantando [as empresas] l�”. Ele ainda classificou a tarifa da Cemig como “muito cara”, o que seria um dificultador da presen�a das empresas em Minas.
O candidato ainda apontou a redu��o de cargos n�o comissionados como forma de reduzir parte do d�ficit do estado. Mas defendeu que as �nicas �reas que n�o ser�o afetadas s�o educa��o e seguran�a.
Sa�de
Sobre a sa�de, o candidato do PSB disse que as grandes e m�dias cidades sofrem com a demanda vinda do interior e de cidades vizinhas. A solu��o seria a descentraliza��o do atendimento e o investimento na a��o preventiva. “A rede hospitalizar de Minas n�o � ruim, obvio que alguma regi�o precisa de uma coisa a mais. O que precisamos � criar mais condi��es para evitar que qualquer coisa chegue no hospital”, disse. Delgado ainda defendeu mais sintonia entre as administra��es municipais, estaduais e federais.
Seguran�a
O candidato disse ser contra a proposta de desmilitariza��o e unifica��o das pol�cias. Segundo ele, n�o � necess�rio que as duas corpora��es formem um �nico corpo, mas que hajam de maneira coordenada. Ele afirmou que Minas tem enfrentado dificuldades no setor de seguran�a p�blica e que a situa��o teria reflexos, inclusive, na presen�a de novas empresas, que estariam recusando se instalar no estado por esse motivo. “Acho que em Minas n�s estamos precisando aumentar o contingente, porque o estado alcan�ou o �ndice de ser o mais violento do Brasil”, falou. Ele defendeu a equaliza��o das atividades das duas pol�cias e o aumento do efetivo.
Nota de esclarecimento
O governo de Minas divulgou nesta sexta-feira uma nota des esclarecimento contestando declra��es do candidato do PSB, Tarc�sio Delgado:
�ndice de Criminalidade
Com rela��o �s declara��es do candidato Tarc�sio Delgado, publicadas nesta sexta-feira no jornal Estado de Minas, o Governo do Estado de Minas Gerais esclarece que n�o � verdadeira a informa��o do candidato de que Minas alcan�ou o maior �ndice de Criminalidade do Brasil, o Estado tamb�m n�o tem a taxa maior que Alagoas.
Os Dados do �ltimo Anu�rio Brasileiro de Seguran�a P�blica, divulgados pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica, em 2013, mostram Minas com o �ndice de Crimes violentos letais intencionais de 19,2 e 20,8, em 2011 e 2012 respectivamente. Enquanto Alagoas apresenta 76,3 e 68,5. Minas manteve o �ndice menor que 20 estados. (https://www.forumseguranca.org.br/storage/download//anuario_2013-corrigido.pdf.) Dessa forma, Minas Gerais n�o apresenta maior taxa que Alagoas e nem o maior �ndice de criminalidade do Brasil, conforme afirma��o do candidato Tarc�sio Delgado, publicada nesta sexta-feira no jornal Estado de Minas.
Efetivo Policial
Enquanto ao efetivo policial, o Governo do Estado de Minas Gerais lembra que Minas � o estado que mais investe em seguran�a no Brasil desde 2010 proporcionalmente ao or�amento – 13,9% - pelo terceiro ano consecutivo e o segundo, em valores absolutos, atr�s apenas de S�o Paulo. Em 2012, foram R$ 7,57 bilh�es o que representa um aumento de 19% em rela��o ao ano anterior. Os dados foram divulgados em novembro de 2013 pelo F�rum Brasileiro de Seguran�a P�blica. Desde 2003, foram investidos R$ 53,5 bilh�es na seguran�a p�blica.
A previs�o do Estado � investir R$ 909 milh�es em a��es de defesa social entre os anos de 2013 e 2014. Cerca de 50% desses recursos j� foram empenhados e est�o em execu��o. O efetivo das pol�cias est� sendo ampliado, com a contrata��o de seis mil novos policiais civis, militares e bombeiros. Somente na Pol�cia Militar, por exemplo, cerca de tr�s mil novos policiais j� est�o em forma��o e ir�o se juntar, at� 2015, ao efetivo existente, aproximadamente 43 mil, entre homens e mulheres, para refor�ar o policiamento ostensivo no Estado. Vale ressaltar que a lei de efetivo da PM estabelece um indicativo (teto m�ximo) de at� 51 mil policiais, que poder�o ser preenchidos at� o final de 2015, e n�o uma determina��o fechada.
Investimentos em seguran�a p�blica
Al�m do aumento do n�mero de policiais, tamb�m foram adquiridas cerca de tr�s mil viaturas para as pol�cias, est�o sendo criadas cerca de 15 mil novas vagas em unidades prisionais com a realiza��o de 37 obras, entre constru��es e amplia��es de unidades prisionais e de Associa��es de Prote��o e Assist�ncia aos Condenados (APACs) - As obras demandam investimento de cerca de R$297 milh�es e ir�o gerar incremento de aproximadamente 45% na atual capacidade do sistema prisional, al�m da implanta��o de sete Centros de Preven��o � Criminalidade.
