A candidata do PSB � Presid�ncia da Rep�blica, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que n�o rebate protestos e prefere sofrer uma injusti�a a cometer uma. Durante sua visita � Expointer, hoje, na regi�o metropolitana de Porto Alegre, um pequeno grupo de pessoas a chamou de "homof�bica" e "fundamentalista", levando um cartaz com uma frase em defesa dos direitos dos homossexuais.
A ex-senadora tem sido alvo de cr�ticas de grupos LGBT ap�s ter feito mudan�as em seu programa de governo no trecho que trata do casamento gay, voltando atr�s na defesa de alguns pontos. "Eu quero fazer esta campanha com o esp�rito do esfor�o que est� sendo feito pelos brasileiros, at� para honr�-los. Os brasileiros querem unir o Brasil, e eu tenho repetido que quero oferecer a outra face. Para a face da incompreens�o, a compreens�o. Para a face de algumas mentiras que est�o sendo ditas contra mim, a verdade", contou.
Perguntada sobre as mentiras que estariam sendo ditas, ela citou a continuidade do Bolsa Fam�lia. "Tem uma (mentira) que est� sendo espalhada no Brasil inteiro de que se n�s ganharmos o governo vamos acabar com o Bolsa Fam�lia." A candidata reiterou que, se eleita, pretende manter e aperfei�oar as conquistas do PT e do PSDB. Ela afirmou que criar� "programas sociais de terceira gera��o", que combinam iniciativas de transfer�ncia de renda com os meios para que as pessoas possam desenvolver suas potencialidades.
Segundo turno
Ao ser questionada sobre uma poss�vel alian�a com A�cio Neves (PSDB) para vencer Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, Marina disse que tem respeito por todos os candidatos e que � precipitado falar agora em alian�as. "Em 2010 quando voc�s me perguntavam quem eu apoiaria, eu dizia que segundo turno a gente discute no segundo turno. Numa democracia, num sistema eleitoral em que se tem os dois turnos, � bom que haja v�rias candidaturas", falou.
Marina tamb�m revelou que n�o tem inten��o de desconstituir nenhuma das candidaturas porque entende que todas s�o leg�timas. "Estamos fazendo esfor�o grande para que seja um debate e n�o um embate. Estamos assumindo no nosso programa de governo que n�o vamos fazer nenhum tipo de ataques pessoais, n�o vamos trabalhar com desconstru��o dos demais candidatos", avaliou. "Queremos fazer campanha correta discutindo ideias, acho at� que podemos lan�ar uma campanha de limpeza da campanha, para que n�o haja esses ataques na internet."
Confian�a
Marina tamb�m voltou a criticar a pol�tica econ�mica do atual governo. "Hoje uma boa parte dos investidores n�o est� fazendo investimentos por falta de confian�a, quando observam que os pre�os administrados est�o sendo artificialmente controlados, mascarando a infla��o, quando percebem que n�s temos uma pol�tica de juros que havia um compromisso da presidente de reduzi-los e est� cada vez aumentando", afirmou.
Ela falou que n�o h� efici�ncia no gasto p�blico, comprometendo a responsabilidade fiscal. "Isso faz com que a gente tenha sim baixo crescimento, porque vira um ciclo vicioso", revelou. "Queremos fazer o Brasil voltar a crescer com investimentos estrat�gicos em infraestrutura, tanto para gera��o de energia como para transporte." A candidata tamb�m defendeu as parcerias p�blico-privadas (PPPs) e disse que o governo de Dilma Rousseff passou a consider�-las e faz�-las tardiamente.
Metas
Marina ainda minimizou as cr�ticas de seus advers�rios, que alegam que seu programa de governo criaria R$ 150 bilh�es de metas sociais em quatro anos, as quais seriam imposs�veis de viabilizar. "Fico feliz que leiam meu programa. Gostaria de fazer o mesmo com os deles", disse, lembrando que Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB) ainda n�o apresentaram seus planos de governo. Segundo ela, por ainda n�o ter apresentado propostas concretas � popula��o, eles est�o defendendo a tese do "n�o � poss�vel".
A ex-senadora disse que s� a redu��o de 1 ponto porcentual da taxa b�sica de juros garantiria R$ 25 bilh�es para serem investidos. Al�m disso, afirmou que, se eleita, criar� um conselho de responsabilidade fiscal para fazer os ajustes necess�rios na economia ao longo dos pr�ximos quatro anos. Ap�s cumprir agenda em Porto Alegre e na regi�o metropolitana, ela seguiu para Caxias do Sul, na serra ga�cha, onde ter� mais um ato de campanha na noite de hoje. Amanh� pela manh� ela segue para S�o Paulo.