Pela Pol�cia Civil, ser�o constru�dos Postos de Per�cia Integrada (PPIs) em munic�pios-polo do Estado, como Uberaba, Uberl�ndia e Juiz de Fora, que v�o aumentar a capacidade de esclarecer crimes. O investimento na a��o � de R$9,2 milh�es. Outros R$26,3 milh�es ser�o investidos na constru��o, reforma e estrutura��o de delegacias. Sobre o efetivo da PC, est� em andamento um concurso para mil investigadores. Vale lembrar que neste ano, 121 m�dicos legistas e 95 peritos criminais tomaram posse na institui��o. Em 2013, 125 novos escriv�es ingressaram na corpora��o, tamb�m por meio de concurso p�blico e 420 delegados tomaram posse, a maior turma a se formar na hist�ria da Pol�cia Civil.
Para o Corpo de Bombeiros, est�o sendo negociados com o BID recursos de R$7 milh�es, para constru��o da Academia de Forma��o. Al�m disso, est�o sendo formados 960 novos militares para recompor o efetivo da corpora��o, o que demandar� investimento de R$2,2 milh�es em capacita��o.
Metr� de Belo Horizonte
Sobre o metr� de Belo Horizonte, o Governo do Estado de Minas Gerais recha�a com veem�ncia as declara��es do candidato. N�o existe tira-teima entre os Governos Estadual e Federal, simplesmente porque o sistema de transporte � de responsabilidade do Governo Federal e operado pela Companhia Brasileira de trens Urbanos (CBTU).
O Governo do Estado de Minas Gerais esclarece novamente que tem cumprido todos os compromissos assumidos com rela��o aos projetos do metr�, embora essas obras sejam de inteira responsabilidade do Governo Federal. O projeto de engenharia da linha 3 do metr� de Belo Horizonte foi entregue � Caixa Econ�mica Federal no dia 15 de maio de 2014, rigorosamente dentro do prazo previsto.
Os documentos que comp�e o projeto representam um conjunto de mais de 10 mil p�ginas e foram divididos em 10 itens principais e 366 subitens. Esses documentos foram digitalizados e repassados � institui��o.
A Caixa Econ�mica Federal apenas solicitou o detalhamento de custos, o que � uma pr�tica comum em projetos dessa complexidade. Esse detalhamento foi entregue no dia 29 de agosto, pela Metrominas. Com isso, o Governo do Estado de Minas Gerais aguarda apenas a libera��o de recursos prometidos pelo Governo Federal, para dar in�cio ao processo de licita��o da obra, para contratar a empresa que ir� executar o trabalho.
Vale lembrar ainda que as �ltimas expans�es no metr� de BH foram realizadas entre 1995 e 2002. Nos �ltimos 12 anos, o Governo Federal n�o implementou nenhuma obra de expans�o. Em 2008, o ent�o governador de Minas, A�cio Neves, apresentou � Uni�o uma proposta para amplia��o do metr� por meio de uma parceria p�blico-privada. Essa proposta foi ignorada.
Em 2012, o Governo Federal finalmente aceitou a colabora��o oferecida pelo governo estadual, que se prop�s a elaborar os projetos de engenharia para a expans�o do metr�. Entretanto, somente em abril de 2013 o Governo Federal assinou o conv�nio para libera��o dos recursos para elabora��o dos projetos. Os projetos de engenharia foram entregues apenas um ano ap�s a assinatura do conv�nio – um tempo recorde para projetos de tal dimens�o.
Economia Mineira
O Governo do Estado de Minas Gerais esclarece tamb�m que n�o tem qualquer fundamento a afirma��o do candidato Tarc�sio Delgado de que “o estado est� falido e inadimplente”. No per�odo 2012-2013 o Estado de Minas Gerais alcan�ou um resultado fiscal positivo de R$ 1,2 bilh�o.
Os resultados positivos da economia mineira, incluindo a boa gest�o fiscal e a capacidade de investimento do Estado, contribu�ram para que as ag�ncias internacionais de classifica��o de risco Standard & Poor’s e Moody’s Investors Service mantivessem em 2013 o “Grau de Investimento” concedido ao Estado de Minas Gerais em 2012.
De acordo com as ag�ncias, a manuten��o da nota de Minas Gerais no grau de investimento reflete o s�lido desempenho estadual, al�m do ambiente operacional est�vel. Entre os pontos positivos considerados no relat�rio da Moody’s, destacam-se a crescente e s�lida fonte de arrecada��o pr�pria e uma base econ�mica diversificada, a manuten��o da tend�ncia dos saldos operacionais brutos e super�vit financeiro, al�m de pol�ticas e pr�ticas de gest�o claras. A ag�ncia informou ainda que a recente redu��o da perspectiva da nota do Brasil n�o permitiu qualquer mudan�a substancial no perfil de cr�dito do Estado de Minas.
Importante destacar que Minas Gerais � o �nico estado do Brasil que realiza a revis�o anual do seu planejamento, garantindo assim os investimentos previstos, sem prejudicar a presta��o de servi�os para cidad�o mineiros de todas as regi�es do Estado.
Superintend�ncia de Imprensa do Governo do Estado de Minas Gerais